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How to combat organized crime?From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-31 03:17
Guests: Pierpaolo Bottini, lawyer and professor of Criminal Law at the USP Law School; and Rafael Alcadipani, professor at FGV and member of the Brazilian Public Security Forum. In Brazil, 28.5 million people live with organized crime in the neighborhood where they live. This is shown by a Datafolha survey commissioned by the Brazilian Public Security Forum, released on October 16. The data from this survey reveal that criminal factions and militias are present in the daily lives of 19% of Brazilians aged 16 or over – last year, this percentage was 14%. Data from the Ministry of Justice also indicate that 88 criminal factions operate in the country – the largest of these are the PCC and the CV. The mega-operation in Rio de Janeiro against Comando Vermelho, which ended with 121 deaths, including 4 police officers, exposes a question that has haunted the country for decades: how to combat organized crime? To answer this question, Natuza Nery receives two guests: Rafael Alcadipani and Pierpaolo Bottini and Rafael Alcadipani. Professor at FGV and member of the Brazilian Public Security Forum, Alcadipani indicates the pillars of this fight. The professor defends the professionalization of the police, the increase in the Justice system and the improvement in the articulation between the security forces. He points out the need to create an anti-mafia authority, with states and the federal government working together. Then, the conversation is with Pierpaolo Bottini, professor of Criminal Law at the USP Law School. Bottini draws attention to the effectiveness of economically suffocating criminal organizations. For him, it is only by limiting the financial flow of organized crime that it is possible to combat the factions.
Original title: Como combater o crime organizado?
Original description: Convidados: Pierpaolo Bottini, advogado e professor de Direito Penal da Faculdade de Direito da USP; e Rafael Alcadipani, professor da FGV e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. No Brasil, 28,5 milhões de pessoas convivem com o crime organizado no bairro onde moram. É o que mostra uma pesquisa Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgada no dia 16 de outubro. Os dados dessa pesquisa revelam que facções criminosas e milícias estão presentes no cotidiano de 19% dos brasileiros com 16 anos ou mais – no ano passado, esse percentual era de 14%. Dados do Ministério da Justiça indicam também que 88 facções criminosas atuam no país – as maiores delas são o PCC e o CV. A megaoperação no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho, que acabou com 121 mortos, entre eles 4 policiais, expõe uma questão que persegue o país há décadas: como combater o crime organizado? Para responder a esta pergunta, Natuza Nery recebe dois convidados: Rafael Alcadipani e Pierpaolo Bottini e Rafael Alcadipani. Professor da FGV e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Alcadipani sinaliza quais os pilares desse combate. O professor defende a profissionalização das polícias, o incremento do sistema de Justiça e a melhoraria na articulação entre as forças de segurança. Ele aponta a necessidade da criação de uma autoridade antimáfia, com estados e governo federal trabalhando juntos. Depois, a conversa é com Pierpaolo Bottini, professor de Direito Penal da Faculdade de Direito da USP. Bottini chama atenção para a eficácia de asfixiar economicamente as organizações criminosas. Para ele, só limitando o fluxo financeiro do crime organizado é possível combater as facções.
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Politics and public safety in RioFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-30 03:17
Guests: Ricardo Balestreri, coordinator of the Center for Social Urbanism and Public Security at Insper Cidades; and Bernardo Mello Franco, columnist for the newspaper O Globo and commentator for CBN radio. An image marked the day after the deadliest operation in the history of Rio de Janeiro. Dozens of bodies lined up were placed by residents in a square in the Penha Complex, in the North Zone of Rio. With the bodies removed from the forest, the number of deaths in the mega-operation against Comando Vermelho jumped to 121 – including 4 police officers. For the governor of Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), the mega-operation was “a success”. The day after the operation also revealed details of how the police conducted the action: traffickers were attracted to the top of the forest, in a kind of “Bope wall”, as the police detailed. Also on Wednesday (29), the Minister of Justice met with the governor of Rio, and new political clashes over public security were recorded between the federal and state governments. In this episode, Natuza Nery receives Ricardo Balestreri, coordinator of the Center for Social Urbanism and Public Security at Insper Cidades. He analyzes the statements of Cláudio Castro and the strategy adopted by the Rio police in the operation last Tuesday. Balestreri reinforces the need for joint action between all entities of the federation in the fight against organized crime. Afterwards, Natuza talks with journalist Bernardo Mello Franco to explain what answers Cláudio Castro gave about the actions of the security forces and how politics and police mix in Rio de Janeiro. Bernardo also assesses the conduct of the federal government in the case and what kind of impact this type of conflict has on the conduct of public security policies - a topic that most worries the Brazilian population.
Original title: A política e a segurança pública no Rio
Original description: Convidados: Ricardo Balestreri, coordenador do Núcleo de Urbanismo Social e Segurança Pública do Insper Cidades; e Bernardo Mello Franco, colunista do jornal O Globo e comentarista da rádio CBN. Uma imagem marcou o dia seguinte à operação mais letal da história do Rio de Janeiro. Dezenas de corpos enfileirados foram colocados por moradores em uma praça do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio. Com os corpos retirados da mata, o número de mortos na megaoperação contra o Comando Vermelho saltou para 121 – entre eles, 4 policiais. Para o governador do RJ, Cláudio Castro (PL), a megaoperação foi “um sucesso”. O dia seguinte à operação revelou também detalhes de como a polícia conduziu a ação: traficantes foram atraídos para o topo da mata, em uma espécie de “muro do Bope”, como detalhou a polícia. Também na quarta-feira (29), o ministro da Justiça se reuniu com o governador do Rio, e novos embates políticos sobre a segurança pública foram registrados entre os governos federal e do Estado. Neste episódio, Natuza Nery recebe Ricardo Balestreri, coordenador do Núcleo de Urbanismo Social e Segurança Pública do Insper Cidades. É ele quem analisa as declarações de Cláudio Castro e a estratégia adotada pela polícia do Rio na operação da última terça-feira. Balestreri reforça a necessidade de atuação conjunta entre todos os entes da federação no combate ao crime organizado. Depois, Natuza conversa com o jornalista Bernardo Mello Franco para explicar quais foram as respostas dadas por Cláudio Castro sobre a atuação das forças de segurança e como política e polícia se misturam no Rio de Janeiro. Bernardo avalia também a condução do governo federal no caso e que tipo de impacto esse tipo de conflito tem na condução das políticas de segurança pública - tema que mais preocupa a população brasileira.
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The war in Rio.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-29 03:18
Convidados: Henrique Coelho, repórter do g1 Rio; e Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz. A megaoperação contra o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha terminou com mais de 60 mortos. Uma guerra entre policiais e traficantes, que se transformou na operação mais letal da história do Rio de Janeiro. Durante a operação - iniciada ainda na madrugada da terça-feira na Zona Norte do Rio -, bandidos espalharam barricadas pela cidade. Na ofensiva contra policiais, criminosos lançaram drones com bombas e usaram armamento de guerra: mais de 90 fuzis foram apreendidos. A terça-feira de caos no Rio de Janeiro expôs a capacidade bélica das facções. Um estudo do Instituto Sou da Paz calcula que, só no ano de 2023, 1.655 fuzis foram apreendidos na região Sudeste - berço das principais organizações criminosas do Brasil. Neste episódio, Natuza Nery recebe Henrique Coelho, repórter do g1 Rio, para relatar como foi o dia de caos na capital fluminense. Henrique explica as particularidades geográficas dos complexos do Alemão e da Penha, onde o Comando Vermelho tem raízes. Ele fala também sobre como a operação se transformou em motivo de desavença entre o governador do RJ, Cláudio Castro (PL), e o governo federal. Depois, Natuza conversa com Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz. Carolina traça um retrato do tipo de armamento que está sob o poder de facções criminosas – e explica o caminho que elas fazem até chegar às mãos do crime. E conclui que tipo de medidas é preciso tomar para que armamentos de guerra não circulem no país.
Original title: A guerra no Rio
Original description: Convidados: Henrique Coelho, repórter do g1 Rio; e Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz. A megaoperação contra o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha terminou com mais de 60 mortos. Uma guerra entre policiais e traficantes, que se transformou na operação mais letal da história do Rio de Janeiro. Durante a operação - iniciada ainda na madrugada da terça-feira na Zona Norte do Rio -, bandidos espalharam barricadas pela cidade. Na ofensiva contra policiais, criminosos lançaram drones com bombas e usaram armamento de guerra: mais de 90 fuzis foram apreendidos. A terça-feira de caos no Rio de Janeiro expôs a capacidade bélica das facções. Um estudo do Instituto Sou da Paz calcula que, só no ano de 2023, 1.655 fuzis foram apreendidos na região Sudeste - berço das principais organizações criminosas do Brasil. Neste episódio, Natuza Nery recebe Henrique Coelho, repórter do g1 Rio, para relatar como foi o dia de caos na capital fluminense. Henrique explica as particularidades geográficas dos complexos do Alemão e da Penha, onde o Comando Vermelho tem raízes. Ele fala também sobre como a operação se transformou em motivo de desavença entre o governador do RJ, Cláudio Castro (PL), e o governo federal. Depois, Natuza conversa com Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz. Carolina traça um retrato do tipo de armamento que está sob o poder de facções criminosas – e explica o caminho que elas fazem até chegar às mãos do crime. E conclui que tipo de medidas é preciso tomar para que armamentos de guerra não circulem no país.
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Lula with Trump, and the construction of an agreementFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-28 03:17
Guest: Matias Spektor, professor at the School of International Relations of the Getulio Vargas Foundation of São Paulo. A day after meeting in Malaysia, the presidents of Brazil and the USA set the tone for the meeting. Lula was confident and said that the two countries should close an agreement on tariffs. On the other side, Trump said he doesn't know if anything will happen. This Monday (27th), Trump also wished Lula a happy 80th birthday and praised the Brazilian president. The meeting between the two illustrates a relaxation in the relationship between Brazil and the USA, but it does not yet represent a definitive solution to the tariff imposed by Trump on Brazilian products. In conversation with Natuza Nery in this episode, Professor Matias Spektor explains what happens from now on and what is on the negotiating table, which officially started this Monday. Professor of International Relations at FGV-SP, Spektor answers what still needs to be done so that Brazilian products are no longer taxed at 50%: "this process will take months, but the direction is very positive for Brazil," he says. He analyzes the political reflections - both for Lula and Trump - of the rapprochement between the two presidents.
Original title: Lula com Trump, e a construção de um acordo
Original description: Convidado: Matias Spektor, professor titular da Escola de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas de São Paulo. Um dia depois de se reunirem na Malásia, os presidentes do Brasil e dos EUA deram o tom de como foi o encontro. Lula se mostrou confiante e disse que os dois países devem fechar um acordo sobre as tarifas. Do outro lado, Trump afirmou que não sabe se algo vai acontecer. Nesta segunda-feira (27), Trump também desejou feliz aniversário pelos 80 anos de Lula e fez elogios ao presidente brasileiro. A reunião entre os dois ilustra uma distensão na relação entre Brasil e EUA, mas ainda não representa uma solução definitiva para o tarifaço imposto por Trump aos produtos brasileiros. Em conversa com Natuza Nery neste episódio, o professor Matias Spektor explica o que acontece a partir de agora e o que está na mesa de negociações, que começaram oficialmente nesta segunda-feira. Professor de Relações Internacionais da FGV-SP, Spektor responde o que ainda precisa ser feito para que os produtos brasileiros deixem de ser taxados em 50%: “esse processo vai levar meses, mas a direção é muito positiva para o Brasil”, diz. Ele analisa os reflexos políticos - tanto para Lula quanto para Trump - da aproximação entre os dois presidentes.
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Resistência ucraniana e pressão contra a RússiaFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-27 03:17
Guest: Fabrício Vitorino, journalist, master in Russian culture from USP and PhD candidate in International Relations at UFSC. In the geopolitical arena, new movements may compromise Vladimir Putin's objectives. Last week, after Donald Trump canceled a meeting with the Russian president, the US sanctioned the country's two largest oil companies. Subsequently, the European Union announced a new round of sanctions against Russia, including a threat to confiscate around 140 billion euros to compensate Ukraine. On the war front, Moscow's offensives continue with more force than before. This is what journalist and Russian culture expert Fabrício Vitorino saw firsthand. Guest of Natuza Nery in this episode, Fabrício traveled through a large part of Ukrainian territory in October. He reports the hours of tension he experienced during the biggest bombing suffered by Lviv, a city in western Ukraine — a region not even claimed by Moscow. Fabrício also recounts the forms of resistance expressed by the population of Odessa, in the south, where Russian attacks have become routine. Finally, he analyzes the possible next steps of Trump, Putin and Zelensky in the search for a ceasefire agreement.
Original title: A resistência ucraniana e a pressão contra a Rússia
Original description: Convidado: Fabrício Vitorino, jornalista, mestre em cultura russa pela USP e doutorando em Relações Internacionais pela UFSC. No tabuleiro da geopolítica, novos movimentos podem comprometer os objetivos de Vladimir Putin. Na última semana, depois que Donald Trump cancelou um encontro com o presidente russo, os EUA sancionaram as duas maiores companhias de petróleo do país. Na sequência, a União Europeia anunciou nova rodada de sanções contra a Rússia, inclusive com ameaça de confiscar cerca de 140 bilhões de euros para indenizar a Ucrânia. Já no front de guerra, as ofensivas de Moscou seguem com mais força que antes. Foi o que viu in loco o jornalista e especialista em cultura russa Fabrício Vitorino. Convidado de Natuza Nery neste episódio, Fabrício circulou por grande parte do território ucraniano em outubro. Ele relata as horas de tensão que viveu durante o maior bombardeio sofrido por Lviv, cidade que fica no oeste da Ucrânia — uma região que sequer é reivindicada por Moscou. Fabrício conta também as formas de resistência expressadas pela população de Odessa, no sul, onde os ataques russos já se tornaram rotina. Por fim, ele analisa os possíveis próximos passos de Trump, Putin e Zelensky na busca por um acordo de cessar-fogo.
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O assassinato de Vladimir Herzog, 50 anos depois.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-24 03:17
Guests: Ivo Herzog, son of Vladimir Herzog, founder and president of the Vladimir Herzog Institute Council; and Rogério Sottili, executive director of the Vladimir Herzog Institute. October 24, 1975, a Friday: journalist Vladimir Herzog, then director of the journalism department at TV Cultura, was summoned by agents of the military dictatorship to testify about his relationship with the Brazilian Communist Party. Vlado, who had no connection with the party, voluntarily presented himself the next morning at the DOI-Codi in Vila Mariana, São Paulo. On the afternoon of October 25, Vlado was dead. The regime, then in the hands of Ernesto Geisel, tried to cover up the crime with a lie. The allegation was that Vlado had committed suicide. His wife, Clarice, always denied it. The staged photo of the journalist's body — with a belt around his neck, knees bent and feet touching the ground — became a symbol of the State's brutality during the dictatorship. On the 50th anniversary of Vladimir Herzog's death, Natuza Nery talks with Ivo Herzog, the journalist's son and director of the institute that bears his father's name. Ivo, who was 9 years old when his father was tortured and killed, recalls the day Vlado was summoned by the dictatorship and what happened soon after his death. Ivo talks about the role of the families of victims in the struggle for justice for the disappeared and murdered during the dictatorship. Afterwards, the conversation is with Rogério Sottili, executive director of the Vladimir Herzog Institute.
Original title: O assassinato de Vladimir Herzog, 50 anos depois
Original description: Convidados: Ivo Herzog, filho de Vladimir Herzog, fundador e presidente do Conselho do Instituto Vladimir Herzog; e Rogério Sottili, diretor-executivo do Instituto Vladimir Herzog. 24 de outubro de 1975, uma sexta-feira: o jornalista Vladimir Herzog, então diretor do departamento de jornalismo da TV Cultura, foi convocado por agentes da ditadura militar a depor sobre sua relação com o Partido Comunista Brasileiro. Vlado, que não tinha relação com o partido, se apresentou voluntariamente na manhã do dia seguinte no DOI-Codi da Vila Mariana, em São Paulo. Na tarde do dia 25 de outubro, Vlado estava morto. O regime, à época nas mãos de Ernesto Geisel, tentou encobrir o crime com uma mentira. A alegação era de que Vlado tinha cometido suicídio. A esposa dele, Clarice, sempre negou. A foto encenada do corpo do jornalista — com um cinto no pescoço, joelhos dobrados e os pés tocando o chão — tornou-se símbolo da brutalidade do Estado na ditadura. Nos 50 anos da morte de Vladimir Herzog, Natuza Nery conversa com Ivo Herzog, filho do jornalista e diretor do instituto que leva o nome de seu pai. Ivo, que tinha 9 anos quando o pai foi torturado e morto, relembra o dia em que Vlado foi convocado pela ditadura e o que se passou logo após sua morte. Ivo fala do papel das famílias de vítimas na luta por justiça pelos desaparecidos e assassinados na ditadura. Depois, a conversa é com Rogério Sottili, diretor-executivo do Instituto Vladimir Herzog.
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Geração Z protestsFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-23 03:17
Guest: Oliver Stuenkel, FGV International Relations professor, Harvard University and Carnegie Endowment researcher. Nepal, Madagascar, Kenya, Morocco, Peru, Indonesia... Demonstrations led by Generation Z youth – born from mid-1990s to early 2010s – have spread worldwide. In Nepal and Madagascar, the wave of demonstrations overthrew the governments. In Peru, the newly appointed president decreed 30 days of emergency amidst the wave of violence. Motivated by different reasons, all these protests have a massive presence of young people dissatisfied with the political and economic elites, in a scenario of "palpable pessimism" that drives mobilizations. This is what Oliver Stuenkel explains in conversation with Natuza Nery in this episode. Oliver talks about how Generation Z perceives that political elites are "disconnected" from the real problems of the population's daily life. Professor of International Relations at FGV, researcher at Harvard University and the Carnegie Endowment, in the USA, Oliver assesses what unites these young people in different parts of the world. "They all have common agendas, which explains the use of similar symbols," he says, citing the use of the pirate flag from the anime series "One Piece." Oliver highlights the fundamental role of social media in the organization and spread of protests. And he reflects on the risk of authoritarian advancement, citing the case of Madagascar, where the demonstrations overthrew the government, but an Army colonel took power.
Original title: Os protestos da geração Z
Original description: Convidado: Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da FGV, pesquisador da Universidade de Harvard e do Carnegie Endowment. Nepal, Madagascar, Quênia, Marrocos, Peru, Indonésia... Manifestações lideradas por jovens da geração Z – nascidos da metade de 1990 até o início da década de 2010 - têm se espalhado pelo mundo. No Nepal e em Madagascar, a onda de manifestações derrubou os governos. No Peru, o presidente recém-empossado decretou 30 dias de emergência em meio à onda de violência. Motivados por diferentes razões, todos estes protestos têm presença maciça de jovens descontentes com as elites políticas e econômicas, em um cenário de “pessimismo palpável” que impulsiona mobilizações. É o que explica Oliver Stuenkel em conversa com Natuza Nery neste episódio. Oliver fala como a geração Z tem a percepção de que as elites políticas estão “desconectadas” dos problemas reais do dia a dia da população. Professor de Relações Internacionais da FGV, pesquisador da Universidade de Harvard e do Carnegie Endowment, nos EUA, Oliver avalia o que une esses jovens em diferentes pontos do mundo. “Todos eles têm pautas em comum, o que explica o uso de símbolos parecidos”, diz, ao citar o uso da bandeira pirata da série de anime “One Piece”. Oliver destaca o papel fundamental das redes sociais para a organização e espalhamento dos protestos. E reflete sobre o risco de avanço autoritário, ao citar o caso de Madagascar, onde as manifestações derrubaram o governo, mas um coronel do Exército assumiu o poder.
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The anatomy of patches.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-22 03:17
Guest: Thiago Faria, policy coordinator for the O Globo newspaper in Brasília. In December 2022, the Supreme Court ended the rapporteur's amendments. Since then, another type of parliamentary amendment has gained prominence: PIX amendments. In this type of amendment, local governments and municipalities indicated by parliamentarians receive money from Union resources directly into their accounts. According to the Comptroller General of the Union (CGU), the amount transferred to local governments and municipalities through PIX amendments grew almost 13 times between 2020 and 2024. This year, out of a total of R$50 billion in parliamentary amendments, almost R$8 billion were allocated to this modality – money that is even more difficult to track. This Thursday (23), the STF will hold a public hearing in which Congress needs to explain whether it has managed to increase the transparency and traceability of these amendments. In this episode, Natuza Nery receives journalist Thiago Faria, policy coordinator for the O Globo newspaper in Brasília. Author of a report entitled "The amendment disappeared," Thiago recounts what he discovered while investigating the fate of parliamentary amendments across the country. He explains how billions of reais are "scattered" into bank accounts of various municipalities. The journalist recounts what he heard from residents, mayors and parliamentarians about the money that should be spent on works and benefits for the population. He cites the case of the city of Zabelê, in Paraíba, a city of just over 2,000 inhabitants that received R$3 million in 2023 for the construction of a park: "today the park does not exist, and the money has disappeared," he says.
Original title: A anatomia das emendas
Original description: Convidado: Thiago Faria, coordenador de política do jornal O Globo em Brasília. Em dezembro de 2022, o Supremo colocou fim às emendas do relator. Desde então, uma outra modalidade de emenda parlamentar ganhou protagonismo: as emendas PIX. Neste tipo de emenda, governos locais e municípios indicados por parlamentares recebem, direto na conta, dinheiro de recursos da União. De acordo com a Controladoria-Geral da União (CGU), o valor repassado a governos locais e prefeituras por meio das emendas PIX cresceu quase 13 vezes entre 2020 e 2024. Neste ano, de um total de R$ 50 bilhões em emendas parlamentares, quase R$ 8 bilhões foram destinadas nesta modalidade – um dinheiro ainda mais difícil de rastrear. Nesta quinta-feira (23), o STF terá uma audiência pública na qual o Congresso precisa explicar se conseguiu ampliar a transparência e a rastreabilidade dessas emendas. Neste episódio, Natuza Nery recebe o jornalista Thiago Faria, coordenador de política do jornal O Globo em Brasília. Autor de uma reportagem com o título “A emenda sumiu”, Thiago relata o que descobriu ao investigar o destino de emendas parlamentares pelo país. Ele explica como bilhões de reais são “pulverizados” em contas bancárias de diversos municípios. O jornalista conta o que ouviu de moradores, prefeitos e parlamentares sobre o dinheiro que deveria ser gasto em obras e benefícios para a população. Ele cita o caso da cidade de Zabelê, na Paraíba, cidade de pouco mais de 2 mil habitantes que recebeu R$ 3 milhões em 2023 para a construção de um parque: “hoje o parque não existe, e o dinheiro sumiu”, conta.
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Protests challenging TrumpFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-21 03:16
Guest: Mauricio Moura, founder of the IDEIA Research Institute and Professor at George Washington University. Under the motto “No Kings,” millions of protesters took to the streets in over 2,600 US cities last Saturday. An estimated 10 million people participated in the protests – marked by the presence of children and families, and with protesters even wearing costumes. Participants criticize what they see as a shift towards authoritarianism in President Donald Trump's administration. In response, Trump posted an artificially intelligent video mocking the protesters. In the video, the president appeared wearing a crown and piloting a plane with the words "King Trump". The president's party downplayed the acts and stated that they are "anti-American". This was the third mass mobilization since Trump's return to the White House, and occurred amid a government shutdown. In addition to having federal services closed, the US is experiencing a test of the balance of powers. In this episode, Natuza Nery receives Mauricio Moura, founder of the IDEIA Research Institute and professor at George Washington University. Mauricio assesses the scope of the latest protests against Trump and answers what is the degree of governability of the American president with his current level of popularity.
Original title: Os protestos que desafiam Trump
Original description: Convidado: Mauricio Moura, fundador do Instituto de Pesquisa IDEIA e Professor da Universidade George Washington. Com o lema “No Kings” (Sem Reis, na tradução livre), milhões de manifestantes tomaram ruas de mais de 2.600 cidades dos EUA no último sábado. A estimativa é de que até 10 milhões de pessoas participaram dos protestos – marcados pela presença de crianças e famílias, e com manifestantes vestindo até fantasias. Os participantes criticam o que veem como uma guinada ao autoritarismo na gestão do presidente Donald Trump. Em resposta, Trump postou um vídeo feito com inteligência artificial zombando dos manifestantes. No vídeo, o presidente aparecia usando uma coroa e pilotando um avião com os dizeres “King Trump” (“Rei Trump”). O partido do presidente minimizou os atos e afirmou que eles são “antiamericanos”. Esta foi a terceira mobilização em massa desde a volta de Trump à Casa Branca, e ocorreu em meio a uma paralisação do governo. Além de estar com os serviços federais fechados, os EUA convivem com um teste de equilíbrio de poderes. Neste episódio, Natuza Nery recebe Mauricio Moura, fundador do Instituto de Pesquisa IDEIA e professor da Universidade George Washington. Mauricio avalia a dimensão dos mais recentes protestos contra Trump e responde qual é o grau de governabilidade do presidente americano com seu atual nível de popularidade.
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Reducing inequality and Brazil's challenges.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-20 03:17
Guest: Marcelo Neri, economist and director of FGV Social. Income inequality in Brazil reached its lowest level in history in 2024, according to IBGE data. Also last year, the average income of Brazilians increased. Between 2022 and 2024, 17 million Brazilians escaped poverty. These positive data are joined by others: in addition to the average income of Brazilians having increased, the country left the UN hunger map after 3 years. Despite the positive results, there is still a long way to go. For 77% of Brazilians, the country is still very unequal. In 2024, the richest 1% of the country's population had an average income 30.5 times higher than the poorest half of the population. Numbers that reveal a structural inequality. To analyze what the indicators reveal about the current status of Brazilian inequality, Victor Boyadjian listens to economist Marcelo Neri. Director of FGV Social, Neri outlines the set of factors that led to the improvement of the Brazilian scenario. "Objective data show that income has never been so high. Poverty has never been so low," he says. Marcelo answers what role the improvement of the labor market and the income of Brazilians played in the recent results and what needs to be done for Brazil to escape the paradox of being an unequal country. "Growth is fundamental. But it is necessary to combat inequality using the instruments we have," he says, citing Bolsa Família and other social programs. And he concludes: "if we implement policies to combat [poverty], inequality will fall".
Original title: A redução da desigualdade e os desafios do Brasil
Original description: Convidado: Marcelo Neri, economista e diretor do FGV Social. A desigualdade de renda no Brasil atingiu o menor nível da história em 2024, segundo dados do IBGE. Também no ano passado, o rendimento médio do brasileiro aumentou. Entre 2022 e 2024, 17 milhões de brasileiros saíram da situação de pobreza. A estes dados se somam outros positivos: além de a renda média do brasileiro ter aumentado, o país deixou o mapa da fome da ONU depois de 3 anos. Apesar dos resultados positivos, ainda há um longo caminho a percorrer. Para 77% dos brasileiros, o país ainda é muito desigual. Em 2024, 1% da população mais rica do país tinha rendimento médio 30,5 vezes superior à metade da população mais pobre. Números que revelam uma desigualdade estrutural. Para analisar o que os indicadores revelam sobre o atual status da desigualdade brasileira, Victor Boyadjian ouve o economista Marcelo Neri. Diretor do FGV Social, Neri desenha o conjunto de fatores que levaram à melhora do cenário brasileiro. “Os dados objetivos mostram que a renda nunca esteve tão alta. A pobreza nunca esteve tão baixa”, diz. Marcelo responde qual o papel da melhora do mercado de trabalho e da renda do brasileiro nos resultados recentes e o que é preciso fazer para o Brasil sair do paradoxo de ser um país desigual. “Crescimento é fundamental. Mas é preciso combater a desigualdade usando os instrumentos que a gente tem”, afirma, citando o Bolsa Família e outros programas sociais. E conclui: "se a gente fizer política de combate [à pobreza], a desigualdade cai”.
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Brazil-US meeting and the Venezuela factor.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-17 03:17
Convidado: Brian Winter, editor-chefe da revista Americas Quarterly e analista político especializado em América Latina. A portas fechadas, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se reuniu nesta quinta-feira (16) em Washington com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio. O encontro na Casa Branca durou cerca de 1h15 e resultou em uma “conversa muito produtiva”, segundo Mauro Vieira afirmou em pronunciamento. O tarifaço de 50% dos Estados Unidos a produtos brasileiros foi um dos principais temas, segundo o ministro de Relações Exteriores. O ministro afirmou que “prevaleceu uma atitude construtiva” na reunião, marcada por um tom de cooperação e respeito mútuo. O encontro aconteceu na semana seguinte ao telefonema entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, e foi interpretado como um passo na tentativa de distensão entre Brasil e Estados Unidos. Em conversa com Natuza Nery pouco após o encontro acabar, Brian Winter, analista político especializado em América Latina, explica o momento da relação entre os dois países. Editor-chefe da revista Americas Quarterly, Brian avalia que a reserva de terras raras do Brasil, a segunda maior do mundo, pode ser um ponto de unidade entre os dois países. Brian também responde como a ameaça de Trump de atacar a Venezuela esbarra no Brasil, e quais as consequências para a América Latina. Nesta semana, o presidente dos EUA confirmou ter autorizado operações secretas da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) na Venezuela de Nicolás Maduro e disse estudar ataques terrestres contra cartéis de drogas em solo venezuelano. Guest: Brian Winter, editor-in-chief of Americas Quarterly magazine and political analyst specializing in Latin America. Behind closed doors, Brazil's Foreign Minister Mauro Vieira met this Thursday (16th) in Washington with US Secretary of State Marco Rubio. The meeting at the White House lasted about 1 hour and 15 minutes and resulted in a "very productive conversation," according to Mauro Vieira in a statement. The United States' 50% tariff increase on Brazilian products was one of the main topics, according to the Foreign Minister. The minister stated that "a constructive attitude prevailed" at the meeting, marked by a tone of cooperation and mutual respect. The meeting took place the week after the phone call between Presidents Luiz Inácio Lula da Silva and Donald Trump, and was interpreted as a step in the attempt to ease tensions between Brazil and the United States. In a conversation with Natuza Nery shortly after the meeting ended, Brian Winter, a political analyst specializing in Latin America, explains the current state of relations between the two countries. Editor-in-chief of Americas Quarterly magazine, Brian believes that Brazil's rare earth reserves, the second largest in the world, could be a point of unity between the two countries. Brian also answers how Trump's threat to attack Venezuela affects Brazil, and what the consequences are for Latin America. This week, the US president confirmed that he had authorized secret operations by the Central Intelligence Agency (CIA) in Nicolás Maduro's Venezuela and said he was studying ground attacks against drug cartels on Venezuelan soil.
Original title: O encontro Brasil-EUA e o fator Venezuela
Original description: Convidado: Brian Winter, editor-chefe da revista Americas Quarterly e analista político especializado em América Latina. A portas fechadas, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se reuniu nesta quinta-feira (16) em Washington com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio. O encontro na Casa Branca durou cerca de 1h15 e resultou em uma “conversa muito produtiva”, segundo Mauro Vieira afirmou em pronunciamento. O tarifaço de 50% dos Estados Unidos a produtos brasileiros foi um dos principais temas, segundo o ministro de Relações Exteriores. O ministro afirmou que “prevaleceu uma atitude construtiva” na reunião, marcada por um tom de cooperação e respeito mútuo. O encontro aconteceu na semana seguinte ao telefonema entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, e foi interpretado como um passo na tentativa de distensão entre Brasil e Estados Unidos. Em conversa com Natuza Nery pouco após o encontro acabar, Brian Winter, analista político especializado em América Latina, explica o momento da relação entre os dois países. Editor-chefe da revista Americas Quarterly, Brian avalia que a reserva de terras raras do Brasil, a segunda maior do mundo, pode ser um ponto de unidade entre os dois países. Brian também responde como a ameaça de Trump de atacar a Venezuela esbarra no Brasil, e quais as consequências para a América Latina. Nesta semana, o presidente dos EUA confirmou ter autorizado operações secretas da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) na Venezuela de Nicolás Maduro e disse estudar ataques terrestres contra cartéis de drogas em solo venezuelano.
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The shift in the relationship between the government and the Centrão.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-16 03:17
Convidados: Guilherme Balza, GloboNews Brasília; Cláudio Couto, FGV-SP. Planalto derrotado na Câmara. Centrão votou contra. Governo demite indicados do Centrão. Natuza Nery entrevista Guilherme Balza sobre as demissões. Ele explica o cálculo do governo. Depois, Cláudio Couto explica "governo congressual" e analisa a retaliação.
Original title: A virada na relação entre governo e Centrão
Original description: Convidados: Guilherme Balza, repórter de política da GloboNews em Brasília; e Cláudio Couto, cientista político e professor da FGV-SP. Na semana passada, o Planalto sofreu uma derrota na Câmara após os deputados retirarem da pauta uma Medida Provisória que ajudaria o governo a cumprir a meta fiscal do próximo ano. Um revés que teve a participação da base aliada – parlamentares do Centrão votaram contra os interesses do governo. Passado para trás e fortalecido pelas últimas pesquisas de opinião, o governo resolveu adotar uma medida: deu início a uma série de demissões em cargos comissionados cujos indicados são patrocinados por partidos do Centrão. A ideia é tirar das mãos dos “infieis” vagas do chamado “segundo escalão’. Para contar os bastidores das demissões, Natuza Nery conversa com Guilherme Balza, repórter de política da GloboNews em Brasília. Ele explica qual o cálculo do governo para tirar cargos de segundo escalão das mãos do Centrão justamente neste momento. Depois, a conversa é com Cláudio Couto, cientista político e professor da FGV de São Paulo na Eaesp (Escola de Administração de Empresas de São Paulo). Cláudio explica o conceito de “governo congressual”, usado por ele para explicar o jogo de forças entre Executivo e Legislativo. E analisa qual o grau de ineditismo da retaliação adotada pelo Planalto após ser traído por parlamentares de sua base aliada.
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IA na educação: desafios e oportunidades.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-15 03:17
Guests: Nara Fernandes de Oliveira, public school teacher from RJ, and Paulo Blikstein, associate professor at the School of Education and Director of the Lemann Center for Brazilian Studies at Columbia University (USA). More than half of Brazilian teachers say they have incorporated artificial intelligence into their work routine. This is according to a survey released by the OECD (Organization for Economic Cooperation and Development) in early October: 56% of teachers in the country use technology to prepare classes and seek new forms of teaching — an index 20 percentage points above the average of developed countries. The data reinforces how, even in a scenario of technological inequality, AI was quickly absorbed into educational practices. An advance that is accompanied by obstacles. The same survey indicates that 64% of teachers say they do not have the knowledge or skills necessary to use AI tools, and six out of ten say that the schools where they work lack adequate infrastructure to deal with this type of tool. In this episode, Victor Boyadjian talks with Nara Fernandes de Oliveira, a teacher who explains how artificial intelligence has already changed the way she prepares classes. Nara, who teaches at the Barão de Tefé State College, in Seropédica (RJ), gives examples of how artificial intelligence is being used, in practice, in the classroom and in the relationship with students. And what are the challenges she faces. On this Teachers' Day, Nara answers whether she fears for the future of the profession from the use of this type of technology. To explain how AI can support the learning process without replacing students' cognitive effort, Victor receives Paulo Blikstein, associate professor at the School of Education and director of the Lemann Center for Brazilian Studies at Columbia University. He details how artificial intelligence can be used to develop essential skills in teaching.
Original title: IA na educação: desafios e oportunidades
Original description: Convidados: Nara Fernandes de Oliveira, professora da rede pública do RJ, e Paulo Blikstein, professor livre-docente da Escola de Educação e Diretor do Centro Lemann de Estudos Brasileiros da Universidade de Columbia (EUA). Mais da metade dos professores brasileiros diz ter incorporado a inteligência artificial à rotina de trabalho. É o que mostra uma pesquisa divulgada pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) no início de outubro: 56% dos docentes no país usam a tecnologia para preparar aulas e buscar novas formas de ensino — um índice 20 pontos percentuais acima da média dos países desenvolvidos. O dado reforça como, mesmo em um cenário de desigualdade tecnológica, a IA foi rapidamente absorvida em práticas educacionais. Um avanço que vem acompanhado de obstáculos. A mesma pesquisa aponta que 64% dos professores afirmam não ter o conhecimento nem as habilidades necessárias para usar ferramentas de IA, e seis em cada dez dizem que as escolas onde trabalham carecem de infraestrutura adequada para lidar com esse tipo de ferramenta. Neste episódio, Victor Boyadjian conversa com Nara Fernandes de Oliveira, professa que explica como a inteligência artificial já mudou a maneira como ela prepara aulas. Nara, que leciona no Colégio Estadual Barão de Tefé, em Seropédica (RJ), dá exemplos de como a inteligência artificial está sendo usada, na prática, em sala e na relação com os alunos. E quais são os desafios com os quais ela se depara. Neste dia dos professores, Nara responde se ela teme pelo futuro da profissão a partir do uso desse tipo de tecnologia. Para explicar como a IA pode apoiar o processo de aprendizado sem substituir o esforço cognitivo dos estudantes, Victor recebe Paulo Blikstein, professor livre-docente da Escola de Educação e diretor do Centro Lemann de Estudos Brasileiros da Universidade de Columbia. Ele detalha de que forma a inteligência artificial pode ser usada para desenvolver habilidades essenciais no ensino.
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The release of the hostages and the reconstruction of GazaFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-14 03:20
Convidados: Murilo Salviano, correspondente da TV Globo na Europa e enviado especial ao Oriente Médio. Ele conversa com Natuza Nery direto de Jerusalém. E Hussein Ali Kalout, cientista político, pesquisador da Universidade Harvard e conselheiro do CEBRI, o Centro Brasileiro de Relações Internacionais. O dia 13 de outubro de 2025 marcou a libertação dos últimos 20 reféns israelenses que ainda eram mantidos vivos pelo grupo terrorista Hamas. Nesta segunda-feira, eles foram soltos após mais de 700 dias de cativeiro – ainda há expectativa para a devolução dos corpos de outros mais 20 reféns mortos. A libertação é parte do acordo que fez Israel liberar quase 2 mil presos palestinos. No mesmo dia, o presidente dos EUA, Donald Trump, discursou no parlamento de Israel e falou em “fim da era do terror e da morte”. Depois, Trump embarcou para o Egito, onde assinou um cessar-fogo para Gaza junto com outros líderes árabes - sem representantes de Israel e do Hamas. O plano dá início a uma nova fase para um plano de paz na região e a reconstrução de Gaza depois de dois anos de uma guerra que matou mais de 60 mil palestinos. Trump afirmou que a segunda etapa do acordo já começou. Enviado especial da Globo para o Oriente Médio, o correspondente Murilo Salviano relata a Natuza Nery o que viu no dia considerado histórico pelos dois lados do conflito. Direto de Jerusalém, Murilo conta como o momento é de “alívio” para israelenses e palestinos. Ele descreve a situação em Israel e o que ouviu de palestinos sobre a promessa de pausa neste conflito histórico. Depois, Natuza conversa com Hussein Ali Kalout, cientista político e conselheiro do Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais). Kalout, que também é pesquisador da Universidade Harvard, analisa o acordo anunciado por Trump – e os significados de o texto ter sido assinado com outros líderes árabes, sem a presença de Netanyahu e do Hamas. Ele explica qual é o grande desafio para a reconstrução da Faixa de Gaza, onde itens básicos, como água e comida, são escassos para uma população devastada pela guerra.
Original title: A libertação dos reféns e a reconstrução de Gaza
Original description: Convidados: Murilo Salviano, correspondente da TV Globo na Europa e enviado especial ao Oriente Médio. Ele conversa com Natuza Nery direto de Jerusalém. E Hussein Ali Kalout, cientista político, pesquisador da Universidade Harvard e conselheiro do CEBRI, o Centro Brasileiro de Relações Internacionais. O dia 13 de outubro de 2025 marcou a libertação dos últimos 20 reféns israelenses que ainda eram mantidos vivos pelo grupo terrorista Hamas. Nesta segunda-feira, eles foram soltos após mais de 700 dias de cativeiro – ainda há expectativa para a devolução dos corpos de outros mais 20 reféns mortos. A libertação é parte do acordo que fez Israel liberar quase 2 mil presos palestinos. No mesmo dia, o presidente dos EUA, Donald Trump, discursou no parlamento de Israel e falou em “fim da era do terror e da morte”. Depois, Trump embarcou para o Egito, onde assinou um cessar-fogo para Gaza junto com outros líderes árabes - sem representantes de Israel e do Hamas. O plano dá início a uma nova fase para um plano de paz na região e a reconstrução de Gaza depois de dois anos de uma guerra que matou mais de 60 mil palestinos. Trump afirmou que a segunda etapa do acordo já começou. Enviado especial da Globo para o Oriente Médio, o correspondente Murilo Salviano relata a Natuza Nery o que viu no dia considerado histórico pelos dois lados do conflito. Direto de Jerusalém, Murilo conta como o momento é de “alívio” para israelenses e palestinos. Ele descreve a situação em Israel e o que ouviu de palestinos sobre a promessa de pausa neste conflito histórico. Depois, Natuza conversa com Hussein Ali Kalout, cientista político e conselheiro do Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais). Kalout, que também é pesquisador da Universidade Harvard, analisa o acordo anunciado por Trump – e os significados de o texto ter sido assinado com outros líderes árabes, sem a presença de Netanyahu e do Hamas. Ele explica qual é o grande desafio para a reconstrução da Faixa de Gaza, onde itens básicos, como água e comida, são escassos para uma população devastada pela guerra.
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A saída antecipada de Barroso e o futuro do STFFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-13 03:17
Guest: Felipe Recondo, journalist and researcher of the STF's history. Announced on Thursday (9th), Minister Luís Roberto Barroso's early retirement paves the way for President Luiz Inácio Lula da Silva (PT) to make a new nomination to the Supreme Federal Court. Nominated by President Dilma Rousseff in 2013, Barroso would have been entitled to remain on the Supreme Court until 2033 – when he turns 75. In this episode, Natuza Nery talks with Felipe Recondo, a journalist who researches the history of the Supreme Court. Recondo revisits Barroso's profile, recalls the minister's positions in landmark trials, and points out what to expect from the Court from now on. He answers what are the chances of each of the most speculated names for Barroso's vacancy. Author of the books “The Eleven” and “The Tribune: How the Supreme Court united in the face of the authoritarian threat,” he analyzes the reasons that led Barroso to anticipate his retirement. And he assesses the change in the profile of the ministers appointed by Lula to the Supreme Court – today, 4 of the 11 ministers who went to the Court were appointed by the president: Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Cristiano Zanin and Flávio Dino.
Original title: A saída antecipada de Barroso e o futuro do STF
Original description: Convidado: Felipe Recondo, jornalista e pesquisador da história do STF. nunciada na quinta-feira (9), a aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso abre caminho para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faça uma nova indicação ao Supremo Tribunal Federal. Indicado pela presidente Dilma Rousseff em 2013, Barroso teria direito a ficar no Supremo até 2033 – quando completará 75 anos. Neste episódio, Natuza Nery conversa com Felipe Recondo, jornalista que pesquisa a história do Supremo. Recondo retoma qual é o perfil de Barroso, relembra posicionamentos do ministro em julgamentos históricos e aponta o que esperar da Corte a partir de agora. Ele responde quais são as chances de cada um dos nomes mais especulados para a vaga de Barroso. Autor dos livros “Os Onze” e “O Tribuna: como o Supremo se uniu ante a ameaça autoritária”, ele analisa os motivos que levaram Barroso a antecipar sua aposentadoria. E avalia a mudança de perfil dos ministros indicados por Lula ao Supremo – hoje, 4 dos 11 ministros que foram a Corte foram indicados pelo presidente: Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Cristiano Zanin e Flávio Dino.
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O acordo entre Israel e o HamasFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-10 03:18
Convidados: João Miragaya, mestre em História pela Universidade de Tel Aviv e assessor do Instituto Brasil Israel; e Tanguy Baghdadi, professor de Política Internacional e apresentador do podcast Petit Journal. Dois anos depois de os brutais ataques do Hamas matarem 1.200 pessoas no sul de Israel, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um acordo entre o governo israelense e o grupo terrorista. Nesta quinta-feira, o Hamas declarou o fim da guerra e afirmou esperar um cessar-fogo permanente. Do lado israelense, ministros se reuniram e aprovaram o plano de paz. Como parte das negociações, os reféns israelenses sob poder do Hamas desde outubro de 2023 devem ser libertados entre segunda e terça-feira, segundo Trump. Em troca, Israel vai soltar prisioneiros palestinos. Dos dois lados, a expectativa é de que o atual acordo coloque fim a uma guerra que deixou mais de 60 mil palestinos mortos. Direto de Israel, João Miragaya conversa com Natuza Nery para relatar qual a reação da população após o anúncio de acordo entre o governo Netanyahu e o grupo terrorista Hamas. Mestre em História pela Universidade de Tel Aviv e assessor do Instituto Brasil-Israel, Miragaya explica detalhes do cessar-fogo anunciado por Donald Trump, fala de como a libertação dos reféns envolve uma "logística muito complicada" e analisa como pode ser o futuro governo de Gaza. Depois, Natuza recebe Tanguy Baghdadi para explicar por que Trump apresentou um plano de acordo factível neste momento, após dois anos de guerra. Professor de Política Internacional e apresentador do podcast Petit Journal, Tanguy explica como um ataque no Catar, em setembro, mudou os rumos da situação da guerra em Gaza. E responde se o atual acordo representa uma perspectiva de paz duradoura para a região.
Original title: O acordo entre Israel e Hamas
Original description: Convidados: João Miragaya, mestre em História pela Universidade de Tel Aviv e assessor do Instituto Brasil Israel; e Tanguy Baghdadi, professor de Política Internacional e apresentador do podcast Petit Journal. Dois anos depois de os brutais ataques do Hamas matarem 1.200 pessoas no sul de Israel, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um acordo entre o governo israelense e o grupo terrorista. Nesta quinta-feira, o Hamas declarou o fim da guerra e afirmou esperar um cessar-fogo permanente. Do lado israelense, ministros se reuniram e aprovaram o plano de paz. Como parte das negociações, os reféns israelenses sob poder do Hamas desde outubro de 2023 devem ser libertados entre segunda e terça-feira, segundo Trump. Em troca, Israel vai soltar prisioneiros palestinos. Dos dois lados, a expectativa é de que o atual acordo coloque fim a uma guerra que deixou mais de 60 mil palestinos mortos. Direto de Israel, João Miragaya conversa com Natuza Nery para relatar qual a reação da população após o anúncio de acordo entre o governo Netanyahu e o grupo terrorista Hamas. Mestre em História pela Universidade de Tel Aviv e assessor do Instituto Brasil-Israel, Miragaya explica detalhes do cessar-fogo anunciado por Donald Trump, fala de como a libertação dos reféns envolve uma "logística muito complicada" e analisa como pode ser o futuro governo de Gaza. Depois, Natuza recebe Tanguy Baghdadi para explicar por que Trump apresentou um plano de acordo factível neste momento, após dois anos de guerra. Professor de Política Internacional e apresentador do podcast Petit Journal, Tanguy explica como um ataque no Catar, em setembro, mudou os rumos da situação da guerra em Gaza. E responde se o atual acordo representa uma perspectiva de paz duradoura para a região.
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Lula's breath in the polls.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-09 03:16
Guest: Felipe Nunes, political scientist, professor at FGV-SP, and director of Quaest. From January, opinion polls indicated a downward trend in the president's approval. In Quaest's timeline of collected samples, the percentage of the population disapproving of Lula's administration exceeded the approval rate by 17 percentage points in May. A few months later, the scenario completely changed. In the Quaest survey published this Wednesday (8th), Lula's evaluation is in a technical tie for the first time in ten months. It is the continuation of a movement that gained traction with the discourse of national sovereignty, in the face of threats and tariffs imposed by Donald Trump, and strengthened with recent government victories in Congress, such as the approval of income tax exemption for those earning up to R$ 5,000. In this episode, political scientist Felipe Nunes, director of Quaest and professor at FGV-SP, analyzes the survey data and movements in Brasília's tectonic plates. In conversation with Natuza Nery, he explains Lula's recovery among specific groups – those earning more than 5 minimum wages, women, and voters in the Northeast – and points out the biggest challenges the Workers' Party member must face to be re-elected.
Original title: O fôlego de Lula nas pesquisas
Original description: Convidado: Felipe Nunes, cientista político, professor da FGV-SP e diretor da Quaest. A partir de janeiro, as pesquisas de opinião apontaram rota de queda na aprovação do presidente. Na linha do tempo das amostras coletadas pela Quaest, o percentual da população que desaprova a gestão de Lula chegou a superar o índice de aprovação em 17 pontos percentuais, em maio. Poucos meses depois, o cenário mudou completamente. Na pesquisa Quaest publicada nesta quarta-feira (8), pela primeira vez em dez meses a avaliação de Lula está em empate técnico. É a continuidade de um movimento que tomou tração com o discurso da soberania nacional, diante das ameaças e do tarifaço imposto por Donald Trump, e que se fortaleceu com as recentes vitórias do governo no Congresso, a exemplo da aprovação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil. Neste episódio, quem analisa os dados da pesquisa e as movimentações nas placas tectônicas de Brasília é o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest e professor da FGV-SP. Em conversa com Natuza Nery, ele explica a recuperação de Lula entre grupos específicos – quem ganha mais de 5 salários-mínimos, mulheres e eleitores do Nordeste – e aponta os maiores desafios que o petista deve enfrentar para se reeleger.
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Coffee as political asset.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-08 03:17
Convidados: Milena Serafim, Unicamp professor, Marcos Matos, Cecafé director. Café: poder, influência nacional. Século 19: economia transformada. República: "café com leite". Trump: política, diplomacia. Lula, Trump: produtos brasileiros, café brasileiro. Marcos Matos: importância, preço EUA. Realocação, Colômbia, México. Milena Serafim: cartão de visita, trunfo negociações.
Original title: O café como ativo político
Original description: Convidados: Milena Serafim, professora da Unicamp, e Marcos Matos, diretor-geral do Cecafé. Presente no dia a dia do brasileiro, o café também ajuda a entender a história de poder e influência no país. No século 19, o café transformou nossa economia. Anos após a Proclamação da República, o Brasil viveu a política do “café com leite”, quando políticos de São Paulo e de Minas Gerais se intercalavam no poder. Em tempos de tarifaço de Donald Trump, o café voltou a ser instrumento de política e diplomacia. Na conversa com o presidente Lula, Trump afirmou estar sentindo falta de produtos brasileiros e, segundo informações da BBC News Brasil, citou diretamente o café brasileiro. Quem explica a importância do café para os americanos, e como o aumento do preço foi sentido pelo consumidor dos EUA, é Marcos Matos, diretor-geral do CeCafé. Em conversa com Victor Boyadjian, Marcos fala sobre a realocação do produto brasileiro em outros países e dá detalhes do aumento das exportações de café para países como Colômbia e México. Antes, a conversa é com Milena Serafim, professora de administração pública da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp. Ela relembra como o grão se tornou um cartão de visita do Brasil, mesmo não sendo um produto essencial para a sobrevivência. E responde por que o café brasileiro é um trunfo importante nas negociações entre Estados Unidos e Brasil.
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The connection between Lula and TrumpFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-07 03:17
Guests: Ricardo Abreu, TV Globo reporter, and Leonardo Trevisan, ESPM International Relations professor. Almost 30 minutes of conversation between Presidents Lula and Donald Trump this Monday morning. Weeks after the “chemistry” between the two at the UN meeting in New York, the presidents of Brazil and the US participated in a video conference call. Lula asked Trump to drop tariffs against products and lift sanctions on Brazilian authorities. For the Minister of Finance, Fernando Haddad, the conversation was positive. The Vice-President, Geraldo Alckmin, said he was optimistic about the end of tariffs. On the other side, reactions were also favorable. On a social network, Trump himself said that the conversation was very good, focused on economy and trade — and promised that meetings should happen "in the not too distant future". In conversation with Victor Boyadjian in this episode, TV Globo reporter Ricardo Abreu reports on the preparations for the conversation between Lula and Trump and what should happen from now on. "It's as if [...] once this face-to-face conversation is scheduled, the game resets,” he says. Ricardo reveals the reactions within Itamaraty after the meeting and the expectation for new negotiations between the two presidents. Later, Victor speaks with Leonardo Trevisan, professor of International Relations at ESPM. He explains what has changed in recent months since Trump imposed tariffs on Brazilian products. And he assesses what Marco Rubio's role will be in future negotiations. US Secretary of State, Trump has publicly advocated sanctions against governments aligned with the left. "Diplomacy is betting that now, with Trump's order, Rubio's stance may change," he says.
Original title: A ligação entre Lula e Trump
Original description: Convidados: Ricardo Abreu, repórter da TV Globo, e Leonardo Trevisan, professor de Relações Internacionais da ESPM. Foram quase 30 minutos de conversa entre os presidentes Lula e Donald Trump na manhã desta segunda-feira. Semanas depois da “química” entre os dois na reunião da ONU em Nova York, os presidentes do Brasil e dos EUA participaram de uma chamada por videoconferência. Lula pediu que Trump derrube o tarifaço contra produtos e retire as sanções a autoridades do Brasil. Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a conversa foi positiva. O vice-presidente, Geraldo Alckmin, se disse otimista com o fim do tarifaço. Do lado de lá, as reações também foram favoráveis. Em uma rede social, o próprio Trump disse que a conversa foi muito boa, focada em economia e comércio — e prometeu que encontros devem acontecer "em um futuro não muito distante". Em conversa com Victor Boyadjian neste episódio, o repórter da TV Globo Ricardo Abreu relata como foram as preparações para a conversa entre Lula e Trump e o que deve acontecer a partir de agora. "É como se [...] uma vez marcada essa conversa presencial, o jogo zerasse”, diz. Ricardo revela as reações dentro do Itamaraty após o encontro a expectativa para novas tratativas entre os dois presidentes. Depois, Victor fala com Leonardo Trevisan, professor de Relações Internacionais da ESPM. Ele explica o que mudou nos últimos meses desde que Trump impôs o tarifaço sobre produtos brasileiros. E avalia qual será o papel de Marco Rubio nas negociações futuras. Secretário de Estado dos EUA, Trump já defendeu publicamente sanções a governos alinhados à esquerda. "A diplomacia está apostando que agora, com a ordem de Trump, a postura de Rubio possa mudar”, afirma.
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O mercado negro de bebidas no Brasil.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-06 03:17
Guests: José Eduardo Cidade, president of the Brazilian Association of Distilled Beverages (ABBD), and Nívio Nascimento, researcher at the Public Security Forum. The recent wave of methanol poisoning has shed light on an old problem: the illegal beverage market. About 1/3 of the beverage market is dominated by illegal products, according to estimates by industry associations. A lucrative market that grows in the shadow of inspection, causing losses in tax collection and putting consumers' lives at risk. To understand the size of the problem, Natuza Nery talks with José Eduardo Cidade, president of the Brazilian Association of Distilled Beverages (ABBD). He explains how the illegal production chain works, why distilled beverages are more counterfeited than fermented ones (beer and wine), and what needs to be done to end this parallel market, which harms legal manufacturers and consumers. Later, Natuza talks with Nívio Nascimento, International Relations advisor at the Brazilian Public Security Forum. He recalls at what point organized crime began to see the illegal beverage market as a lucrative sector and measures that can be adopted to combat this type of crime.
Original title: O mercado de bebidas ilegais no Brasil
Original description: Convidados: José Eduardo Cidade, presidente da Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD), e Nívio Nascimento, pesquisador do Fórum de Segurança Pública. A recente onda de intoxicação por metanol jogou luz em um problema antigo: o mercado ilegal de bebidas. Cerca de 1/3 do mercado de bebidas é dominado por produtos ilegais, segundo estimativas de associações do setor. Um mercado lucrativo e que cresce à sombra da fiscalização, causando prejuízos na arrecadação de impostos e colocando a vida de consumidores em risco. Para entender o tamanho do problema, Natuza Nery conversa com José Eduardo Cidade, presidente da Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD). É ele quem explica como funciona a cadeia de produção ilegal, por que as bebidas destiladas são mais falsificadas do que as fermentadas (cerveja e vinho) e o que é preciso fazer para acabar com este mercado paralelo, que prejudica fabricantes legais e consumidores. Depois, Natuza conversa com Nívio Nascimento, assessor de Relações Internacionais do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Ele relembra em que momento o crime organizado passou a ver no mercado ilegal de bebidas um setor lucrativo e medidas que podem ser adotadas para combater esse tipo de crime.