-
Carteira de motorista sem autoescola.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-03 03:18
Guests: Paulo Cesar Marques da Silva, PhD in Transport Studies from the University of London; and David Duarte Lima, PhD in traffic safety from the Free University of Brussels. 127 million vehicles. This is the number of the Brazilian fleet, according to calculations by the Ministry of Transport. Part of this fleet is in the hands of 20 million Brazilians who do not have a driver's license. The National Traffic Secretariat says that 50.4% of motorcycle owners are not licensed – about 16.5 million drivers. The country recorded 34,800 traffic deaths in 2023, according to data from the Atlas of Violence, released in May by the Institute for Applied Economic Research (Ipea) and the Brazilian Forum for Public Security (FBSP). We are the third country in the ranking of traffic deaths, behind only China and India. It is in this context that President Lula gave the go-ahead to end the mandatory driving school requirement for obtaining a National Driver's License. A public consultation on the topic was opened on Thursday (2) to discuss the topic. The government argues that the high cost of obtaining a CNH – between R$ 3,000 and R$ 4,000 – has led millions of Brazilians to drive without a driver's license. To explain the pros and cons of this idea, Natuza Nery talks to two traffic experts. First, she listens to Paulo Cesar Marques da Silva, PhD in Transport Studies from the University of London and professor at UnB. He is the one who points out the positive points of ending the mandatory driving schools in the country. "What has been observed is an escape from the qualification process," says Paulo, who has worked as a traffic engineer for the City of Salvador and the Traffic Engineering Company of Rio de Janeiro. Afterwards, David Duarte Lima, PhD in traffic safety from the Free University of Brussels, speaks. He presents the arguments against ending driving schools. For him, ending the mandatory requirement "may take away from the candidate for qualification the possibility of acquiring knowledge in a more concrete, solid and structured way."
Original title: Carteira de motorista sem autoescola
Original description: Convidados: Paulo Cesar Marques da Silva, doutor em Estudos de Transporte pela Universidade de Londres; e David Duarte Lima, doutor em segurança de trânsito pela Universidade Livre de Bruxelas. 127 milhões de veículos. Este é o número da frota brasileira, segundo cálculos do Ministério dos Transportes. Parte desta frota está nas mãos de 20 milhões de brasileiros que não têm carteira de habilitação. A Secretaria Nacional de Trânsito diz que 50,4% dos donos de moto não estão habilitados – cerca de 16,5 milhões de motoristas. O país registrou 34,8 mil mortes no trânsito em 2023, segundo dados do Atlas da Violência, divulgado em maio pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Somos o terceiro país no ranking de mortes no trânsito, atrás apenas da China e da Índia. É neste contexto que o presidente Lula deu aval para o fim da obrigatoriedade de autoescola para tirar a Carteira Nacional de Habilitação. Uma consulta pública sobre o tema foi aberta na quinta-feira (2) para discutir o tema. O governo alega que o custo elevado para tirar a CNH – entre R$ 3 mil e R$ 4 mil – tem levado milhões de brasileiros a dirigir sem carteira de motorista. Para explicar os prós e os contras dessa ideia, Natuza Nery conversa com dois especialistas em trânsito. Primeiro, ela ouve Paulo Cesar Marques da Silva, doutor em Estudos de Transporte pela Universidade de Londres e professor da UnB. É ele quem aponta os pontos positivos do fim da obrigatoriedade de autoescolas no país. “O que tem sido observado é uma fuga do processo de habilitação”, diz Paulo, que já trabalhou como engenheiro de tráfego da Prefeitura de Salvador e na Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro. Depois, quem fala é David Duarte Lima, doutor em segurança de trânsito pela Universidade Livre de Bruxelas. Ele expõe os argumentos contra o fim das autoescolas. Para ele, o fim da obrigatoriedade "pode tirar do candidato à habilitação a possibilidade de adquirir conhecimentos de forma mais concreta, sólida e estruturada”.
-
Imposto de renda: fim para quem ganha até R$ 5 mil.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-02 03:13
Guests: Valdo Cruz, GloboNews commentator, and Thatiane Piscitelli, FGV-SP Tax Law professor. Deputies unanimously approved the bill exempting income tax for those earning up to R$5,000 per month. There were 493 votes in favor on Wednesday night. Now, the text goes to the Senate. According to government calculations, 10 million taxpayers should benefit. The government's proposal was sent to the Chamber in March to correct distortions in the income tax table – created to tax more those who earn more, the table has not been fully corrected since 1996. To compensate for the exemption, the government proposed taxation with a progressive rate of up to 10% on income above R$600,000 per year - workers who have salary as their only source of income will not be affected, as the tax discount is done automatically on the paycheck. To explain how this imbalance arose in the income tax table, Natuza Nery talks to Tathiane Piscitelli, doctor in tax law from USP and professor of Tax Law at FGV-SP. She discusses what tax justice means in Brazil. Valdo Cruz, GloboNews commentator, also participates. Previously, Valdo Cruz, GloboNews commentator, analyzes the text that went to a vote after months of negotiations. He also explains which proposals were presented by deputies, especially in relation to so-called compensations.
Original title: IR: o fim do imposto para quem ganha até R$ 5 mil
Original description: Convidados: Valdo Cruz, comentarista da GloboNews, e Thatiane Piscitelli, professora de Direito Tributário da FGV-SP. Por unanimidade, os deputados aprovaram o projeto que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil por mês. Foram 493 votos a favor em votação na noite da quarta-feira. Agora, o texto vai ao Senado. Pelos cálculos do governo, 10 milhões de contribuintes devem ser beneficiados. A proposta do governo foi enviada à Câmara em março para corrigir distorções na tabela do IR – criada para tributar mais quem ganha mais, a tabela não é corrigida integralmente desde 1996. Para compensar a isenção, o governo propôs a tributação com uma alíquota progressiva de até 10% de rendimentos acima de R$ 600 mil por ano - trabalhadores que têm o salário como única fonte de renda não serão afetados, já que o desconto do imposto é feito automaticamente no contracheque. Para explicar como surgiu esse desbalanço na tabela do IR, Natuza Nery conversa com Tathiane Piscitelli, doutora em direito tributário pela USP e professora de Direito Tributário da FGV-SP. Ela discute o que significa justiça tributária no Brasil. Participa também Valdo Cruz, comentarista da GloboNews. Antes, Valdo Cruz, comentarista da GloboNews, analisa o texto que foi à votação depois de meses de negociações. Ele explica também quais propostas foram apresentadas por deputados, especialmente em relação às chamadas compensações.
-
Ola de envenenamientos por metanol.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-01 03:17
Guest: Carlos Henrique Dias, TV Globo producer. More than 20 cases of methanol poisoning in contaminated drinks are under investigation in São Paulo. By Tuesday night (30th), five deaths had been confirmed. Striking numbers: the Federal Police opened an investigation to see if other states received counterfeit batches of contaminated drinks. Methanol is a highly flammable, toxic and difficult to identify substance. Odorless, the substance causes abdominal pain, nausea, vomiting, headache, tachycardia, seizures and blurred vision. In this episode, Natuza Nery talks to journalist Carlos Henrique Dias, from TV Globo in São Paulo. He reports how the first suspicions of poisoning arose early last week, on September 22nd. Carlos explains how the investigations began, what poisoning victims said and how the alert first sounded in São Paulo hospitals. The journalist explains in detail what the Federal and Civil police investigations indicate and why the investigated cases deviate from the usual pattern of methanol poisoning in the country.
Original title: A onda de intoxicações por metanol
Original description: Convidado: Carlos Henrique Dias, produtor da TV Globo. Mais de 20 casos de intoxicação por metanol em bebidas contaminadas estão em investigação em São Paulo. Até a noite da terça-feira (30), cinco mortes haviam sido confirmadas. Números que chamam a atenção: a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar se outros estados receberam lotes falsificados de bebidas contaminadas. O metanol é uma substância altamente inflamável, tóxica e de difícil identificação. Sem cheiro, a substância causa dor abdominal, náuseas, vômitos, cefaleia, taquicardia, convulsões e visão turva. Neste episódio, Natuza Nery conversa com o jornalista Carlos Henrique Dias, da TV Globo em São Paulo. É ele quem relata como as primeiras suspeitas de intoxicação surgiram no início da semana passada, no dia 22 de setembro. Carlos explica como as investigações começaram, o que disseram vítimas da intoxicação e como o alerta primeiro soou em hospitais de São Paulo. O jornalista explica em detalhes o que as investigações das polícias Federal e Civil apontam e por que os casos investigados fogem do padrão usual de intoxicação por metanol no país.
-
A ameaça de drones no espaço aéreo europeu.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-30 03:18
Convidado: Feliciano de Sá Guimarães, professor do Instituto de Relações Internacionais da USP. Em 8 de setembro, a Polônia relatou que drones sobrevoaram o país sem autorização. Desde então, Romênia, Estônia e Dinamarca registraram invasão aérea de seus territórios. Todos estes países integram a Otan. Governos europeus apontam todos os dedos para Moscou: afirmam que se trata de uma ofensiva russa e que há um padrão de intimidação. O Kremlin nega. Em discurso na Assembleia Geral da ONU no fim de semana, o chanceler russo Sergei Lavrov fez acusações contra a Ucrânia, negou que Moscou esteja planejando um ataque contra a Europa e ameaçou quem agredir a Rússia. Para analisar a possibilidade de os drones serem russos e as consequências da reação preliminar da Otan, Natuza Nery conversa com Feliciano de Sá Guimarães, professor do Instituto de Relações Internacionais da USP. Ele avalia a hipótese de que a Rússia esteja testando as defesas antiaéreas e o monitoramento dos países que integram a aliança militar que prevê que, caso um de seus membros sejam atacados, o bloco deve se defender.
Original title: A ameaça de drones no espaço aéreo europeu
Original description: Convidado: Feliciano de Sá Guimarães, professor do Instituto de Relações Internacionais da USP. Em 8 de setembro, a Polônia relatou que drones sobrevoaram o país sem autorização. Desde então, Romênia, Estônia e Dinamarca registraram invasão aérea de seus territórios. Todos estes países integram a Otan. Governos europeus apontam todos os dedos para Moscou: afirmam que se trata de uma ofensiva russa e que há um padrão de intimidação. O Kremlin nega. Em discurso na Assembleia Geral da ONU no fim de semana, o chanceler russo Sergei Lavrov fez acusações contra a Ucrânia, negou que Moscou esteja planejando um ataque contra a Europa e ameaçou quem agredir a Rússia. Para analisar a possibilidade de os drones serem russos e as consequências da reação preliminar da Otan, Natuza Nery conversa com Feliciano de Sá Guimarães, professor do Instituto de Relações Internacionais da USP. Ele avalia a hipótese de que a Rússia esteja testando as defesas antiaéreas e o monitoramento dos países que integram a aliança militar que prevê que, caso um de seus membros sejam atacados, o bloco deve se defender.
-
Freedom of speech in the USA and Brazil.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-29 03:17
Escrita em 1791, a Primeira Emenda da Constituição americana garante cinco liberdades: religião, expressão, imprensa, reunião e petição. Liberdade de expressão ganha volume após decisões de Trump e casos como a suspensão de Jimmy Kimmel. Natuza Nery e Thiago Amparo explicam a Primeira Emenda e a liberdade de expressão. Thiago compara liberdade de expressão nos EUA e no Brasil, analisando medidas de Trump para cercear a imprensa e impedir protestos.
Original title: Liberdade de expressão nos EUA e no Brasil
Original description: Escrita em 1791, a Primeira Emenda da Constituição americana tem como base garantir cinco liberdades fundamentais: a de religião, de expressão e de imprensa, além do livre direito de reunião e de petição dos cidadãos americanos. Mais de dois séculos depois, a discussão sobre liberdade de expressão ganha volume, na esteira de decisões tomadas pelo governo de Donald Trump e em casos de grande repercussão, como a suspensão do programa do apresentador Jimmy Kimmel. Para explicar o que é a Primeira Emenda e o que, na prática, ela estabelece sobre liberdade de expressão, Natuza Nery conversa com o advogado Thiago Amparo. Doutor pela Central European University, Thiago é professor de Direito Internacional da FGV-SP. Thiago compara o conceito de liberdade de expressão nos EUA e no Brasil à luz das diferenças entre as constituições dos dois países. E analisa as medidas e os argumentos usados pelo governo Trump para cercear a liberdade de imprensa ao exigir a aprovação de reportagens sobre o Pentágono e, também, para impedir protestos.
-
O reconhecimento do Estado Palestino.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-26 03:16
Convidado: Guga Chacra, comentarista da TV Globo, da GloboNews e colunista do jornal O Globo. Sem visto para entrar nos EUA, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, discursou por videoconferência na Assembleia Geral da ONU. Em uma fala que durou quase 20 minutos, Abbas condenou os ataques do Hamas de 7 de outubro, afirmou que o grupo terrorista não terá papel em um futuro governo e agradeceu aos mais de 140 países, incluindo aliados históricos dos EUA, que reconhecem o Estado Palestino – entre eles a França e o Reino Unido, que integram o Conselho de Segurança das Nações Unidas e anunciaram apoio nesta semana. O discurso de Abbas foi feito um dia antes de o premiê de Israel falar na ONU. Benjamin Netanyahu é esperado nesta sexta-feira (26) na Assembleia Geral. O primeiro-ministro israelense, aliado de Donald Trump, já afirmou categoricamente que “não haverá um Estado Palestino”. Em conversa com Natuza Nery neste episódio, Guga Chacra analisa o que disse Abbas e projeta o que esperar da fala de Netanyahu na ONU – e da reação da comunidade interacional. O comentarista da Globo e da GloboNews avalia que Netanyahu chega “poderoso e, ao mesmo tempo, isolado pela comunidade internacional”. Guest: Guga Chacra, commentator for TV Globo, GloboNews and columnist for the newspaper O Globo. Without a visa to enter the US, the President of the Palestinian Authority, Mahmoud Abbas, spoke by videoconference at the UN General Assembly. In a speech that lasted almost 20 minutes, Abbas condemned the Hamas attacks of October 7, stated that the terrorist group will have no role in a future government and thanked the more than 140 countries, including historical allies of the US, that recognize the Palestinian State – among them France and the United Kingdom, which are members of the United Nations Security Council and announced their support this week. Abbas' speech was made one day before the Israeli Prime Minister speaks at the UN. Benjamin Netanyahu is expected this Friday (26th) at the General Assembly. The Israeli Prime Minister, an ally of Donald Trump, has already stated categorically that "there will be no Palestinian State". In a conversation with Natuza Nery in this episode, Guga Chacra analyzes what Abbas said and projects what to expect from Netanyahu's speech at the UN – and from the reaction of the international community. The Globo and GloboNews commentator assesses that Netanyahu arrives "powerful and, at the same time, isolated by the international community".
Original title: O reconhecimento do Estado Palestino
Original description: Convidado: Guga Chacra, comentarista da TV Globo, da GloboNews e colunista do jornal O Globo. Sem visto para entrar nos EUA, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, discursou por videoconferência na Assembleia Geral da ONU. Em uma fala que durou quase 20 minutos, Abbas condenou os ataques do Hamas de 7 de outubro, afirmou que o grupo terrorista não terá papel em um futuro governo e agradeceu aos mais de 140 países, incluindo aliados históricos dos EUA, que reconhecem o Estado Palestino – entre eles a França e o Reino Unido, que integram o Conselho de Segurança das Nações Unidas e anunciaram apoio nesta semana. O discurso de Abbas foi feito um dia antes de o premiê de Israel falar na ONU. Benjamin Netanyahu é esperado nesta sexta-feira (26) na Assembleia Geral. O primeiro-ministro israelense, aliado de Donald Trump, já afirmou categoricamente que “não haverá um Estado Palestino”. Em conversa com Natuza Nery neste episódio, Guga Chacra analisa o que disse Abbas e projeta o que esperar da fala de Netanyahu na ONU – e da reação da comunidade interacional. O comentarista da Globo e da GloboNews avalia que Netanyahu chega “poderoso e, ao mesmo tempo, isolado pela comunidade internacional”.
-
Trump, paracetamol, and autism.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-25 03:16
Guests: Laura Marise, researcher and creator of ‘Never Saw 1 Scientist’, and Romulo Negrini, vice-president of Febrasgo's childbirth commission and obstetrics coordinator at Hospital Albert Einstein. This Wednesday (24th), the World Health Organization (WHO) stated that there is no conclusive scientific evidence linking paracetamol use during pregnancy to autism. The statement was made after, earlier in the week, Donald Trump linked Tylenol use to autism. The association was made by the US president in a statement alongside Robert Kennedy Jr, Secretary of Health known for being an anti-vaccine voice and for spreading conspiracy theories. The trade name of paracetamol, Tylenol is one of the most used medicines in the world for pain and fever. Recognized as safe for pregnant women, it is an alternative to ibuprofen, a medicine not recommended for use during pregnancy. In this episode, Natuza Nery talks to pharmacist Laura Marise to answer what studies say about paracetamol use and about autism spectrum disorder. With a PhD in biosciences and biotechnology from Unesp, Laura is one of the creators of the scientific dissemination project “Never Saw 1 Scientist”. She warns of the danger of spreading information without scientific proof and answers what research reveals about the increase in autism diagnoses worldwide. Afterwards, Natuza receives doctor Romulo Negrini. Vice-president of the childbirth commission of Febrasgo (Brazilian Federation of Gynecology and Obstetrics Associations) and medical coordinator of Obstetrics at Hospital Albert Einstein, he warns about the need for each woman to seek medical advice during pregnancy. And he reinforces that paracetamol use is recognized as safe for pregnant women, when used under medical guidance.
Original title: Trump, paracetamol e autismo
Original description: Convidados: Laura Marise, pesquisadora e criadora do ‘Nunca vi 1 Cientista’, e Romulo Negrini, vice-presidente da comissão de parto da Febrasgo e coordenador de obstetrícia do Hospital Albert Einstein. Nesta quarta-feira (24), a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que não há evidências científicas conclusivas que liguem o uso de paracetamol durante a gravidez ao autismo. A declaração foi feita após, no início da semana, Donald Trump relacionar o uso de Tylenol ao autismo. A associação foi feita pelo presidente dos EUA em um pronunciamento ao lado de Robert Kennedy Jr, secretário de Saúde conhecido por ser uma voz antivacina e por propagar teorias conspiratórias. Nome comercial do paracetamol, o Tylenol é um dos remédios mais usados do mundo para dor e febre. Reconhecido como seguro para mulheres grávidas, ele é alternativa para o ibuprofeno, medicamento não recomendado para uso durante a gravidez. Neste episódio, Natuza Nery conversa com a farmacêutica Laura Marise para responder o que os estudos dizem sobre o uso de paracetamol e sobre o transtorno do espectro autista. Doutora em biociências e biotecnologia pela Unesp, Laura é uma das criadoras do projeto de divulgação científica “Nunca vi 1 cientista”. Ela atenta para o perigo de espalhar informações sem comprovação científica e responde o que as pesquisas revelam sobre o aumento do diagnóstico de autismo no mundo. Depois, Natuza recebe o médico Romulo Negrini. Vice-presidente da comissão de parto da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e coordenador médico de Obstetrícia do Hospital Albert Einstein, ele alerta sobre a necessidade de cada mulher procurar orientação médica durante a gravidez. E reforça que o uso do paracetamol é reconhecido como seguro para gestantes, quando usado sob orientação médica.
-
A química entre Trump e Lula.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-24 03:16
Guest: Guilherme Casarões, political scientist and professor at Florida International University. As is tradition, the Brazilian president gave the opening speech at the UN General Assembly. For 18 minutes, Lula defended national sovereignty, highlighted the importance of the environmental agenda and international organizations, mentioned the defense of democracy in Brazil, and defended the independence of a Palestinian state. Immediately after Lula, it was Donald Trump's turn. In his longest speech at the UN, Trump spoke for more than 50 minutes. And what was seen was a complete antagonism to Lula: criticism of the UN and attacks on immigrants. The US president classified climate change as "a hoax" and defended his tariffs. Until, surprisingly, Trump reported a brief meeting with Lula behind the scenes, saying he had "excellent chemistry" with the Brazilian. The US president stated that he should hold a meeting with Lula next week – a meeting still without details and viewed with caution by Brazilian diplomacy. To explain the antagonisms of Trump and Lula's speeches and what an approximation between the two might mean, Natuza Nery talks with Guilherme Casarões, political scientist and professor at Florida International University. Casarões classifies the divergences between them and points out the prospects for negotiation between the US and Brazil after months of deterioration in relations between the countries.
Original title: A química entre Trump e Lula
Original description: Convidado: Guilherme Casarões, cientista político e professor da Florida International University. Como é tradição, o presidente brasileiro fez o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU. Por 18 minutos, Lula defendeu a soberania nacional, destacou a importância da pauta ambiental e de organismos internacionais, mencionou a defesa da democracia no Brasil e defendeu a independência de um Estado palestino. Logo após Lula, foi a vez de Donald Trump. Em seu mais longo discurso na ONU, Trump falou por mais de 50 minutos. E o que se viu foi um completo antagonismo a Lula: críticas à ONU e ataques a imigrantes. O presidente dos EUA classificou as mudanças climáticas como “uma farsa” e defendeu seu tarifaço. Até que, surpreendentemente, Trump relatou um breve encontro com Lula nos bastidores, dizendo ter tido "uma química excelente" com o brasileiro. O presidente dos EUA afirmou que deve fazer uma reunião com Lula na semana que vem – encontro ainda sem detalhes e visto com cautela pela diplomacia brasileira. Para explicar os antagonismos dos discursos de Trump e Lula e o que pode significar uma aproximação entre os dois, Natuza Nery conversa com Guilherme Casarões, cientista político e professor da Florida International University. Casarões classifica as divergências entre eles e aponta quais as perspectivas de negociação entre EUA e Brasil depois de meses de deterioração nas relações entre os países.
-
Ação e reação: os protestos e seus efeitos políticos.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-23 03:16
Convidado: Thomas Traumann, jornalista e comentarista da GloboNews. No dia seguinte às manifestações pelo país contra a PEC da Blindagem e contra a anistia, o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a hora é de “tirar da frente pautas tóxicas”. Na semana passada, foi Motta quem pautou a PEC e a urgência do projeto para anistiar os golpistas do 8 de janeiro de 2023. Em conversa com Natuza Nery, o jornalista Thomas Traumann avalia o tamanho dos protestos realizados em todas as capitais do país no último domingo (21). Thomas explica como os atos simbolizam uma mudança na capacidade de mobilização de grupos ligados à esquerda, depois de parte da direita priorizar os interesses da família Bolsonaro. Thomas fala também sobre como as sanções anunciadas pelos EUA contra autoridades brasileiras colocam mais um elemento de tensão política no ar. “Isso foi feito de forma mesquinha, para criar constrangimento para o presidente Lula”, diz, ao citar o discurso do presidente brasileiro desta terça-feira (23) na Assembleia Geral da ONU.
Original title: Ação e reação: os protestos e seus efeitos políticos
Original description: Convidado: Thomas Traumann, jornalista e comentarista da GloboNews. No dia seguinte às manifestações pelo país contra a PEC da Blindagem e contra a anistia, o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a hora é de “tirar da frente pautas tóxicas”. Na semana passada, foi Motta quem pautou a PEC e a urgência do projeto para anistiar os golpistas do 8 de janeiro de 2023. Em conversa com Natuza Nery, o jornalista Thomas Traumann avalia o tamanho dos protestos realizados em todas as capitais do país no último domingo (21). Thomas explica como os atos simbolizam uma mudança na capacidade de mobilização de grupos ligados à esquerda, depois de parte da direita priorizar os interesses da família Bolsonaro. Thomas fala também sobre como as sanções anunciadas pelos EUA contra autoridades brasileiras colocam mais um elemento de tensão política no ar. “Isso foi feito de forma mesquinha, para criar constrangimento para o presidente Lula”, diz, ao citar o discurso do presidente brasileiro desta terça-feira (23) na Assembleia Geral da ONU.
-
Pandemic crimes: Supreme Court reopens investigations.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-22 03:17
Guest: Deisy Ventura, jurist and professor of ethics at USP's Faculty of Public Health. In October 2021, the final report of the Covid CPI pointed to a series of errors, actions, and omissions by the Jair Bolsonaro administration that contributed to Brazil reaching the tragic mark of 700,000 deaths from the coronavirus. Now, almost four years later, accountability for the handling of health in the pandemic is beginning to take shape. Last week, based on this report from the Covid CPI, STF Minister Flávio Dino opened an investigation for the Federal Police to investigate the conduct of Bolsonaro and 23 allies – including the former president's three eldest sons. In this episode, Natuza Nery listens to Deisy Ventura, author of a study that analyzed more than 3,000 norms adopted by the Bolsonaro administration related to the Covid pandemic. The study led by her provided data for the installation of the CPI in 2021. Jurist and professor of Ethics at USP's Faculty of Public Health, Deisy explains what the so-called "crime of epidemic" is and emphasizes why health agendas cannot be "cheap electoral material." She also affirms the importance of not forgetting the crimes committed during the pandemic.
Original title: Crimes da pandemia: STF reabre as investigações
Original description: Convidada: Deisy Ventura, jurista e professora titular de ética da Faculdade de Saúde Pública da USP. Em outubro de 2021, o relatório final da CPI da Covid apontou uma série de erros, ações e omissões da gestão Jair Bolsonaro que contribuíram para que o Brasil atingisse a trágica marca de 700 mil mortos pelo coronavírus. Agora, quase quatro anos depois, a responsabilização pela condução da Saúde na pandemia começa a engatinhar. Semana passada, com base neste relatório da CPI da Covid, o ministro do STF Flávio Dino abriu um inquérito para que a Polícia Federal investigue a conduta de Bolsonaro e 23 aliados – entre eles os três filhos mais velhos do ex-presidente. Neste episódio, Natuza Nery ouve Deisy Ventura, autora de um estudo que analisou mais de 3 mil normas adotadas pela gestão Bolsonaro relacionadas à pandemia de Covid. O estudo comandado por ela ofereceu dados para a instalação da CPI, em 2021. Jurista e professora titular de Ética da Faculdade de Saúde Pública da USP, Deisy explica o que é o chamado “crime de epidemia” e ressalta por que pautas de saúde não podem ser “material eleitoral barato”. Ela também afirma a importância de não esquecer os crimes cometidos durante a pandemia.
-
Chamber: self-serving projects
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-19 03:16
Guest: Fernando Abrucio, FGV-SP prof. and GloboNews commentator. In just over 48 hours, deputies approved the Shielding PEC and the urgency to analyze the amnesty for the January 8 coup plotters. Decisions that benefit the political class and distance themselves from the real needs of the people – precisely who the deputies should represent in Congress. A detachment that has repercussions for the population and for the Executive and Judiciary branches, exposing a growing tension in Brasília. In conversation with Natuza Nery in this episode, Fernando Abrucio assesses that this is "the worst moment for the Chamber since redemocratization." FGV-SP professor and GloboNews commentator Abrucio points out the consequences of this moment for the country. He analyzes why, despite the strong reaction on social media against the Shielding PEC, parliamentarians approved the project: "the fear of being convicted or arrested today is greater than the fear of losing votes," he says. Together, Natuza and Abrucio also point out what is needed to reverse the current moment and highlight the importance of the 2026 legislative elections.
Original title: Câmara: projetos em benefício próprio
Original description: Convidado: Fernando Abrucio, prof. FGV-SP e comentarista GloboNews. Em pouco mais de 48 horas, os deputados aprovaram a PEC da Blindagem e a urgência para analisar a anistia aos golpistas do 8 de janeiro. Decisões que beneficiam a classe política e se distanciam das necessidades reais do povo – justamente quem os deputados devem representar no Congresso. Um descolamento que tem reflexos para a população e para os poderes Executivo e Judiciário, expondo uma tensão crescente em Brasília. Em conversa com Natuza Nery neste episódio, Fernando Abrucio avalia que este é “o pior momento da Câmara desde a redemocratização”. Professor da FGV-SP e comentarista da GloboNews, Abrucio aponta as consequências deste momento para o país. Ele analisa por que, apesar da forte reação nas redes sociais contra a PEC da Blindagem, os parlamentares aprovaram o projeto: “o medo de ser condenado ou preso hoje é maior do que o medo de perder votos”, diz. Juntos, Natuza e Abrucio apontam ainda o que é preciso para inverter o atual momento e destacam a importância das eleições legislativas de 2026.
-
Constitutional amendment of protection: path to impunity.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-18 03:17
Guests: Elisa Clavery, GloboNews reporter in Brasília; and Renato Stanziola Vieira, lawyer and former president of the Brazilian Institute of Criminal Sciences. In two rounds and with the support of almost all parties in the House – there were about 350 votes in favor – the Chamber approved the Shielding PEC, which will now be voted on in the Senate. The proposal establishes a new rule for the investigation of crimes committed by parliamentarians: once the PEC is approved, the deputies and senators themselves will vote on whether or not a lawsuit can be opened against a congressional colleague. The text approved in the Chamber also provides that the vote for the opening of proceedings against parliamentarians will be secret. This point was made possible by a regimental maneuver orchestrated by the president of the House. Still on Wednesday evening (17), Hugo Motta (Republicans-PB) scheduled the vote on the urgency of the Amnesty Bill – which was approved with more than 300 votes in favor. In this episode, Victor Boyadjian talks with Elisa Clavery, GloboNews reporter in Brasília, about the details of the Shielding PEC text and what the climate is for the vote on the proposal in the Senate: she explains that, with an eye on the 2026 elections, senators are concerned about the reaction of social networks and should avoid "controversial agendas". Also participating is criminal lawyer Renato Stanziola Vieira, partner at Kehdi Vieira Advogados. Master and PhD in criminal procedural law from USP and former president of the Brazilian Institute of Criminal Sciences, Renato assesses the constitutionality of the PEC and says why it is a sign of democratic fragility.
Original title: PEC da Blindagem: caminho para a impunidade
Original description: Convidados: Elisa Clavery, repórter da GloboNews em Brasília; e Renato Stanziola Vieira, advogado e ex-presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais. Em dois turnos e com apoio de quase todos os partidos da Casa – foram cerca de 350 votos favoráveis –, a Câmara aprovou a PEC da Blindagem, que agora será votada agora no Senado. A proposta estabelece uma nova regra para a investigação de crimes cometidos por parlamentares: uma vez aprovada a PEC, serão os próprios deputados e senadores que votarão se um processo poderá ou não ser aberto contra um colega de Congresso. O texto aprovado na Câmara prevê ainda que a votação para a abertura de processos contra parlamentares será secreta. Este ponto foi viabilizado em uma manobra regimental orquestrada pelo presidente da Casa. Ainda na noite de quarta-feira (17), Hugo Motta (Republicanos-PB) pautou a votação da urgência do PL da Anistia – que foi aprovada com mais de 300 votos favoráveis. Neste episódio, Victor Boyadjian conversa com Elisa Clavery, repórter da GloboNews em Brasília, sobre os detalhes do texto da PEC da Blindagem e qual o clima para a votação da proposta no Senado: ela explica que, de olho nas eleições de 2026, os senadores estão preocupados com a reação das redes sociais e devem fugir de “pautas polêmicas”. Participa também o advogado criminalista Renato Stanziola Vieira, sócio do Kehdi Vieira Advogados. Mestre e doutor em direito processual penal pela USP e ex-presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, Renato avalia a constitucionalidade da PEC e diz por que ela é um sinal de fragilidade democrática.
-
The execution of the former chief of police of São Paulo
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-17 03:16
Convidados: Kleber Tomaz, g1 São Paulo reporter, and Rafael Alcadipani, FGV-SP professor and member of the Brazilian Public Security Forum. Murdered last Monday on the São Paulo coast, Ruy Ferraz Fontes was the general delegate of the São Paulo Civil Police between 2019 and 2022 – he was in charge of the Administration Secretariat of the Praia Grande City Hall. Last Monday (15), Ruy was the victim of an ambush carried out by masked, bulletproof vest-wearing, heavily armed bandits: he was chased, overturned his car, and was shot more than 20 times with a rifle. In this episode, Victor Boyadjian talks to Kleber Tomaz, a g1 São Paulo reporter who has covered organized crime for two decades. Kleber recalls how the former delegate played a key role in the arrest of Marcos Willians Herbas Camacho, Marcola, head of the PCC criminal faction, in 1999. He outlines Ruy's profile and reports on the lines of investigation into the crime. Afterwards, Victor interviews Rafael Alcadipani, professor at FGV-SP and member of the Brazilian Public Security Forum. Alcadipani answers what type of protection former security agents should have after retirement, and points out the evidence that the perpetrators planned the crime. The professor also recalls the influence of organized crime in Baixada Santista and the region's importance to criminal factions.
Original title: A execução do ex-delegado-geral de São Paulo
Original description: Convidados: Kleber Tomaz, repórter do g1 São Paulo, e Rafael Alcadipani, prof. da FGV-SP e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Assassinado na última segunda-feira no litoral paulista, Ruy Ferraz Fontes foi delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo entre 2019 e 2022 – ele estava à frente da Secretaria de Administração da Prefeitura de Praia Grande. Na última segunda-feira (15), Ruy foi vítima de uma emboscada realizada por bandidos de máscara, colete à prova de balas e fortemente armados: ele foi perseguido, capotou o carro e foi alvejado por mais de 20 tiros de fuzil. Neste episódio, Victor Boyadjian conversa com Kleber Tomaz, repórter do g1 São Paulo que cobre o crime organizado há duas décadas. Kleber relembra como o ex-delegado teve papel fundamental na prisão de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe da facção criminosa PCC, em 1999. Ele traça o perfil de Ruy e relata quais as linhas de investigação sobre o crime. Depois, Victor entrevista Rafael Alcadipani, professor da FGV-SP e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Alcadipani responde que tipo de proteção ex-agentes de segurança deveriam ter após a aposentadoria, e aponta as evidências de que os executores planejaram o crime. O professor relembra também qual a influência do crime organizado na Baixada Santista e a importância da região para facções criminosas.
-
O caso Charlie Kirk e a violência política nos EUA.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-16 03:16
Convidados: Nilson Klava, correspondente da Globo nos EUA, e Carlos Gustavo Poggio, professor do Berea College nos EUA. Assassinado quarta-feira, o ativista conservador Trumpista tinha trânsito na Casa Branca. Kirk discursava na Universidade Utah Valley quando baleado. Com "prove que estou errado", atraía multidões, especialmente jovens, potencializando a vitória de Trump. O caso expõe polarização perigosa: mais de 100 casos de violência política, quase 50 mortes. Inclui atentado contra democratas e incêndio na casa do governador da Pensilvânia, após tentativa de assassinato de Trump. Natuza Nery recebe Klava e Poggio. Klava descreve o crime e relatos de estudantes. Responde sobre a investigação e o papel de Kirk. Poggio analisa a violência política, comparando com 1960/70. Avalia potencial do caso Kirk aumentar o discurso de ódio e conclui que a democracia está em risco com "desumanização" de adversários.
Original title: O caso Charlie Kirk e a violência política nos EUA
Original description: Convidados: Nilson Klava, correspondente da Globo nos EUA, e Carlos Gustavo Poggio, prof. Berea College nos EUA. Assassinado na última quarta-feira (10), o ativista conservador era apoiador de Donald Trump e tinha trânsito na Casa Branca. Kirk discursava para jovens estudantes na Universidade Utah Valley quando foi baleado. Com o slogan “prove que eu estou errado”, ele atraía multidões, especialmente jovens – público que potencializou a vitória de Trump na última eleição presidencial dos EUA. O caso expõe um nível perigoso de polarização nos EUA: o país registrou mais de 100 casos de violência política nos últimos 12 meses, com quase 50 mortes. Entre os casos está o atentado contra dois parlamentares democratas e o incêndio provocado na casa do governador da Pensilvânia. Tudo na esteira da tentativa de assassinado de Trump, em julho do ano passado, durante a campanha eleitoral. Neste episódio, Natuza Nery recebe Nilson Klava, correspondente da Globo nos EUA, e Carlos Gustavo Poggio, professor de Ciência Política do Berea College, no Kentucky. Klava descreve o momento do crime e conta o que ouviu de estudantes que presenciaram o assassinato. Ele responde qual é o status da investigação e qual era o papel de Kirk na política americana atual. Depois, Poggio analisa o histórico de violência política nos EUA e traça paralelos com as décadas de 1960 e 1970, quando uma série de assassinatos abalou o país. Ele responde qual o potencial do caso Kirk aumentar ainda mais o discurso de ódio nos EUA e conclui que a própria democracia está em risco quando há um processo de “desumanização” de adversários.
-
O rearranjo político pós-condenação de Bolsonaro.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-15 03:16
Convidado: Marcos Nobre, prof. Unicamp e pesquisador Cebrap A condenação de Jair Bolsonaro leva forças políticas a rearranjarem-se. Como ficam direita, extrema-direita e centrão após a condenação do ex-presidente por atentado à democracia? Natuza Nery recebe Marcos Nobre, professor Unicamp e pesquisador Cebrap, para responder. Marcos crê que o bolsonarismo segue ativo social, digital e politicamente, a pouco mais de um ano das eleições de 2026. Mesmo fora das urnas, Bolsonaro segue referência da direita e forte líder. Marcos reflete que o julgamento reflete visões de mundo opostas no Brasil. Ele analisa a força política da família Bolsonaro após a condenação, e como fica o bolsonarismo. Conclui sobre as instituições brasileiras após a decisão histórica do STF.
Original title: O rearranjo político pós-condenação de Bolsonaro
Original description: Convidado: Marcos Nobre, prof. Unicamp e pesquisador Cebrap Definida a pena ao ex-presidente Jair Bolsonaro, as forças políticas passam à fase de rearranjo de forças. Como ficam a direita, a extrema-direita e o centrão no Brasil após a condenação do ex-presidente por atentado contra a democracia? Para responder a esta e outras perguntas, Natuza Nery recebe Marcos Nobre, professor titular de filosofia política da Unicamp e pesquisador do Cebrap, o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento. Para Marcos, o bolsonarismo segue ativo e presente como força social, digital e política, a pouco mais de um ano para as eleições presidenciais de 2026. O professor afirma que, mesmo fora das urnas e cumprindo pena, Bolsonaro segue como referência da direita e com forte liderança. Marcos reflete como o resultado do julgamento na 1ª Turma do Supremo é o espelho de um Brasil onde há duas visões de mundo opostas. Ele analisa como sai a força política da família Bolsonaro a partir da condenação do ex-presidente, e como fica o bolsonarismo. E conclui como ficam as instituições brasileiras após a decisão histórica tomada pelo STF na última semana.
-
O julgamento de Bolsonaro do diário – do início à condenação.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-13 03:29
Convidados: Felipe Recondo, Reynaldo Turollo Jr., Pierpaolo Botino, Thiago Bottino, Oscar Vilhena e Gustavo Binenbojm. Entre 2 e 11 de setembro, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal julgou Jair Bolsonaro e 7 réus por tentativa de golpe de Estado, incluindo militares de alta patente. A última quinta-feira (11) foi histórica. Nas últimas duas semanas, O Assunto relatou os fatos que levaram ao julgamento e acompanhou as quase 36 horas de sessões. Neste sábado (13), O Assunto detalha como Bolsonaro e militares foram julgados e condenados por atentar contra a democracia brasileira.
Original title: O diário do julgamento de Bolsonaro – do início à condenação
Original description: Convidados: Felipe Recondo, Reynaldo Turollo Jr., Pierpaolo Botino, Thiago Bottino, Oscar Vilhena e Gustavo Binenbojm Entre os dias 2 e 11 de setembro, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal julgou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 7 réus por tentativa de golpe de Estado. Entre os julgados estavam militares de alta patente. A última quinta-feira (11) entrou para a história. Durante as duas últimas semanas, O Assunto contou a história dos fatos que levaram ao julgamento e acompanhou de perto as quase 36 horas de sessões. Da tentativa de golpe à condenação, O Assunto publica neste sábado (13) um registro detalhado de como Bolsonaro e militares de alta patente chegaram ao banco dos réus e saíram condenados por atentar contra a democracia brasileira.
-
O diário do julgamento de Bolsonaro – Parte 5: A condenação.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-12 05:30
Guests: Reynaldo Turollo Jr, g1 reporter in Brasília, Gustavo Binenbojm, prof. UERJ Law School, and Oscar Vilhena, prof. FGV-SP Law School. For the first time in history, a former president is convicted of crimes against democracy. By 4 votes to 1, the STF's 1st Panel convicted Jair Bolsonaro, and 7 other defendants of 5 crimes. The sentence imposed on the former president is 27 years and 3 months in prison. In addition to Bolsonaro, Alexandre Ramagem (former director of Abin), Almir Garnier (former commander of the Navy), Anderson Torres (former Minister of Justice), Augusto Heleno (former Minister of the GSI), Mauro Cid (former Bolsonaro's aide-de-camp), Paulo Sérgio Nogueira (former Minister of Defense), and Walter Braga Netto (former Minister of Bolsonaro's Civil House and candidate for vice in the defeated ticket) were convicted. In this episode, Natuza Nery receives three guests: Reynaldo Turollo Jr, g1 reporter in Brasília, Gustavo Binenbojm, prof. UERJ Law School, and Oscar Vilhena, prof. FGV-SP Law School. The g1 reporter who followed all the trial sessions from inside the STF, Turollo explains how the votes that led to the conviction of Bolsonaro and the other defendants were cast. He reports on the atmosphere among the ministers the day after Luiz Fux's vote - the only magistrate to request the former president's acquittal. He tells how the sentences were defined and what happens from now on. Oscar Vilhena outlines the political and historical meanings of the conviction. "We had the prevalence of law over barbarism," says the professor. Vilhena analyzes the internal pressures for amnesty and the external threat coming from the US - Donald Trump called the conviction "terrible" and the US Secretary of State promised a response to the decision. The professor concludes: "from today onwards, anyone committed to democracy must be more attentive than ever". Afterwards, Natuza Nery receives Gustavo Binenbojm to talk about the legal arguments presented by Cármen Lúcia and Cristiano Zanin. He points out how the four ministers who voted for the conviction analyzed "the film" of the coup, while Fux pointed to isolated facts to justify his request for acquittal.
Original title: O diário do julgamento de Bolsonaro – parte 5: a condenação
Original description: Convidados: Reynaldo Turollo Jr, repórter do g1 em Brasília, Gustavo Binenbojm , prof. Faculdade de Direito da UERJ, e Oscar Vilhena, prof. Faculdade de Direito da FGV-SP. Pela primeira vez na história, um ex-presidente é condenado por crimes contra a democracia. Por 4 votos a 1, a 1ª Turma do STF condenou Jair Bolsonaro, e outros 7 réus por 5 crimes. A pena imposta ao ex-presidente é de 27 anos e 3 meses de prisão. Além de Bolsonaro, foram condenados Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa), e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro e candidato a vice na chapa derrotada). Neste episódio, Natuza Nery recebe três convidados: Reynaldo Turollo Jr, repórter do g1 em Brasília, Gustavo Binenbojm , prof. Faculdade de Direito da UERJ, e Oscar Vilhena, prof. Faculdade de Direito da FGV-SP. Repórter do g1 que acompanhou de dentro do STF todas as sessões do julgamento, Turollo explica como foram os votos que levaram à condenação de Bolsonaro e dos outros réus. Ele relata o clima entre os ministros no dia seguinte ao voto de Luiz Fux - único dos magistrados a pedir a absolvição do ex-presidente. Ele conta como foi feita a definição das penas e o que acontece a partir de agora. Quem desenha os significados políticos e históricos da condenação é Oscar Vilhena. “Tivemos a prevalência da lei sob a barbárie”, diz o professor. Vilhena analisa as pressões internas por anistia e a ameaça externa vinda dos EUA – Donald Trump chamou a condenação de “terrível” e o secretário de Estado americano prometeu resposta à decisão. O professor conclui: “a partir de hoje, quem tem compromisso com a democracia tem que estar mais atento do que nunca”. Depois, Natuza Nery recebe Gustavo Binenbojm para falar dos argumentos jurídicos apresentados por Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. É ele quem sinaliza como os quatro ministros que votaram pela condenação, analisaram “o filme” golpista, enquanto Fux apontou fatos isolados para justificar seu pedido de absolvição.
-
O diário do julgamento de Bolsonaro – parte 4
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-11 05:08
Convidados: Reynaldo Turollo Jr, repórter do g1 em Brasília, e Oscar Vilhena Vieira, professor da Faculdade de Direito da FGV-SP. A sessão em que o ministro Luiz Fux deu seu voto durou mais de 13 horas. Fux votou pela absolvição de Jair Bolsonaro de todos os cinco crimes pelos quais o ex-presidente responde no julgamento por tentativa de golpe. Com isso, o placar está em 2 a 1 pela condenação de Bolsonaro. Logo no início da manhã, Fux abriu uma série de divergências em relação ao relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, e pediu a anulação do processo por falta de competência do STF para julgar Bolsonaro e os outros sete réus. No diário do 4º dia do julgamento de Bolsonaro, o repórter do g1 Reynaldo Turollo Jr. detalha o voto de Fux, os pontos de divergência abertos por ele e os argumentos usados pelo ministro para pedir a absolvição do ex-presidente no processo da trama golpista. Turollo revela também quais foram as reações dos ministros da 1ª Turma ao ouvirem as longas horas do voto de Fux – e como as argumentações do ministro foram recebidas pelas defesas dos réus. Depois, Natuza Nery volta a conversar com Oscar Vilhena, professor de Direito da FGV-SP. Vilhena se debruça sobre o voto de Fux e analisa os argumentos jurídicos apresentados pelo ministro ao votar pela absolvição de Bolsonaro. O professor responde quais são as implicações jurídicas das discordâncias entre Fux e Moraes no processo: “Isso põe por terra que o ministro Moraes é um tirano e que ninguém pode votar contra ele dentro do tribunal.”
Original title: O diário do julgamento de Bolsonaro – parte 4
Original description: Convidados: Reynaldo Turollo Jr, repórter do g1 em Brasília, e Oscar Vilhena Vieira, professor da Faculdade de Direito da FGV-SP. A sessão em que o ministro Luiz Fux deu seu voto durou mais de 13 horas. Fux votou pela absolvição de Jair Bolsonaro de todos os cinco crimes pelos quais o ex-presidente responde no julgamento por tentativa de golpe. Com isso, o placar está em 2 a 1 pela condenação de Bolsonaro. Logo no início da manhã, Fux abriu uma série de divergências em relação ao relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, e pediu a anulação do processo por falta de competência do STF para julgar Bolsonaro e os outros sete réus. No diário do 4º dia do julgamento de Bolsonaro, o repórter do g1 Reynaldo Turollo Jr. detalha o voto de Fux, os pontos de divergência abertos por ele e os argumentos usados pelo ministro para pedir a absolvição do ex-presidente no processo da trama golpista. Turollo revela também quais foram as reações dos ministros da 1ª Turma ao ouvirem as longas horas do voto de Fux – e como as argumentações do ministro foram recebidas pelas defesas dos réus. Depois, Natuza Nery volta a conversar com Oscar Vilhena, professor de Direito da FGV-SP. Vilhena se debruça sobre o voto de Fux e analisa os argumentos jurídicos apresentados pelo ministro ao votar pela absolvição de Bolsonaro. O professor responde quais são as implicações jurídicas das discordâncias entre Fux e Moraes no processo: “Isso põe por terra que o ministro Moraes é um tirano e que ninguém pode votar contra ele dentro do tribunal.”
-
O julgamento de Bolsonaro - parte 3
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-10 04:08
Convidados: Reynaldo Turollo Jr, repórter do g1 em Brasília, e Oscar Vilhena Vieira, professor da Faculdade de Direito da FGV-SP. 2 a 0. Esse é o placar parcial do julgamento de Jair Bolsonaro e de outros 7 réus por tentativa de golpe de Estado na 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta terça-feira (9), dois ministros votaram: Alexandre de Moraes e Flávio Dino. Moraes, que é relator do julgamento, abriu a votação, apontou o ex-presidente como líder de organização criminosa e votou pela condenação de todos os réus. Na sequência, Dino também se colocou a favor da condenação dos réus, mas com culpabilidades diferentes entre eles. Neste episódio, O Assunto retoma o diário do julgamento. Natuza Nery recebe Reynaldo Turollo Jr, repórter do g1 que acompanha de dentro as sessões no Supremo. Turollo relata como Moraes e Dino sustentaram seus votos, qual o clima na Corte e como os pedidos de condenação repercutiram nas defesas dos réus. Depois, a conversa é com Oscar Vilhena Vieira, professor de Direito da FGV. Vilhena, que é mestre em direito pela Universidade Columbia e doutor em Ciência Política pela USP, analisa os significados dos votos de Moraes e Dino. E conclui como este é um julgamento extraordinário do ponto de vista histórico: “ele rompe com a tradição brasileira de impunidade daqueles que rompem com o Estado Democrático de Direito”. Guests: Reynaldo Turollo Jr, g1 reporter in Brasília, and Oscar Vilhena Vieira, professor at the FGV-SP Law School. 2 to 0. This is the partial score of the trial of Jair Bolsonaro and 7 other defendants for attempted coup d'état in the 1st Panel of the Supreme Federal Court (STF). This Tuesday (9th), two ministers voted: Alexandre de Moraes and Flávio Dino. Moraes, who is the rapporteur of the trial, opened the voting, pointed to the former president as the leader of a criminal organization and voted for the conviction of all defendants. Subsequently, Dino also favored the conviction of the defendants, but with different culpabilities among them. In this episode, O Assunto resumes the trial diary. Natuza Nery receives Reynaldo Turollo Jr, a g1 reporter who follows the sessions in the Supreme Court from within. Turollo reports on how Moraes and Dino supported their votes, what the atmosphere is like in the Court and how the requests for conviction reverberated in the defendants' defenses. Afterwards, the conversation is with Oscar Vilhena Vieira, professor of Law at FGV. Vilhena, who has a master's degree in law from Columbia University and a doctorate in Political Science from USP, analyzes the meanings of Moraes and Dino's votes. And concludes that this is an extraordinary trial from a historical point of view: "it breaks with the Brazilian tradition of impunity for those who break with the Democratic Rule of Law".
Original title: O diário do julgamento de Bolsonaro – parte 3
Original description: Convidados: Reynaldo Turollo Jr, repórter do g1 em Brasília, e Oscar Vilhena Vieira, professor da Faculdade de Direito da FGV-SP. 2 a 0. Esse é o placar parcial do julgamento de Jair Bolsonaro e de outros 7 réus por tentativa de golpe de Estado na 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta terça-feira (9), dois ministros votaram: Alexandre de Moraes e Flávio Dino. Moraes, que é relator do julgamento, abriu a votação, apontou o ex-presidente como líder de organização criminosa e votou pela condenação de todos os réus. Na sequência, Dino também se colocou a favor da condenação dos réus, mas com culpabilidades diferentes entre eles. Neste episódio, O Assunto retoma o diário do julgamento. Natuza Nery recebe Reynaldo Turollo Jr, repórter do g1 que acompanha de dentro as sessões no Supremo. Turollo relata como Moraes e Dino sustentaram seus votos, qual o clima na Corte e como os pedidos de condenação repercutiram nas defesas dos réus. Depois, a conversa é com Oscar Vilhena Vieira, professor de Direito da FGV. Vilhena, que é mestre em direito pela Universidade Columbia e doutor em Ciência Política pela USP, analisa os significados dos votos de Moraes e Dino. E conclui como este é um julgamento extraordinário do ponto de vista histórico: “ele rompe com a tradição brasileira de impunidade daqueles que rompem com o Estado Democrático de Direito”.
-
A metamorfose de Tarcísio de Freitas
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-09-09 03:16
Guest: Andréia Sadi, GloboNews presenter and g1 columnist. On September 7th, supporters of former president Jair Bolsonaro took to the streets in several capitals of the country to request amnesty for those convicted for January 8th, 2021 and attack the Judiciary. On the eve of the STF's 1st Chamber resuming the trial of Bolsonaro and seven other defendants for attempted coup d'état, the date commemorating Brazil's Independence had political acts from the right and the left. And one speech gained prominence: that of Tarcísio de Freitas, governor of São Paulo. On Avenida Paulista, Tarcísio pressured the president of the Chamber, Hugo Motta, to schedule the amnesty. And he criticized Alexandre de Moraes, saying that "no one can stand the tyranny" of the minister anymore. Within the Supreme Court, the speech of the governor of São Paulo provoked the reaction of Gilmar Mendes and the president of the Court, Luís Roberto Barroso. This Monday (8th), Barroso stated that the trial of Bolsonaro is "about evidence, not political or ideological dispute". In this episode, Natuza Nery talks with Andréia Sadi, GloboNews presenter and g1 columnist. Together, they assess Tarcísio's change of tone and the escalation of attacks made by him on the Judiciary. Andréia reports on the reaction to the speech of the governor of São Paulo within the Supreme Court, his situation after September 7th, and how the acts of Bolsonaro's supporters were received within the government.
Original title: A metamorfose de Tarcísio de Freitas
Original description: Convidada: Andréia Sadi, apresentadora da GloboNews e colunista do g1. No 7 de setembro, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro foram às ruas em várias capitais do país pedir a anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro de 2023 e atacar o Judiciário. Às vésperas de a 1ª Turma do STF retomar o julgamento de Bolsonaro e de outros sete réus por tentativa de golpe de Estado, a data que comemora a Independência do Brasil teve atos políticos da direita e da esquerda. E um discurso ganhou protagonismo: o de Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo. Na Avenida Paulista, Tarcísio pressionou o presidente da Câmara, Hugo Motta, a pautar a anistia. E fez críticas a Alexandre de Moraes, ao dizer que “ninguém mais aguenta a tirania” do ministro. Dentro do Supremo, a fala do governador de São Paulo provocou a reação de Gilmar Mendes e do presidente da Corte, Luís Roberto Barroso. Nesta segunda-feira (8), Barroso afirmou que o julgamento de Bolsonaro é “sobre provas, não disputa política ou ideológica”. Neste episódio, Natuza Nery conversa com Andréia Sadi, apresentadora da GloboNews e colunista do g1. Juntas, elas avaliam a mudança de tom de Tarcísio e a escalada dos ataques feitos por ele ao Judiciário. Andréia relata qual foi a reação ao discurso do governador de São Paulo dentro do Supremo, a situação dele após o 7 de Setembro e como os atos de apoiadores de Bolsonaro foram recebidos dentro do governo.