🇧🇷 Brazil Episodes

1548 episodes from Brazil

Mega da Virada: as chances (reais) de ganhar

From O Assunto

Às 20 horas do dia 31 de dezembro vai ser sorteado o maior prêmio da história das loterias no Brasil. Quem acertar as seis dezenas da Mega da Virada pode levar para casa cerca de R$ 450 milhões - e, caso ninguém crave todos os números, o valor será dividido entre quem acertar a quina. Mas quais as chances reais de vencer? Neste episódio, Natuza Nery tira todas as dúvidas sobre a mais famosa loteria do país com o matemático Diego Marques, professor da Universidade de Brasília: - Diego explica a probabilidade de acerto das seis dezenas sorteadas com um jogo simples: “50 vezes mais difícil do que ser atingido por um raio; - O matemático fala sobre que estratégias aumentam as chances de levar o prêmio - se marcar mais dezenas por jogo ou fazer mais apostas diferentes; - Ele analisa a efetividade de entrar em um bolão - e conta suas experiências em apostas coletivas, sob a perspectiva da matemática; - Diego revela quantos anos são necessários, do ponto de vista estatístico, para que uma combinação simples seja sorteada. Mas pondera: “Se não jogar, a chance é zero”.

O fim do Orçamento Secreto

From O Assunto

Por 6 votos a 5, o colegiado do STF determinou a inconstitucionalidade das emendas de relator. Também no Supremo, o ministro Gilmar Mendes determinou que é permitido abrir créditos extraordinários para garantir o pagamento dos R$ 600 por beneficiário do Bolsa Família no ano que vem. Duas decisões que fortalecem o poder de Lula (PT) nas negociações com o Congresso. Para explicar o impacto da entrada da Suprema Corte no debate do Orçamento de 2023, Natuza Nery conversa com o jornalista Paulo Celso Pereira, editor executivo dos jornais O Globo e Extra. Neste episódio: - Paulo Celso diz por que, agora, o presidente eleito se torna “menos dependente” de Arthur Lira (PL) para dar início a seu governo em condições de honrar as promessas de campanha; - Analisa a diferença de ambiente que Lula enfrenta no Senado e na Câmara, e sua dificuldade em viabilizar a aprovação da PEC da Transição ao mesmo tempo que tenta construir base parlamentar; - Avalia a possibilidade “praticamente consolidada” da reeleição do presidente da Câmara, embora sem o mesmo capital político com o qual “emparedou” o Executivo nos últimos dois anos; - E projeta quais serão os mecanismos que Lula lançará mão para propor uma nova relação com o Congresso, que o receberá de modo “muito mais hostil” dos que seus dois mandatos anteriores.

Primeira-dama: história e papel no Brasil

From O Assunto

Nomenclatura reservada às mulheres de governantes eleitos, as primeiras-damas ganharam papel de destaque na vida pública brasileira a partir de Darcy Vargas, mulher de Getúlio. Casada com Lula, a socióloga Janja disse em entrevistas querer “ressignificar” essa função. Para entender como diferentes mulheres se valeram desse posto e suas ligações históricas com a assistência social, Natuza Nery recebe Dayanny Rodrigues, historiadora e doutora pela Universidade Federal de Goiás que estuda esse tema há uma década. Neste episódio: - Dayanny relembra como Darcy Vargas inaugurou a atuação pública atrelada à imagem do presidente, no período pós-2ª Guerra. E como esse papel nasceu ligado ao assistencialismo; - Explica o termo “primeiro-damismo”, um conjunto de práticas exercidas por mulheres de governantes, podendo ser estratégico (alinhado ao plano político) ou tático, quando a mulher consegue elaborar ações para além do papel do homem; - Avalia como recentemente Michele Bolsonaro e Janja tiveram papel político-eleitoral nas campanhas. E como Michele foi “convocada a falar para retratar falas” do atual presidente; - E conclui que ainda há um “engessamento” da figura social da mulher do presidente, desde o que vestir, até o que falar e como agir, em um processo considerado por ela “aprisionador”.

Estatuto do Nascituro e o direito ao aborto

From O Assunto

Na reta final da atual legislatura, parlamentares bolsonaristas trabalham para ressuscitar o Projeto de Lei que criminaliza a realização de aborto em qualquer circunstância - inclusive nos casos de estupro, risco à vida da mãe e anencefalia, situações em que hoje a mulher tem garantido o direito de interromper a gravidez. Em reação, a oposição tenta barrar a proposta no Congresso. Para explicar em que pé está a tramitação do Estatuto do Nascituro, e quais seriam suas consequências, Natuza Nery recebe Gabriela Rondon, pesquisadora do Instituto de Bioética Anis e professora do Instituto de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa, e Laura Molinari, coordenadora da campanha “Nem presa nem morta”. Neste episódio: - Gabriela descreve como o Projeto de Lei pretende criar uma “carta de direitos para embriões e fetos” que os equipare juridicamente às pessoas nascidas; - Ela rebate o que chama de “estratégia retórica insidiosa e cruel” dos grupos organizados que trabalham para a aprovação do estatuto; - Laura traça uma linha do tempo sobre a forma como o Congresso age para acelerar e para barrar o PL, que nasceu em 2005 e tramita desde 2007; - Ela destaca a oportunidade de, no processo de transição do governo federal, identificar “o tamanho do desmonte” das políticas públicas relativas aos direitos da mulher.

Fusão nuclear: o futuro da energia limpa

From O Assunto

O anúncio inédito feito por cientistas do Departamento de Energia dos Estados Unidos pode ser o início de uma revolução para a produção de energia limpa. Pela primeira vez dentro de um laboratório, foi possível gerar energia a partir do processo de fusão nuclear - fenômeno que funde os núcleos de átomos de hidrogênio e que gera muito menos resíduo radioativo que a fissão nuclear. Para entender os desdobramentos desta conquista da ciência, Natuza Nery conversa com Marcelle Soares-Santos, professora de Física da Universidade de Michigan. Neste episódio: - A professora detalha a diferença entre as tecnologias da fusão e da fissão nuclear – e por que a fusão é tão mais complexa; - Descreve as “implicações estratégicas políticas e econômicas” que motivam governos e empresas a investirem pesado no desenvolvimento desta tecnologia; - Explica o experimento dos cientistas americanos e quais são as “condições extremas” - que replicam temperaturas equivalente à do interior do Sol; - Marcelle fala sobre os desafios para colocar a tecnologia em larga escala e conclui sobre os “benefícios potenciais” dela para o futuro da humanidade.

A delinquência bolsonarista em Brasília

From O Assunto

A prisão preventiva de um indígena apoiador do presidente Jair Bolsonaro foi o estopim para que uma onda de atos violentos tomasse conta da capital federal. Os extremistas incendiaram ônibus, quebraram carros e vandalizaram o prédio da Polícia Federal – sem que qualquer criminoso tenha sido detido. Para classificar a violência da extrema direita que atenta contra a democracia e põe em risco a institucionalidade do país, Natuza Nery conversa com Conrado Hubner Mendes, doutor em Direito e Ciência Política e professor de Direito Constitucional na USP. Neste episódio: - O professor identifica e classifica quais crimes foram cometidos na noite da segunda-feira em Brasília - e indica quais artigos Bolsonaro e seus aliados podem responder; - Conrado explica a distinção entre os conceitos jurídico e político de terrorismo – e em quais contextos as ações dos grupos bolsonaristas são enquadrados na Lei do Estado Democrático de Direito; - Ele analisa o contexto no qual há um vácuo de poder entre o futuro presidente - eleito e diplomado - e a atual gestão, dedicada apenas à construção de “acordos” para evitar prisões; - E avalia o risco da omissão dos órgãos de segurança pública diante dos delitos cometidos em série no DF.

Sigilo de 100 anos: como reverter

From O Assunto

Nos últimos 4 anos, pululam exemplos da ocultação de informações no governo federal: dados sobre a vacinação do presidente Jair Bolsonaro, o processo administrativo do Exército contra o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, reuniões e visitantes no Planalto e o processo da Receita sobre supostas rachadinhas de Flávio Bolsonaro. Lula, que tomará posse em 1° de janeiro, promete expor tudo. Mas o futuro presidente esbarra em questões legais e práticas para revogar os sigilos, como explica Maria Vitória Ramos, cofundadora e diretora da Fiquem Sabendo, agência independente especializada na Lei de Acesso à Informação. Em conversa com Natuza Nery, Maria Vitória detalha como Bolsonaro usou um artigo da Lei de Acesso à Informação sobre pessoas privadas para “cercear o acesso a informações públicas referentes à pessoa mais pública do país”, justamente o presidente. Ela avalia como o futuro governo pode reverter o processo de ocultação de dados de interesse público. E conclui: "não existe uma forma de abrir todos esses dados com uma canetada”.

Bolsonaro, Lula e a faixa presidencial

From O Assunto

Passada a diplomação no TSE, marcada para esta segunda-feira (12), o foco em Brasília passa a ser o dia 1° de janeiro. Tradicional, a passagem da faixa presidencial é dúvida na cerimônia de posse de Lula (PT). Para analisar os sentidos da potencial negativa de Jair Bolsonaro (PL) de transmitir o objeto-símbolo do poder presidencial, Natuza Nery conversa com Bernardo Mello Franco, colunista do jornal O Globo e da rádio CBN. Neste episódio: - Bernardo explica o que acontece caso Bolsonaro não passe a faixa: “se o presidente que está saindo não passar a faixa, não importa. Fica só uma questão de birra”; - Analisa que a recusa de Bolsonaro faz parte do discurso do atual presidente a seus seguidores: “o momento que fica nos livros de História é a foto de um presidente passando a faixa para o outro”; - Lembra que quem vai estar na Praça dos 3 Poderes no dia da posse será “a militância do PT, não a bolsonarista”, com o atual presidente correndo o risco de “receber uma sonora vaia”; - E revela os planos da equipe de Lula caso Bolsonaro realmente não compareça.

EDIÇÃO EXTRA: Haddad na Fazenda e mais ministros

From O Assunto

Lula (PT) definiu nesta sexta-feira (9) os primeiros nomes da futura gestão. O mais aguardado, o do ministro da Fazenda, não foi surpresa: será Fernando Haddad (PT-SP), homem de confiança do presidente eleito. Além de Haddad, foram confirmados Rui Costa (Casa Civil), Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), José Múcio Monteiro (Defesa) e Mauro Vieira (Relações Exteriores). Nesta edição extra de O Assunto, Natuza Nery conversa com a jornalista Maria Cristina Fernandes, colunista do jornal Valor Econômico e comentarista da rádio CBN, para explicar as escolhas e as consequências dos anúncios. Neste episódio: - Maria Cristina comenta a decisão de Lula de dar os dois ministérios mais poderosos (Fazenda e Casa Civil) a dois petistas “não tão petistas”: “Haddad é o mais tucano e Rui Costa o mais privatista do partido”; - Em que sentidos Lula e Haddad pensam parecido e por que a lealdade do ex-ministro da Educação a Lula foi um fator decisivo para sua ida à Fazenda – uma reação, analisa MCF, à “decepção do petista com Palocci”; - Quais serão os dois primeiros testes de fogo para o futuro ministro da Fazenda: convencer os parlamentares a aprovar a PEC da Transição, e o mercado de que é o “nome de confiança” para administrar o Orçamento 2023; - O que levou José Múcio à pasta da Defesa. “Militares estão divididos entre bolsonaristas e antibolsonaristas", avalia Maria Cristina. “Mas estão todos unidos no antipetismo”. Múcio, que já esteve na Arena e já presidiu o TCU, pode tranquilizar a relação com os quarteis - mas não impedirá a promessa de Lula de desmilitarizar a administração federal.

CadÚnico: sucateamento e reconstrução

From O Assunto

Dezenas de milhões de brasileiros vivem com menos que o mínimo necessário: 62 milhões têm renda mensal abaixo de R$ 500 – e deste total, 18 milhões tentam sobreviver com menos de R$ 170 por mês, situação classificada pelo Banco Mundial como extrema pobreza. E o principal mecanismo para identificar essas pessoas e adequá-las aos programas sociais do governo está sucateado. O grupo de transição para o próximo governo acusa a importância de reestruturar o CadÚnico para garantir a eficácia das políticas sociais no Brasil. Para analisar as condições da assistência social no país, Natuza Nery conversa com a socióloga Letícia Bartholo, que foi secretária nacional adjunta de renda da cidadania entre 2012 e 2016. Neste episódio: - Letícia esclarece o histórico das políticas de transferência de renda, desde o bolsa-escola, passando pelo sucesso do Bolsa Família até chegar ao Auxílio Brasil – e aponta a importância do CadÚnico nesta história de duas décadas; - Detalha por que os critérios adotados para o Auxílio Brasil prejudicaram a capacidade do Estado em identificar os mais pobres e focalizar a distribuição de recursos: “O CadÚnico é a seta para os programas sociais”; - E explica a importância da “simbiose” necessária entre a correção do CadÚnico e o redesenho do Auxílio Brasil (que voltará a ser Bolsa Família na próxima gestão): “É preciso fazer as duas coisas”.

Peru: o caos que derrubou Pedro Castillo

From O Assunto

Estava marcada para o fim da tarde a sessão plenária que votaria o terceiro pedido de impeachment do presidente peruano. E então, sem apoio político e da população, Castillo se adiantou e foi à TV para anunciar a dissolução do Congresso e o estabelecimento de um governo de exceção. A reação foi imediata: deputados, inclusive de seu próprio partido, ignoraram o anúncio e votaram pela destituição de Castillo. Horas depois, a vice Dina Boluarte assumiu o poder e o agora ex-presidente foi preso. Para explicar essa sucessão de eventos, Natuza Nery conversa com o jornalista Ariel Palacios, comentarista da GloboNews. Neste episódio: - Ariel relata passo a passo os atos do “autogolpe” tentado por Pedro Castillo. E explica por que foi um “fracasso total”; - Recorda que, desde 2016, todos os cinco presidentes peruanos foram investigados ou até condenados por corrupção e não concluíram seus mandatos; - Apresenta o panorama geral do país, no qual o Congresso está fragmentado com muitos partidos pequenos e a economia apresenta sinais de melhora, embora registre números recordes de inflação e insegurança alimentar.

Orçamento Secreto no STF – o julgamento

From O Assunto

A presidente do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber pautou para esta quarta-feira (7) o julgamento das ações que questionam a constitucionalidade do pagamento das emendas do relator do Orçamento. No entorno do presidente eleito, a expectativa é pelo veto do mecanismo - para Lula (PT), isso é fundamental para negociar com o Congresso pelos próximos 4 anos e pode até determinar o resultado para a presidência da Câmara e do Senado. Para entender a importância da decisão, Natuza Nery conversa com Breno Pires, repórter da revista piauí, um dos jornalistas que revelaram, no jornal O Estado de S.Paulo, a existência do Orçamento Secreto. Neste episódio: - Breno recorda a série de subterfúgios usados pelo Congresso para preservá-lo desde que houve a revelação do esquema; - Analisa como a decisão do Supremo irá determinar "a relação que o Executivo terá com o Legislativo" e da própria governabilidade do futuro governo Lula (PT); - E explica o que há de “ilegítimo” no Orçamento Secreto: o uso do dinheiro público “sem prestação de contas” e sem atender a “critérios técnicos”, e ainda sua função de ferramenta de barganha “para a compra de votos” no Congresso.

Governo parado: os bloqueios no orçamento

From O Assunto

Mais de R$ 15 bilhões foram congelados de ministérios ao longo de 2022 - desde a derrota para Lula (PT), a gestão Bolsonaro impôs bloqueios superiores a R$ 5 bilhões na Saúde e na Educação. Na prática, cortes que afetam o dia a dia de universidades federais e impossibilitam a compra de medicamentos para o SUS – em outras áreas do governo, o Ibama está sem recursos e a PF teve que interromper a emissão de passaportes. Para entender as causas e os impactos da paralisação da administração pública, Natuza Nery conversa com a economista Ursula Dias Peres, professora de Gestão de Políticas Públicas na USP e Pesquisadora do Centro de Estudos da Metrópole. Neste episódio: - Ursula explica por que, apesar da arrecadação recorde, o governo faz bloqueios nas verbas para ministérios; - Enfatiza que o "desfinanciamento de áreas fundamentais", desestruturando políticas públicas, é um processo contínuo desde ao menos 2014; - E analisa as soluções possíveis para resolver o problema: “o ideal seria ter um novo regime fiscal” a ser amplamente discutido, de olho na questão do endividamento público.

As crianças com fome no Brasil

From O Assunto

Entre 2020 e 2022 dobrou o percentual de casas que não conseguem garantir alimentação básica para menores de até 10 anos. Hoje, 3 em cada 10 famílias brasileiras sofrem com a subalimentação infantil – uma crise social cujas consequências poderão ser vistas e sentidas daqui a décadas, diante de uma população com déficit de aprendizado e problemas crônicos de saúde. E os recursos federais para a merenda escolar, única refeição garantida de milhões de crianças e adolescentes, perdem valor de compra ano a ano desde 2017, data do último reajuste: o repasse por aluno, atualmente, varia entre R$ 0,36 e R$ 1,07. Para entender os impactos da falta de comida no desenvolvimento infantil e o lugar da escola na garantia de segurança alimentar, Natuza Nery conversa com a sanitarista Márcia Machado, professora da Universidade Federal do Ceará, e com a nutricionista Gabriele Carvalho, do Observatório da Alimentação Escolar e da Fian Brasil. Neste episódio: - Márcia descreve como a fome compromete a interação social, o desenvolvimento cognitivo e afeta a incidência de violência dos jovens: “é um desastre como civilidade”; - Ela fala dos riscos que envolvem uma dieta baseada em alimentos ultra processados. São produtos, afirma, que não têm “as qualidades nutricionais que as crianças precisam” e podem causar obesidade; - Gabriele explica a importância do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) como garantia legal para que crianças, jovens e adultos estudantes acessem alimentação de qualidade – e também como forma de financiamento à agricultura familiar; - A nutricionista explica por que o repasse anual de R$ 3,9 bilhões do governo federal para as escolas é insuficiente e reduz profundamente a qualidade da comida servida. “Para recompor as perdas, o valor do programa para 2023 deveria corresponder a R$ 7,9 bilhões”.

A nova geração na seleção brasileira

From O Assunto

Classificado para as oitavas-de-final da Copa do Mundo, o Brasil entra em campo com o time reserva no último jogo da fase de grupos – contra Camarões, nesta sexta-feira. É a oportunidade de os torcedores brasileiros conhecerem o alto nível do elenco à disposição de Tite no Catar: um grupo de jovens atletas que já são protagonistas nos maiores clubes da Europa. Natuza Nery conversa com Martín Fernandez, colunista do ge e do Jornal O Globo que está no Catar. Neste episódio: - Martín explica por que o Brasil "tem no banco vários jogadores que seriam titulares em outras seleções"; - Ele enfatiza que somos "o maior mercado exportador de pé-de-obra" para um "mercado europeu que busca jogadores cada vez mais jovens"; - Para Martín, o futebol atual está "baseado em pressão" e, portanto, é "de muita exigência física", o que favorece atletas de menos idade; - Ele comenta ainda quem deve se destacar no elenco brasileiro e avalia as reais chances do hexa.

A revolta das iranianas

From O Assunto

Em setembro, Mahsa Amini foi presa pela Polícia da Moralidade sob a justificativa de que não estaria cumprindo as regras de vestimentas impostas às mulheres no Irã. Três dias depois, a jovem curda de 22 anos morreu sob a custódia do Estado. Foi o estopim para uma onda de manifestações que se espalharam rapidamente por todo o país. Os protestos, majoritariamente liderados por mulheres, se alongam pelo terceiro mês seguido, com manifestações chegando até a Copa. Natuza Nery conversa com Adriana Carranca, jornalista e autora do livro "Entre Sonhos e Dragões", com duas personagens nascidas no Irã. Neste episódio: - Adriana Carranca destaca que, ao contrário de manifestações anteriores, dessa vez estão nas ruas pessoas de diversas idades, etnias e regiões; - Ela descreve como as novas gerações de mulheres, desde a Revolução Islâmica de 1979, "foram encontrando seus caminhos para desafiar o regime ditatorial"; - A jornalista dá seu testemunho em relação à repressão da Polícia da Moralidade: “Eu via prisões de mulheres iranianas todos os dias”.

Militares e Lula: o futuro da relação

From O Assunto

Entre os 31 grupos temáticos da transição, uma ausência: a Defesa. Para romper a falta de articulação do governo eleito com o comando militar, Lula (PT) lança mão de ex-chefes das Forças Armadas e de nome tradicional da política - que se tornou o favorito para assumir a pasta. Neste episódio, Natuza Nery conversa com Fabio Victor, jornalista e autor do livro "Poder Camuflado: Os militares e a política, do fim da ditadura à aliança com Bolsonaro". Neste episódio: - Fabio Victor explica que “há um componente político-ideológico" na rejeição dos militares em relação à esquerda, que insuflou o anti-lulismo e o anti-petismo; - Relembra os elementos que fizeram do período 2014-2016 uma “tempestade perfeita” para deteriorar a trégua entre militares e os governos do PT; - Como o fato de um civil ocupar a Defesa é “premissa básica” para garantir a subordinação do poder militar ao poder civil – tradição rompida por Michel Temer (2018) e mantida por Bolsonaro; - Avalia quais são as condições para reverter o processo de politização das Forças Armadas.

China – a onda de protestos

From O Assunto

A política de Covid zero adotada pelo governo chinês fez a nação com a maior população do mundo registrar menos de 31 mil mortes em quase três anos de pandemia. Com o recente aumento do número de casos, novos lockdowns foram adotados. E parte da população se mostra insatisfeita, principalmente depois de um incêndio matar dez pessoas em uma cidade no oeste do país. Neste episódio, Natuza Nery conversa com Rodrigo Zeidan. Professor da Universidade de Nova York em Xangai e da Fundação Dom Cabral, ele relata direto da China como – ao contrário do que se pensa – protestos são comuns por lá. Você vai ouvir: - Zeidan revela o caráter espontâneo e descentralizado das manifestações, o que inibe punições significativas; - Como os valores do confucionismo orientam a maioria dos chineses a endossar a política de Covid zero; - Nomeado pelo Partido para um terceiro mandato de 5 anos, Xi Jinping "seguramente vai terminar o mandato”, diz Zeidan, mesmo com parte da população insatisfeita.

A meia-volta da política armamentista

From O Assunto

Os últimos 4 anos escancararam a política de “todo mundo armado”, exposta ao público por Bolsonaro (PL) na reunião ministerial de abril de 2020. Dezenas de decretos e portarias assinadas pelo presidente reduziram o controle, o rastreio e a fiscalização de armas e munições. E a flexibilização de requisitos para o registro de CAC (caçadores, atiradores e colecionadores) ampliou para cerca de 700 mil pessoas o direito de comprar até 60 armas (30 delas de uso restrito) e 180 mil balas anualmente. O governo eleito e o grupo de transição responsável pela Justiça e Segurança Pública já anunciaram que uma das prioridades a partir de 1º de janeiro será reverter o “liberou geral” de Bolsonaro para armas de fogo e recuperar normas de controle do Estatuto do Desarmamento, de 2003. Natuza Nery conversa com Flávio Dino (PSB), senador eleito pelo Maranhão e integrante do GT de Justiça e Segurança Pública, e com a advogada e socióloga Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz. Neste episódio você ouvirá: - Flávio Dino aponta para a “grande ameaça” que é o crescimento desenfreado de CACs desde 2019 - já são mais pessoas com o registro do que policiais militares e do que membros do Exército em todo o país; - O senador eleito reforça a posição do próximo governo sobre o aumento de fiscalização de combate ao armamento, que, afirma, “deve ser restrito às forças de segurança”; - Carolina Ricardo alerta para a destinação de armas de fogo de alto poder destrutivo: fuzis chegam às mãos de grupos criminosos via “cooptação de laranjas ou falsificação de cadastro”; - Ela sugere que, para reduzir a quantidade de armas nas mãos dos civis, será necessário estabelecer novas e mais rígidas regras – mas descarta a ideia de confisco.

Bolsonaro-Lula: a transição anormal

From O Assunto

Em tudo diferente de 20 anos atrás, quando recebeu a faixa presidencial do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula (PT) lida com uma transferência de poder atípica. Jair Bolsonaro sequer cumprimentou o adversário, em clima de total falta de cooperação. Lula montou uma equipe de transição com mais de 300 integrantes, mas importantes definições seguem em aberto. Natuza Nery conversa com a jornalista Malu Gaspar, colunista do jornal O Globo. Neste episódio: - Malu relata que a PEC da Transição, projeto urgente, carece da confirmação de um ministro da Fazenda que possa negociar com o Congresso; - Ela explica como o Orçamento Secreto e o Fundo Eleitoral diminuem o espaço de barganha entre o novo governo e os parlamentares; - É no xadrez da política, da formação da base de apoio, "que vai depender todo o futuro governo"; - E indica que as cobranças na nomeação de ministérios como Casa Civil e Fazenda têm uma razão simples: "quanto mais você demora, mais seu adversário toma conta".

Page 35 of 78 (1548 episodes from Brazil)

🇧🇷 About Brazil Episodes

Explore the diverse voices and perspectives from podcast creators in Brazil. Each episode offers unique insights into the culture, language, and stories from this region.