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O acordo entre Israel e o Hamas
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-10 03:18
Convidados: João Miragaya, mestre em História pela Universidade de Tel Aviv e assessor do Instituto Brasil Israel; e Tanguy Baghdadi, professor de Política Internacional e apresentador do podcast Petit Journal. Dois anos depois de os brutais ataques do Hamas matarem 1.200 pessoas no sul de Israel, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um acordo entre o governo israelense e o grupo terrorista. Nesta quinta-feira, o Hamas declarou o fim da guerra e afirmou esperar um cessar-fogo permanente. Do lado israelense, ministros se reuniram e aprovaram o plano de paz. Como parte das negociações, os reféns israelenses sob poder do Hamas desde outubro de 2023 devem ser libertados entre segunda e terça-feira, segundo Trump. Em troca, Israel vai soltar prisioneiros palestinos. Dos dois lados, a expectativa é de que o atual acordo coloque fim a uma guerra que deixou mais de 60 mil palestinos mortos. Direto de Israel, João Miragaya conversa com Natuza Nery para relatar qual a reação da população após o anúncio de acordo entre o governo Netanyahu e o grupo terrorista Hamas. Mestre em História pela Universidade de Tel Aviv e assessor do Instituto Brasil-Israel, Miragaya explica detalhes do cessar-fogo anunciado por Donald Trump, fala de como a libertação dos reféns envolve uma "logística muito complicada" e analisa como pode ser o futuro governo de Gaza. Depois, Natuza recebe Tanguy Baghdadi para explicar por que Trump apresentou um plano de acordo factível neste momento, após dois anos de guerra. Professor de Política Internacional e apresentador do podcast Petit Journal, Tanguy explica como um ataque no Catar, em setembro, mudou os rumos da situação da guerra em Gaza. E responde se o atual acordo representa uma perspectiva de paz duradoura para a região.
Original title: O acordo entre Israel e Hamas
Original description: Convidados: João Miragaya, mestre em História pela Universidade de Tel Aviv e assessor do Instituto Brasil Israel; e Tanguy Baghdadi, professor de Política Internacional e apresentador do podcast Petit Journal. Dois anos depois de os brutais ataques do Hamas matarem 1.200 pessoas no sul de Israel, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um acordo entre o governo israelense e o grupo terrorista. Nesta quinta-feira, o Hamas declarou o fim da guerra e afirmou esperar um cessar-fogo permanente. Do lado israelense, ministros se reuniram e aprovaram o plano de paz. Como parte das negociações, os reféns israelenses sob poder do Hamas desde outubro de 2023 devem ser libertados entre segunda e terça-feira, segundo Trump. Em troca, Israel vai soltar prisioneiros palestinos. Dos dois lados, a expectativa é de que o atual acordo coloque fim a uma guerra que deixou mais de 60 mil palestinos mortos. Direto de Israel, João Miragaya conversa com Natuza Nery para relatar qual a reação da população após o anúncio de acordo entre o governo Netanyahu e o grupo terrorista Hamas. Mestre em História pela Universidade de Tel Aviv e assessor do Instituto Brasil-Israel, Miragaya explica detalhes do cessar-fogo anunciado por Donald Trump, fala de como a libertação dos reféns envolve uma "logística muito complicada" e analisa como pode ser o futuro governo de Gaza. Depois, Natuza recebe Tanguy Baghdadi para explicar por que Trump apresentou um plano de acordo factível neste momento, após dois anos de guerra. Professor de Política Internacional e apresentador do podcast Petit Journal, Tanguy explica como um ataque no Catar, em setembro, mudou os rumos da situação da guerra em Gaza. E responde se o atual acordo representa uma perspectiva de paz duradoura para a região.
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Lula's breath in the polls.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-09 03:16
Guest: Felipe Nunes, political scientist, professor at FGV-SP, and director of Quaest. From January, opinion polls indicated a downward trend in the president's approval. In Quaest's timeline of collected samples, the percentage of the population disapproving of Lula's administration exceeded the approval rate by 17 percentage points in May. A few months later, the scenario completely changed. In the Quaest survey published this Wednesday (8th), Lula's evaluation is in a technical tie for the first time in ten months. It is the continuation of a movement that gained traction with the discourse of national sovereignty, in the face of threats and tariffs imposed by Donald Trump, and strengthened with recent government victories in Congress, such as the approval of income tax exemption for those earning up to R$ 5,000. In this episode, political scientist Felipe Nunes, director of Quaest and professor at FGV-SP, analyzes the survey data and movements in Brasília's tectonic plates. In conversation with Natuza Nery, he explains Lula's recovery among specific groups – those earning more than 5 minimum wages, women, and voters in the Northeast – and points out the biggest challenges the Workers' Party member must face to be re-elected.
Original title: O fôlego de Lula nas pesquisas
Original description: Convidado: Felipe Nunes, cientista político, professor da FGV-SP e diretor da Quaest. A partir de janeiro, as pesquisas de opinião apontaram rota de queda na aprovação do presidente. Na linha do tempo das amostras coletadas pela Quaest, o percentual da população que desaprova a gestão de Lula chegou a superar o índice de aprovação em 17 pontos percentuais, em maio. Poucos meses depois, o cenário mudou completamente. Na pesquisa Quaest publicada nesta quarta-feira (8), pela primeira vez em dez meses a avaliação de Lula está em empate técnico. É a continuidade de um movimento que tomou tração com o discurso da soberania nacional, diante das ameaças e do tarifaço imposto por Donald Trump, e que se fortaleceu com as recentes vitórias do governo no Congresso, a exemplo da aprovação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil. Neste episódio, quem analisa os dados da pesquisa e as movimentações nas placas tectônicas de Brasília é o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest e professor da FGV-SP. Em conversa com Natuza Nery, ele explica a recuperação de Lula entre grupos específicos – quem ganha mais de 5 salários-mínimos, mulheres e eleitores do Nordeste – e aponta os maiores desafios que o petista deve enfrentar para se reeleger.
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Coffee as political asset.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-08 03:17
Convidados: Milena Serafim, Unicamp professor, Marcos Matos, Cecafé director. Café: poder, influência nacional. Século 19: economia transformada. República: "café com leite". Trump: política, diplomacia. Lula, Trump: produtos brasileiros, café brasileiro. Marcos Matos: importância, preço EUA. Realocação, Colômbia, México. Milena Serafim: cartão de visita, trunfo negociações.
Original title: O café como ativo político
Original description: Convidados: Milena Serafim, professora da Unicamp, e Marcos Matos, diretor-geral do Cecafé. Presente no dia a dia do brasileiro, o café também ajuda a entender a história de poder e influência no país. No século 19, o café transformou nossa economia. Anos após a Proclamação da República, o Brasil viveu a política do “café com leite”, quando políticos de São Paulo e de Minas Gerais se intercalavam no poder. Em tempos de tarifaço de Donald Trump, o café voltou a ser instrumento de política e diplomacia. Na conversa com o presidente Lula, Trump afirmou estar sentindo falta de produtos brasileiros e, segundo informações da BBC News Brasil, citou diretamente o café brasileiro. Quem explica a importância do café para os americanos, e como o aumento do preço foi sentido pelo consumidor dos EUA, é Marcos Matos, diretor-geral do CeCafé. Em conversa com Victor Boyadjian, Marcos fala sobre a realocação do produto brasileiro em outros países e dá detalhes do aumento das exportações de café para países como Colômbia e México. Antes, a conversa é com Milena Serafim, professora de administração pública da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp. Ela relembra como o grão se tornou um cartão de visita do Brasil, mesmo não sendo um produto essencial para a sobrevivência. E responde por que o café brasileiro é um trunfo importante nas negociações entre Estados Unidos e Brasil.
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The connection between Lula and Trump
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-07 03:17
Guests: Ricardo Abreu, TV Globo reporter, and Leonardo Trevisan, ESPM International Relations professor. Almost 30 minutes of conversation between Presidents Lula and Donald Trump this Monday morning. Weeks after the “chemistry” between the two at the UN meeting in New York, the presidents of Brazil and the US participated in a video conference call. Lula asked Trump to drop tariffs against products and lift sanctions on Brazilian authorities. For the Minister of Finance, Fernando Haddad, the conversation was positive. The Vice-President, Geraldo Alckmin, said he was optimistic about the end of tariffs. On the other side, reactions were also favorable. On a social network, Trump himself said that the conversation was very good, focused on economy and trade — and promised that meetings should happen "in the not too distant future". In conversation with Victor Boyadjian in this episode, TV Globo reporter Ricardo Abreu reports on the preparations for the conversation between Lula and Trump and what should happen from now on. "It's as if [...] once this face-to-face conversation is scheduled, the game resets,” he says. Ricardo reveals the reactions within Itamaraty after the meeting and the expectation for new negotiations between the two presidents. Later, Victor speaks with Leonardo Trevisan, professor of International Relations at ESPM. He explains what has changed in recent months since Trump imposed tariffs on Brazilian products. And he assesses what Marco Rubio's role will be in future negotiations. US Secretary of State, Trump has publicly advocated sanctions against governments aligned with the left. "Diplomacy is betting that now, with Trump's order, Rubio's stance may change," he says.
Original title: A ligação entre Lula e Trump
Original description: Convidados: Ricardo Abreu, repórter da TV Globo, e Leonardo Trevisan, professor de Relações Internacionais da ESPM. Foram quase 30 minutos de conversa entre os presidentes Lula e Donald Trump na manhã desta segunda-feira. Semanas depois da “química” entre os dois na reunião da ONU em Nova York, os presidentes do Brasil e dos EUA participaram de uma chamada por videoconferência. Lula pediu que Trump derrube o tarifaço contra produtos e retire as sanções a autoridades do Brasil. Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a conversa foi positiva. O vice-presidente, Geraldo Alckmin, se disse otimista com o fim do tarifaço. Do lado de lá, as reações também foram favoráveis. Em uma rede social, o próprio Trump disse que a conversa foi muito boa, focada em economia e comércio — e prometeu que encontros devem acontecer "em um futuro não muito distante". Em conversa com Victor Boyadjian neste episódio, o repórter da TV Globo Ricardo Abreu relata como foram as preparações para a conversa entre Lula e Trump e o que deve acontecer a partir de agora. "É como se [...] uma vez marcada essa conversa presencial, o jogo zerasse”, diz. Ricardo revela as reações dentro do Itamaraty após o encontro a expectativa para novas tratativas entre os dois presidentes. Depois, Victor fala com Leonardo Trevisan, professor de Relações Internacionais da ESPM. Ele explica o que mudou nos últimos meses desde que Trump impôs o tarifaço sobre produtos brasileiros. E avalia qual será o papel de Marco Rubio nas negociações futuras. Secretário de Estado dos EUA, Trump já defendeu publicamente sanções a governos alinhados à esquerda. "A diplomacia está apostando que agora, com a ordem de Trump, a postura de Rubio possa mudar”, afirma.
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O mercado negro de bebidas no Brasil.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-06 03:17
Guests: José Eduardo Cidade, president of the Brazilian Association of Distilled Beverages (ABBD), and Nívio Nascimento, researcher at the Public Security Forum. The recent wave of methanol poisoning has shed light on an old problem: the illegal beverage market. About 1/3 of the beverage market is dominated by illegal products, according to estimates by industry associations. A lucrative market that grows in the shadow of inspection, causing losses in tax collection and putting consumers' lives at risk. To understand the size of the problem, Natuza Nery talks with José Eduardo Cidade, president of the Brazilian Association of Distilled Beverages (ABBD). He explains how the illegal production chain works, why distilled beverages are more counterfeited than fermented ones (beer and wine), and what needs to be done to end this parallel market, which harms legal manufacturers and consumers. Later, Natuza talks with Nívio Nascimento, International Relations advisor at the Brazilian Public Security Forum. He recalls at what point organized crime began to see the illegal beverage market as a lucrative sector and measures that can be adopted to combat this type of crime.
Original title: O mercado de bebidas ilegais no Brasil
Original description: Convidados: José Eduardo Cidade, presidente da Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD), e Nívio Nascimento, pesquisador do Fórum de Segurança Pública. A recente onda de intoxicação por metanol jogou luz em um problema antigo: o mercado ilegal de bebidas. Cerca de 1/3 do mercado de bebidas é dominado por produtos ilegais, segundo estimativas de associações do setor. Um mercado lucrativo e que cresce à sombra da fiscalização, causando prejuízos na arrecadação de impostos e colocando a vida de consumidores em risco. Para entender o tamanho do problema, Natuza Nery conversa com José Eduardo Cidade, presidente da Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD). É ele quem explica como funciona a cadeia de produção ilegal, por que as bebidas destiladas são mais falsificadas do que as fermentadas (cerveja e vinho) e o que é preciso fazer para acabar com este mercado paralelo, que prejudica fabricantes legais e consumidores. Depois, Natuza conversa com Nívio Nascimento, assessor de Relações Internacionais do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Ele relembra em que momento o crime organizado passou a ver no mercado ilegal de bebidas um setor lucrativo e medidas que podem ser adotadas para combater esse tipo de crime.
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Carteira de motorista sem autoescola.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-03 03:18
Guests: Paulo Cesar Marques da Silva, PhD in Transport Studies from the University of London; and David Duarte Lima, PhD in traffic safety from the Free University of Brussels. 127 million vehicles. This is the number of the Brazilian fleet, according to calculations by the Ministry of Transport. Part of this fleet is in the hands of 20 million Brazilians who do not have a driver's license. The National Traffic Secretariat says that 50.4% of motorcycle owners are not licensed – about 16.5 million drivers. The country recorded 34,800 traffic deaths in 2023, according to data from the Atlas of Violence, released in May by the Institute for Applied Economic Research (Ipea) and the Brazilian Forum for Public Security (FBSP). We are the third country in the ranking of traffic deaths, behind only China and India. It is in this context that President Lula gave the go-ahead to end the mandatory driving school requirement for obtaining a National Driver's License. A public consultation on the topic was opened on Thursday (2) to discuss the topic. The government argues that the high cost of obtaining a CNH – between R$ 3,000 and R$ 4,000 – has led millions of Brazilians to drive without a driver's license. To explain the pros and cons of this idea, Natuza Nery talks to two traffic experts. First, she listens to Paulo Cesar Marques da Silva, PhD in Transport Studies from the University of London and professor at UnB. He is the one who points out the positive points of ending the mandatory driving schools in the country. "What has been observed is an escape from the qualification process," says Paulo, who has worked as a traffic engineer for the City of Salvador and the Traffic Engineering Company of Rio de Janeiro. Afterwards, David Duarte Lima, PhD in traffic safety from the Free University of Brussels, speaks. He presents the arguments against ending driving schools. For him, ending the mandatory requirement "may take away from the candidate for qualification the possibility of acquiring knowledge in a more concrete, solid and structured way."
Original title: Carteira de motorista sem autoescola
Original description: Convidados: Paulo Cesar Marques da Silva, doutor em Estudos de Transporte pela Universidade de Londres; e David Duarte Lima, doutor em segurança de trânsito pela Universidade Livre de Bruxelas. 127 milhões de veículos. Este é o número da frota brasileira, segundo cálculos do Ministério dos Transportes. Parte desta frota está nas mãos de 20 milhões de brasileiros que não têm carteira de habilitação. A Secretaria Nacional de Trânsito diz que 50,4% dos donos de moto não estão habilitados – cerca de 16,5 milhões de motoristas. O país registrou 34,8 mil mortes no trânsito em 2023, segundo dados do Atlas da Violência, divulgado em maio pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Somos o terceiro país no ranking de mortes no trânsito, atrás apenas da China e da Índia. É neste contexto que o presidente Lula deu aval para o fim da obrigatoriedade de autoescola para tirar a Carteira Nacional de Habilitação. Uma consulta pública sobre o tema foi aberta na quinta-feira (2) para discutir o tema. O governo alega que o custo elevado para tirar a CNH – entre R$ 3 mil e R$ 4 mil – tem levado milhões de brasileiros a dirigir sem carteira de motorista. Para explicar os prós e os contras dessa ideia, Natuza Nery conversa com dois especialistas em trânsito. Primeiro, ela ouve Paulo Cesar Marques da Silva, doutor em Estudos de Transporte pela Universidade de Londres e professor da UnB. É ele quem aponta os pontos positivos do fim da obrigatoriedade de autoescolas no país. “O que tem sido observado é uma fuga do processo de habilitação”, diz Paulo, que já trabalhou como engenheiro de tráfego da Prefeitura de Salvador e na Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro. Depois, quem fala é David Duarte Lima, doutor em segurança de trânsito pela Universidade Livre de Bruxelas. Ele expõe os argumentos contra o fim das autoescolas. Para ele, o fim da obrigatoriedade "pode tirar do candidato à habilitação a possibilidade de adquirir conhecimentos de forma mais concreta, sólida e estruturada”.
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Imposto de renda: fim para quem ganha até R$ 5 mil.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-02 03:13
Guests: Valdo Cruz, GloboNews commentator, and Thatiane Piscitelli, FGV-SP Tax Law professor. Deputies unanimously approved the bill exempting income tax for those earning up to R$5,000 per month. There were 493 votes in favor on Wednesday night. Now, the text goes to the Senate. According to government calculations, 10 million taxpayers should benefit. The government's proposal was sent to the Chamber in March to correct distortions in the income tax table – created to tax more those who earn more, the table has not been fully corrected since 1996. To compensate for the exemption, the government proposed taxation with a progressive rate of up to 10% on income above R$600,000 per year - workers who have salary as their only source of income will not be affected, as the tax discount is done automatically on the paycheck. To explain how this imbalance arose in the income tax table, Natuza Nery talks to Tathiane Piscitelli, doctor in tax law from USP and professor of Tax Law at FGV-SP. She discusses what tax justice means in Brazil. Valdo Cruz, GloboNews commentator, also participates. Previously, Valdo Cruz, GloboNews commentator, analyzes the text that went to a vote after months of negotiations. He also explains which proposals were presented by deputies, especially in relation to so-called compensations.
Original title: IR: o fim do imposto para quem ganha até R$ 5 mil
Original description: Convidados: Valdo Cruz, comentarista da GloboNews, e Thatiane Piscitelli, professora de Direito Tributário da FGV-SP. Por unanimidade, os deputados aprovaram o projeto que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil por mês. Foram 493 votos a favor em votação na noite da quarta-feira. Agora, o texto vai ao Senado. Pelos cálculos do governo, 10 milhões de contribuintes devem ser beneficiados. A proposta do governo foi enviada à Câmara em março para corrigir distorções na tabela do IR – criada para tributar mais quem ganha mais, a tabela não é corrigida integralmente desde 1996. Para compensar a isenção, o governo propôs a tributação com uma alíquota progressiva de até 10% de rendimentos acima de R$ 600 mil por ano - trabalhadores que têm o salário como única fonte de renda não serão afetados, já que o desconto do imposto é feito automaticamente no contracheque. Para explicar como surgiu esse desbalanço na tabela do IR, Natuza Nery conversa com Tathiane Piscitelli, doutora em direito tributário pela USP e professora de Direito Tributário da FGV-SP. Ela discute o que significa justiça tributária no Brasil. Participa também Valdo Cruz, comentarista da GloboNews. Antes, Valdo Cruz, comentarista da GloboNews, analisa o texto que foi à votação depois de meses de negociações. Ele explica também quais propostas foram apresentadas por deputados, especialmente em relação às chamadas compensações.
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Ola de envenenamientos por metanol.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-01 03:17
Guest: Carlos Henrique Dias, TV Globo producer. More than 20 cases of methanol poisoning in contaminated drinks are under investigation in São Paulo. By Tuesday night (30th), five deaths had been confirmed. Striking numbers: the Federal Police opened an investigation to see if other states received counterfeit batches of contaminated drinks. Methanol is a highly flammable, toxic and difficult to identify substance. Odorless, the substance causes abdominal pain, nausea, vomiting, headache, tachycardia, seizures and blurred vision. In this episode, Natuza Nery talks to journalist Carlos Henrique Dias, from TV Globo in São Paulo. He reports how the first suspicions of poisoning arose early last week, on September 22nd. Carlos explains how the investigations began, what poisoning victims said and how the alert first sounded in São Paulo hospitals. The journalist explains in detail what the Federal and Civil police investigations indicate and why the investigated cases deviate from the usual pattern of methanol poisoning in the country.
Original title: A onda de intoxicações por metanol
Original description: Convidado: Carlos Henrique Dias, produtor da TV Globo. Mais de 20 casos de intoxicação por metanol em bebidas contaminadas estão em investigação em São Paulo. Até a noite da terça-feira (30), cinco mortes haviam sido confirmadas. Números que chamam a atenção: a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar se outros estados receberam lotes falsificados de bebidas contaminadas. O metanol é uma substância altamente inflamável, tóxica e de difícil identificação. Sem cheiro, a substância causa dor abdominal, náuseas, vômitos, cefaleia, taquicardia, convulsões e visão turva. Neste episódio, Natuza Nery conversa com o jornalista Carlos Henrique Dias, da TV Globo em São Paulo. É ele quem relata como as primeiras suspeitas de intoxicação surgiram no início da semana passada, no dia 22 de setembro. Carlos explica como as investigações começaram, o que disseram vítimas da intoxicação e como o alerta primeiro soou em hospitais de São Paulo. O jornalista explica em detalhes o que as investigações das polícias Federal e Civil apontam e por que os casos investigados fogem do padrão usual de intoxicação por metanol no país.
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A ameaça de drones no espaço aéreo europeu.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-30 03:18
Convidado: Feliciano de Sá Guimarães, professor do Instituto de Relações Internacionais da USP. Em 8 de setembro, a Polônia relatou que drones sobrevoaram o país sem autorização. Desde então, Romênia, Estônia e Dinamarca registraram invasão aérea de seus territórios. Todos estes países integram a Otan. Governos europeus apontam todos os dedos para Moscou: afirmam que se trata de uma ofensiva russa e que há um padrão de intimidação. O Kremlin nega. Em discurso na Assembleia Geral da ONU no fim de semana, o chanceler russo Sergei Lavrov fez acusações contra a Ucrânia, negou que Moscou esteja planejando um ataque contra a Europa e ameaçou quem agredir a Rússia. Para analisar a possibilidade de os drones serem russos e as consequências da reação preliminar da Otan, Natuza Nery conversa com Feliciano de Sá Guimarães, professor do Instituto de Relações Internacionais da USP. Ele avalia a hipótese de que a Rússia esteja testando as defesas antiaéreas e o monitoramento dos países que integram a aliança militar que prevê que, caso um de seus membros sejam atacados, o bloco deve se defender.
Original title: A ameaça de drones no espaço aéreo europeu
Original description: Convidado: Feliciano de Sá Guimarães, professor do Instituto de Relações Internacionais da USP. Em 8 de setembro, a Polônia relatou que drones sobrevoaram o país sem autorização. Desde então, Romênia, Estônia e Dinamarca registraram invasão aérea de seus territórios. Todos estes países integram a Otan. Governos europeus apontam todos os dedos para Moscou: afirmam que se trata de uma ofensiva russa e que há um padrão de intimidação. O Kremlin nega. Em discurso na Assembleia Geral da ONU no fim de semana, o chanceler russo Sergei Lavrov fez acusações contra a Ucrânia, negou que Moscou esteja planejando um ataque contra a Europa e ameaçou quem agredir a Rússia. Para analisar a possibilidade de os drones serem russos e as consequências da reação preliminar da Otan, Natuza Nery conversa com Feliciano de Sá Guimarães, professor do Instituto de Relações Internacionais da USP. Ele avalia a hipótese de que a Rússia esteja testando as defesas antiaéreas e o monitoramento dos países que integram a aliança militar que prevê que, caso um de seus membros sejam atacados, o bloco deve se defender.
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Freedom of speech in the USA and Brazil.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-29 03:17
Escrita em 1791, a Primeira Emenda da Constituição americana garante cinco liberdades: religião, expressão, imprensa, reunião e petição. Liberdade de expressão ganha volume após decisões de Trump e casos como a suspensão de Jimmy Kimmel. Natuza Nery e Thiago Amparo explicam a Primeira Emenda e a liberdade de expressão. Thiago compara liberdade de expressão nos EUA e no Brasil, analisando medidas de Trump para cercear a imprensa e impedir protestos.
Original title: Liberdade de expressão nos EUA e no Brasil
Original description: Escrita em 1791, a Primeira Emenda da Constituição americana tem como base garantir cinco liberdades fundamentais: a de religião, de expressão e de imprensa, além do livre direito de reunião e de petição dos cidadãos americanos. Mais de dois séculos depois, a discussão sobre liberdade de expressão ganha volume, na esteira de decisões tomadas pelo governo de Donald Trump e em casos de grande repercussão, como a suspensão do programa do apresentador Jimmy Kimmel. Para explicar o que é a Primeira Emenda e o que, na prática, ela estabelece sobre liberdade de expressão, Natuza Nery conversa com o advogado Thiago Amparo. Doutor pela Central European University, Thiago é professor de Direito Internacional da FGV-SP. Thiago compara o conceito de liberdade de expressão nos EUA e no Brasil à luz das diferenças entre as constituições dos dois países. E analisa as medidas e os argumentos usados pelo governo Trump para cercear a liberdade de imprensa ao exigir a aprovação de reportagens sobre o Pentágono e, também, para impedir protestos.
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O reconhecimento do Estado Palestino.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-26 03:16
Convidado: Guga Chacra, comentarista da TV Globo, da GloboNews e colunista do jornal O Globo. Sem visto para entrar nos EUA, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, discursou por videoconferência na Assembleia Geral da ONU. Em uma fala que durou quase 20 minutos, Abbas condenou os ataques do Hamas de 7 de outubro, afirmou que o grupo terrorista não terá papel em um futuro governo e agradeceu aos mais de 140 países, incluindo aliados históricos dos EUA, que reconhecem o Estado Palestino – entre eles a França e o Reino Unido, que integram o Conselho de Segurança das Nações Unidas e anunciaram apoio nesta semana. O discurso de Abbas foi feito um dia antes de o premiê de Israel falar na ONU. Benjamin Netanyahu é esperado nesta sexta-feira (26) na Assembleia Geral. O primeiro-ministro israelense, aliado de Donald Trump, já afirmou categoricamente que “não haverá um Estado Palestino”. Em conversa com Natuza Nery neste episódio, Guga Chacra analisa o que disse Abbas e projeta o que esperar da fala de Netanyahu na ONU – e da reação da comunidade interacional. O comentarista da Globo e da GloboNews avalia que Netanyahu chega “poderoso e, ao mesmo tempo, isolado pela comunidade internacional”. Guest: Guga Chacra, commentator for TV Globo, GloboNews and columnist for the newspaper O Globo. Without a visa to enter the US, the President of the Palestinian Authority, Mahmoud Abbas, spoke by videoconference at the UN General Assembly. In a speech that lasted almost 20 minutes, Abbas condemned the Hamas attacks of October 7, stated that the terrorist group will have no role in a future government and thanked the more than 140 countries, including historical allies of the US, that recognize the Palestinian State – among them France and the United Kingdom, which are members of the United Nations Security Council and announced their support this week. Abbas' speech was made one day before the Israeli Prime Minister speaks at the UN. Benjamin Netanyahu is expected this Friday (26th) at the General Assembly. The Israeli Prime Minister, an ally of Donald Trump, has already stated categorically that "there will be no Palestinian State". In a conversation with Natuza Nery in this episode, Guga Chacra analyzes what Abbas said and projects what to expect from Netanyahu's speech at the UN – and from the reaction of the international community. The Globo and GloboNews commentator assesses that Netanyahu arrives "powerful and, at the same time, isolated by the international community".
Original title: O reconhecimento do Estado Palestino
Original description: Convidado: Guga Chacra, comentarista da TV Globo, da GloboNews e colunista do jornal O Globo. Sem visto para entrar nos EUA, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, discursou por videoconferência na Assembleia Geral da ONU. Em uma fala que durou quase 20 minutos, Abbas condenou os ataques do Hamas de 7 de outubro, afirmou que o grupo terrorista não terá papel em um futuro governo e agradeceu aos mais de 140 países, incluindo aliados históricos dos EUA, que reconhecem o Estado Palestino – entre eles a França e o Reino Unido, que integram o Conselho de Segurança das Nações Unidas e anunciaram apoio nesta semana. O discurso de Abbas foi feito um dia antes de o premiê de Israel falar na ONU. Benjamin Netanyahu é esperado nesta sexta-feira (26) na Assembleia Geral. O primeiro-ministro israelense, aliado de Donald Trump, já afirmou categoricamente que “não haverá um Estado Palestino”. Em conversa com Natuza Nery neste episódio, Guga Chacra analisa o que disse Abbas e projeta o que esperar da fala de Netanyahu na ONU – e da reação da comunidade interacional. O comentarista da Globo e da GloboNews avalia que Netanyahu chega “poderoso e, ao mesmo tempo, isolado pela comunidade internacional”.
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Trump, paracetamol, and autism.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-25 03:16
Guests: Laura Marise, researcher and creator of ‘Never Saw 1 Scientist’, and Romulo Negrini, vice-president of Febrasgo's childbirth commission and obstetrics coordinator at Hospital Albert Einstein. This Wednesday (24th), the World Health Organization (WHO) stated that there is no conclusive scientific evidence linking paracetamol use during pregnancy to autism. The statement was made after, earlier in the week, Donald Trump linked Tylenol use to autism. The association was made by the US president in a statement alongside Robert Kennedy Jr, Secretary of Health known for being an anti-vaccine voice and for spreading conspiracy theories. The trade name of paracetamol, Tylenol is one of the most used medicines in the world for pain and fever. Recognized as safe for pregnant women, it is an alternative to ibuprofen, a medicine not recommended for use during pregnancy. In this episode, Natuza Nery talks to pharmacist Laura Marise to answer what studies say about paracetamol use and about autism spectrum disorder. With a PhD in biosciences and biotechnology from Unesp, Laura is one of the creators of the scientific dissemination project “Never Saw 1 Scientist”. She warns of the danger of spreading information without scientific proof and answers what research reveals about the increase in autism diagnoses worldwide. Afterwards, Natuza receives doctor Romulo Negrini. Vice-president of the childbirth commission of Febrasgo (Brazilian Federation of Gynecology and Obstetrics Associations) and medical coordinator of Obstetrics at Hospital Albert Einstein, he warns about the need for each woman to seek medical advice during pregnancy. And he reinforces that paracetamol use is recognized as safe for pregnant women, when used under medical guidance.
Original title: Trump, paracetamol e autismo
Original description: Convidados: Laura Marise, pesquisadora e criadora do ‘Nunca vi 1 Cientista’, e Romulo Negrini, vice-presidente da comissão de parto da Febrasgo e coordenador de obstetrícia do Hospital Albert Einstein. Nesta quarta-feira (24), a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que não há evidências científicas conclusivas que liguem o uso de paracetamol durante a gravidez ao autismo. A declaração foi feita após, no início da semana, Donald Trump relacionar o uso de Tylenol ao autismo. A associação foi feita pelo presidente dos EUA em um pronunciamento ao lado de Robert Kennedy Jr, secretário de Saúde conhecido por ser uma voz antivacina e por propagar teorias conspiratórias. Nome comercial do paracetamol, o Tylenol é um dos remédios mais usados do mundo para dor e febre. Reconhecido como seguro para mulheres grávidas, ele é alternativa para o ibuprofeno, medicamento não recomendado para uso durante a gravidez. Neste episódio, Natuza Nery conversa com a farmacêutica Laura Marise para responder o que os estudos dizem sobre o uso de paracetamol e sobre o transtorno do espectro autista. Doutora em biociências e biotecnologia pela Unesp, Laura é uma das criadoras do projeto de divulgação científica “Nunca vi 1 cientista”. Ela atenta para o perigo de espalhar informações sem comprovação científica e responde o que as pesquisas revelam sobre o aumento do diagnóstico de autismo no mundo. Depois, Natuza recebe o médico Romulo Negrini. Vice-presidente da comissão de parto da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e coordenador médico de Obstetrícia do Hospital Albert Einstein, ele alerta sobre a necessidade de cada mulher procurar orientação médica durante a gravidez. E reforça que o uso do paracetamol é reconhecido como seguro para gestantes, quando usado sob orientação médica.
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A química entre Trump e Lula.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-24 03:16
Guest: Guilherme Casarões, political scientist and professor at Florida International University. As is tradition, the Brazilian president gave the opening speech at the UN General Assembly. For 18 minutes, Lula defended national sovereignty, highlighted the importance of the environmental agenda and international organizations, mentioned the defense of democracy in Brazil, and defended the independence of a Palestinian state. Immediately after Lula, it was Donald Trump's turn. In his longest speech at the UN, Trump spoke for more than 50 minutes. And what was seen was a complete antagonism to Lula: criticism of the UN and attacks on immigrants. The US president classified climate change as "a hoax" and defended his tariffs. Until, surprisingly, Trump reported a brief meeting with Lula behind the scenes, saying he had "excellent chemistry" with the Brazilian. The US president stated that he should hold a meeting with Lula next week – a meeting still without details and viewed with caution by Brazilian diplomacy. To explain the antagonisms of Trump and Lula's speeches and what an approximation between the two might mean, Natuza Nery talks with Guilherme Casarões, political scientist and professor at Florida International University. Casarões classifies the divergences between them and points out the prospects for negotiation between the US and Brazil after months of deterioration in relations between the countries.
Original title: A química entre Trump e Lula
Original description: Convidado: Guilherme Casarões, cientista político e professor da Florida International University. Como é tradição, o presidente brasileiro fez o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU. Por 18 minutos, Lula defendeu a soberania nacional, destacou a importância da pauta ambiental e de organismos internacionais, mencionou a defesa da democracia no Brasil e defendeu a independência de um Estado palestino. Logo após Lula, foi a vez de Donald Trump. Em seu mais longo discurso na ONU, Trump falou por mais de 50 minutos. E o que se viu foi um completo antagonismo a Lula: críticas à ONU e ataques a imigrantes. O presidente dos EUA classificou as mudanças climáticas como “uma farsa” e defendeu seu tarifaço. Até que, surpreendentemente, Trump relatou um breve encontro com Lula nos bastidores, dizendo ter tido "uma química excelente" com o brasileiro. O presidente dos EUA afirmou que deve fazer uma reunião com Lula na semana que vem – encontro ainda sem detalhes e visto com cautela pela diplomacia brasileira. Para explicar os antagonismos dos discursos de Trump e Lula e o que pode significar uma aproximação entre os dois, Natuza Nery conversa com Guilherme Casarões, cientista político e professor da Florida International University. Casarões classifica as divergências entre eles e aponta quais as perspectivas de negociação entre EUA e Brasil depois de meses de deterioração nas relações entre os países.
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Ação e reação: os protestos e seus efeitos políticos.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-23 03:16
Convidado: Thomas Traumann, jornalista e comentarista da GloboNews. No dia seguinte às manifestações pelo país contra a PEC da Blindagem e contra a anistia, o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a hora é de “tirar da frente pautas tóxicas”. Na semana passada, foi Motta quem pautou a PEC e a urgência do projeto para anistiar os golpistas do 8 de janeiro de 2023. Em conversa com Natuza Nery, o jornalista Thomas Traumann avalia o tamanho dos protestos realizados em todas as capitais do país no último domingo (21). Thomas explica como os atos simbolizam uma mudança na capacidade de mobilização de grupos ligados à esquerda, depois de parte da direita priorizar os interesses da família Bolsonaro. Thomas fala também sobre como as sanções anunciadas pelos EUA contra autoridades brasileiras colocam mais um elemento de tensão política no ar. “Isso foi feito de forma mesquinha, para criar constrangimento para o presidente Lula”, diz, ao citar o discurso do presidente brasileiro desta terça-feira (23) na Assembleia Geral da ONU.
Original title: Ação e reação: os protestos e seus efeitos políticos
Original description: Convidado: Thomas Traumann, jornalista e comentarista da GloboNews. No dia seguinte às manifestações pelo país contra a PEC da Blindagem e contra a anistia, o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a hora é de “tirar da frente pautas tóxicas”. Na semana passada, foi Motta quem pautou a PEC e a urgência do projeto para anistiar os golpistas do 8 de janeiro de 2023. Em conversa com Natuza Nery, o jornalista Thomas Traumann avalia o tamanho dos protestos realizados em todas as capitais do país no último domingo (21). Thomas explica como os atos simbolizam uma mudança na capacidade de mobilização de grupos ligados à esquerda, depois de parte da direita priorizar os interesses da família Bolsonaro. Thomas fala também sobre como as sanções anunciadas pelos EUA contra autoridades brasileiras colocam mais um elemento de tensão política no ar. “Isso foi feito de forma mesquinha, para criar constrangimento para o presidente Lula”, diz, ao citar o discurso do presidente brasileiro desta terça-feira (23) na Assembleia Geral da ONU.
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Pandemic crimes: Supreme Court reopens investigations.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-22 03:17
Guest: Deisy Ventura, jurist and professor of ethics at USP's Faculty of Public Health. In October 2021, the final report of the Covid CPI pointed to a series of errors, actions, and omissions by the Jair Bolsonaro administration that contributed to Brazil reaching the tragic mark of 700,000 deaths from the coronavirus. Now, almost four years later, accountability for the handling of health in the pandemic is beginning to take shape. Last week, based on this report from the Covid CPI, STF Minister Flávio Dino opened an investigation for the Federal Police to investigate the conduct of Bolsonaro and 23 allies – including the former president's three eldest sons. In this episode, Natuza Nery listens to Deisy Ventura, author of a study that analyzed more than 3,000 norms adopted by the Bolsonaro administration related to the Covid pandemic. The study led by her provided data for the installation of the CPI in 2021. Jurist and professor of Ethics at USP's Faculty of Public Health, Deisy explains what the so-called "crime of epidemic" is and emphasizes why health agendas cannot be "cheap electoral material." She also affirms the importance of not forgetting the crimes committed during the pandemic.
Original title: Crimes da pandemia: STF reabre as investigações
Original description: Convidada: Deisy Ventura, jurista e professora titular de ética da Faculdade de Saúde Pública da USP. Em outubro de 2021, o relatório final da CPI da Covid apontou uma série de erros, ações e omissões da gestão Jair Bolsonaro que contribuíram para que o Brasil atingisse a trágica marca de 700 mil mortos pelo coronavírus. Agora, quase quatro anos depois, a responsabilização pela condução da Saúde na pandemia começa a engatinhar. Semana passada, com base neste relatório da CPI da Covid, o ministro do STF Flávio Dino abriu um inquérito para que a Polícia Federal investigue a conduta de Bolsonaro e 23 aliados – entre eles os três filhos mais velhos do ex-presidente. Neste episódio, Natuza Nery ouve Deisy Ventura, autora de um estudo que analisou mais de 3 mil normas adotadas pela gestão Bolsonaro relacionadas à pandemia de Covid. O estudo comandado por ela ofereceu dados para a instalação da CPI, em 2021. Jurista e professora titular de Ética da Faculdade de Saúde Pública da USP, Deisy explica o que é o chamado “crime de epidemia” e ressalta por que pautas de saúde não podem ser “material eleitoral barato”. Ela também afirma a importância de não esquecer os crimes cometidos durante a pandemia.
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Chamber: self-serving projects
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-19 03:16
Guest: Fernando Abrucio, FGV-SP prof. and GloboNews commentator. In just over 48 hours, deputies approved the Shielding PEC and the urgency to analyze the amnesty for the January 8 coup plotters. Decisions that benefit the political class and distance themselves from the real needs of the people – precisely who the deputies should represent in Congress. A detachment that has repercussions for the population and for the Executive and Judiciary branches, exposing a growing tension in Brasília. In conversation with Natuza Nery in this episode, Fernando Abrucio assesses that this is "the worst moment for the Chamber since redemocratization." FGV-SP professor and GloboNews commentator Abrucio points out the consequences of this moment for the country. He analyzes why, despite the strong reaction on social media against the Shielding PEC, parliamentarians approved the project: "the fear of being convicted or arrested today is greater than the fear of losing votes," he says. Together, Natuza and Abrucio also point out what is needed to reverse the current moment and highlight the importance of the 2026 legislative elections.
Original title: Câmara: projetos em benefício próprio
Original description: Convidado: Fernando Abrucio, prof. FGV-SP e comentarista GloboNews. Em pouco mais de 48 horas, os deputados aprovaram a PEC da Blindagem e a urgência para analisar a anistia aos golpistas do 8 de janeiro. Decisões que beneficiam a classe política e se distanciam das necessidades reais do povo – justamente quem os deputados devem representar no Congresso. Um descolamento que tem reflexos para a população e para os poderes Executivo e Judiciário, expondo uma tensão crescente em Brasília. Em conversa com Natuza Nery neste episódio, Fernando Abrucio avalia que este é “o pior momento da Câmara desde a redemocratização”. Professor da FGV-SP e comentarista da GloboNews, Abrucio aponta as consequências deste momento para o país. Ele analisa por que, apesar da forte reação nas redes sociais contra a PEC da Blindagem, os parlamentares aprovaram o projeto: “o medo de ser condenado ou preso hoje é maior do que o medo de perder votos”, diz. Juntos, Natuza e Abrucio apontam ainda o que é preciso para inverter o atual momento e destacam a importância das eleições legislativas de 2026.
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Constitutional amendment of protection: path to impunity.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-18 03:17
Guests: Elisa Clavery, GloboNews reporter in Brasília; and Renato Stanziola Vieira, lawyer and former president of the Brazilian Institute of Criminal Sciences. In two rounds and with the support of almost all parties in the House – there were about 350 votes in favor – the Chamber approved the Shielding PEC, which will now be voted on in the Senate. The proposal establishes a new rule for the investigation of crimes committed by parliamentarians: once the PEC is approved, the deputies and senators themselves will vote on whether or not a lawsuit can be opened against a congressional colleague. The text approved in the Chamber also provides that the vote for the opening of proceedings against parliamentarians will be secret. This point was made possible by a regimental maneuver orchestrated by the president of the House. Still on Wednesday evening (17), Hugo Motta (Republicans-PB) scheduled the vote on the urgency of the Amnesty Bill – which was approved with more than 300 votes in favor. In this episode, Victor Boyadjian talks with Elisa Clavery, GloboNews reporter in Brasília, about the details of the Shielding PEC text and what the climate is for the vote on the proposal in the Senate: she explains that, with an eye on the 2026 elections, senators are concerned about the reaction of social networks and should avoid "controversial agendas". Also participating is criminal lawyer Renato Stanziola Vieira, partner at Kehdi Vieira Advogados. Master and PhD in criminal procedural law from USP and former president of the Brazilian Institute of Criminal Sciences, Renato assesses the constitutionality of the PEC and says why it is a sign of democratic fragility.
Original title: PEC da Blindagem: caminho para a impunidade
Original description: Convidados: Elisa Clavery, repórter da GloboNews em Brasília; e Renato Stanziola Vieira, advogado e ex-presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais. Em dois turnos e com apoio de quase todos os partidos da Casa – foram cerca de 350 votos favoráveis –, a Câmara aprovou a PEC da Blindagem, que agora será votada agora no Senado. A proposta estabelece uma nova regra para a investigação de crimes cometidos por parlamentares: uma vez aprovada a PEC, serão os próprios deputados e senadores que votarão se um processo poderá ou não ser aberto contra um colega de Congresso. O texto aprovado na Câmara prevê ainda que a votação para a abertura de processos contra parlamentares será secreta. Este ponto foi viabilizado em uma manobra regimental orquestrada pelo presidente da Casa. Ainda na noite de quarta-feira (17), Hugo Motta (Republicanos-PB) pautou a votação da urgência do PL da Anistia – que foi aprovada com mais de 300 votos favoráveis. Neste episódio, Victor Boyadjian conversa com Elisa Clavery, repórter da GloboNews em Brasília, sobre os detalhes do texto da PEC da Blindagem e qual o clima para a votação da proposta no Senado: ela explica que, de olho nas eleições de 2026, os senadores estão preocupados com a reação das redes sociais e devem fugir de “pautas polêmicas”. Participa também o advogado criminalista Renato Stanziola Vieira, sócio do Kehdi Vieira Advogados. Mestre e doutor em direito processual penal pela USP e ex-presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, Renato avalia a constitucionalidade da PEC e diz por que ela é um sinal de fragilidade democrática.
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The execution of the former chief of police of São Paulo
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-17 03:16
Convidados: Kleber Tomaz, g1 São Paulo reporter, and Rafael Alcadipani, FGV-SP professor and member of the Brazilian Public Security Forum. Murdered last Monday on the São Paulo coast, Ruy Ferraz Fontes was the general delegate of the São Paulo Civil Police between 2019 and 2022 – he was in charge of the Administration Secretariat of the Praia Grande City Hall. Last Monday (15), Ruy was the victim of an ambush carried out by masked, bulletproof vest-wearing, heavily armed bandits: he was chased, overturned his car, and was shot more than 20 times with a rifle. In this episode, Victor Boyadjian talks to Kleber Tomaz, a g1 São Paulo reporter who has covered organized crime for two decades. Kleber recalls how the former delegate played a key role in the arrest of Marcos Willians Herbas Camacho, Marcola, head of the PCC criminal faction, in 1999. He outlines Ruy's profile and reports on the lines of investigation into the crime. Afterwards, Victor interviews Rafael Alcadipani, professor at FGV-SP and member of the Brazilian Public Security Forum. Alcadipani answers what type of protection former security agents should have after retirement, and points out the evidence that the perpetrators planned the crime. The professor also recalls the influence of organized crime in Baixada Santista and the region's importance to criminal factions.
Original title: A execução do ex-delegado-geral de São Paulo
Original description: Convidados: Kleber Tomaz, repórter do g1 São Paulo, e Rafael Alcadipani, prof. da FGV-SP e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Assassinado na última segunda-feira no litoral paulista, Ruy Ferraz Fontes foi delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo entre 2019 e 2022 – ele estava à frente da Secretaria de Administração da Prefeitura de Praia Grande. Na última segunda-feira (15), Ruy foi vítima de uma emboscada realizada por bandidos de máscara, colete à prova de balas e fortemente armados: ele foi perseguido, capotou o carro e foi alvejado por mais de 20 tiros de fuzil. Neste episódio, Victor Boyadjian conversa com Kleber Tomaz, repórter do g1 São Paulo que cobre o crime organizado há duas décadas. Kleber relembra como o ex-delegado teve papel fundamental na prisão de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe da facção criminosa PCC, em 1999. Ele traça o perfil de Ruy e relata quais as linhas de investigação sobre o crime. Depois, Victor entrevista Rafael Alcadipani, professor da FGV-SP e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Alcadipani responde que tipo de proteção ex-agentes de segurança deveriam ter após a aposentadoria, e aponta as evidências de que os executores planejaram o crime. O professor relembra também qual a influência do crime organizado na Baixada Santista e a importância da região para facções criminosas.
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O caso Charlie Kirk e a violência política nos EUA.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-16 03:16
Convidados: Nilson Klava, correspondente da Globo nos EUA, e Carlos Gustavo Poggio, professor do Berea College nos EUA. Assassinado quarta-feira, o ativista conservador Trumpista tinha trânsito na Casa Branca. Kirk discursava na Universidade Utah Valley quando baleado. Com "prove que estou errado", atraía multidões, especialmente jovens, potencializando a vitória de Trump. O caso expõe polarização perigosa: mais de 100 casos de violência política, quase 50 mortes. Inclui atentado contra democratas e incêndio na casa do governador da Pensilvânia, após tentativa de assassinato de Trump. Natuza Nery recebe Klava e Poggio. Klava descreve o crime e relatos de estudantes. Responde sobre a investigação e o papel de Kirk. Poggio analisa a violência política, comparando com 1960/70. Avalia potencial do caso Kirk aumentar o discurso de ódio e conclui que a democracia está em risco com "desumanização" de adversários.
Original title: O caso Charlie Kirk e a violência política nos EUA
Original description: Convidados: Nilson Klava, correspondente da Globo nos EUA, e Carlos Gustavo Poggio, prof. Berea College nos EUA. Assassinado na última quarta-feira (10), o ativista conservador era apoiador de Donald Trump e tinha trânsito na Casa Branca. Kirk discursava para jovens estudantes na Universidade Utah Valley quando foi baleado. Com o slogan “prove que eu estou errado”, ele atraía multidões, especialmente jovens – público que potencializou a vitória de Trump na última eleição presidencial dos EUA. O caso expõe um nível perigoso de polarização nos EUA: o país registrou mais de 100 casos de violência política nos últimos 12 meses, com quase 50 mortes. Entre os casos está o atentado contra dois parlamentares democratas e o incêndio provocado na casa do governador da Pensilvânia. Tudo na esteira da tentativa de assassinado de Trump, em julho do ano passado, durante a campanha eleitoral. Neste episódio, Natuza Nery recebe Nilson Klava, correspondente da Globo nos EUA, e Carlos Gustavo Poggio, professor de Ciência Política do Berea College, no Kentucky. Klava descreve o momento do crime e conta o que ouviu de estudantes que presenciaram o assassinato. Ele responde qual é o status da investigação e qual era o papel de Kirk na política americana atual. Depois, Poggio analisa o histórico de violência política nos EUA e traça paralelos com as décadas de 1960 e 1970, quando uma série de assassinatos abalou o país. Ele responde qual o potencial do caso Kirk aumentar ainda mais o discurso de ódio nos EUA e conclui que a própria democracia está em risco quando há um processo de “desumanização” de adversários.
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O rearranjo político pós-condenação de Bolsonaro.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-15 03:16
Convidado: Marcos Nobre, prof. Unicamp e pesquisador Cebrap A condenação de Jair Bolsonaro leva forças políticas a rearranjarem-se. Como ficam direita, extrema-direita e centrão após a condenação do ex-presidente por atentado à democracia? Natuza Nery recebe Marcos Nobre, professor Unicamp e pesquisador Cebrap, para responder. Marcos crê que o bolsonarismo segue ativo social, digital e politicamente, a pouco mais de um ano das eleições de 2026. Mesmo fora das urnas, Bolsonaro segue referência da direita e forte líder. Marcos reflete que o julgamento reflete visões de mundo opostas no Brasil. Ele analisa a força política da família Bolsonaro após a condenação, e como fica o bolsonarismo. Conclui sobre as instituições brasileiras após a decisão histórica do STF.
Original title: O rearranjo político pós-condenação de Bolsonaro
Original description: Convidado: Marcos Nobre, prof. Unicamp e pesquisador Cebrap Definida a pena ao ex-presidente Jair Bolsonaro, as forças políticas passam à fase de rearranjo de forças. Como ficam a direita, a extrema-direita e o centrão no Brasil após a condenação do ex-presidente por atentado contra a democracia? Para responder a esta e outras perguntas, Natuza Nery recebe Marcos Nobre, professor titular de filosofia política da Unicamp e pesquisador do Cebrap, o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento. Para Marcos, o bolsonarismo segue ativo e presente como força social, digital e política, a pouco mais de um ano para as eleições presidenciais de 2026. O professor afirma que, mesmo fora das urnas e cumprindo pena, Bolsonaro segue como referência da direita e com forte liderança. Marcos reflete como o resultado do julgamento na 1ª Turma do Supremo é o espelho de um Brasil onde há duas visões de mundo opostas. Ele analisa como sai a força política da família Bolsonaro a partir da condenação do ex-presidente, e como fica o bolsonarismo. E conclui como ficam as instituições brasileiras após a decisão histórica tomada pelo STF na última semana.