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A aplicação de leis estrangeiras no Brasil.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-20 03:16
O ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino decidiu que leis de outros países só têm efeito no Brasil com aval do STF. A decisão do ministro foi tomada no âmbito de um debate jurídico ligado às tragédias de Mariana e Brumadinho — e nada tem a ver com a Lei Magnitsky, aplicada contra o também ministro do Supremo Alexandre de Moraes. Mas, na prática, acaba blindando Moraes. Nesta terça-feira, o ministro esclareceu que o Brasil vai continuar respeitando decisões de Cortes Internacionais. Também nesta terça, as ações dos bancos em bolsas perderam valor, já que a decisão de Dino levantou dúvidas sobre os impactos para bancos e empresas que operam no Brasil e no exterior. Para explicar a decisão de Dino e seus impactos, Victor Boyadjian conversa com Maristela Basso, professora de Direito Internacional da USP. Ela responde quais os trâmites envolvidos para que uma decisão tomada em um país seja cumprida em território brasileiro. Ela, que trabalha com a execução de sentenças estrangeiras há mais de 40 anos, avalia a que tipo de imbróglio os bancos estão submetidos após a decisão do ministro Dino. Depois, Victor recebe Maria Cristina Fernandes, colunista do jornal Valor Econômico e comentarista da GloboNews e da CBN. A jornalista avalia o atual momento da escalada da relação entre EUA e Brasil, e conta o que ouviu de agentes do mercado sobre a decisão de Dino.
Original title: A aplicação de leis estrangeiras no Brasil
Original description: Convidados: Maristela Basso, professora de Direito Internacional da USP, e Maria Cristina Fernandes, colunista do jornal Valor Econômico e comentarista da GloboNews e da CBN. O ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino decidiu que leis de outros países só têm efeito no Brasil com aval do STF. A decisão do ministro foi tomada no âmbito de um debate jurídico ligado às tragédias de Mariana e Brumadinho — e nada tem a ver com a Lei Magnitsky, aplicada contra o também ministro do Supremo Alexandre de Moraes. Mas, na prática, acaba blindando Moraes. Nesta terça-feira, o ministro esclareceu que o Brasil vai continuar respeitando decisões de Cortes Internacionais. Também nesta terça, as ações dos bancos em bolsas perderam valor, já que a decisão de Dino levantou dúvidas sobre os impactos para bancos e empresas que operam no Brasil e no exterior. Para explicar a decisão de Dino e seus impactos, Victor Boyadjian conversa com Maristela Basso, professora de Direito Internacional da USP. Ela responde quais os trâmites envolvidos para que uma decisão tomada em um país seja cumprida em território brasileiro. Ela, que trabalha com a execução de sentenças estrangeiras há mais de 40 anos, avalia a que tipo de imbróglio os bancos estão submetidos após a decisão do ministro Dino. Depois, Victor recebe Maria Cristina Fernandes, colunista do jornal Valor Econômico e comentarista da GloboNews e da CBN. A jornalista avalia o atual momento da escalada da relação entre EUA e Brasil, e conta o que ouviu de agentes do mercado sobre a decisão de Dino. Nesta quarta-feira (20), o gabinete de Flávio Dino procurou a produção de "O Assunto" e esclareceu que, em sua decisão, o ministro não tira do STJ a competência de homologar decisões estrangeiras, ressaltando o seguinte trecho da decisão publicada na última segunda-feira (18): "IV) qualquer violação aos itens II e III constitui ofensa à soberania nacional, à ordem pública e aos bons costumes, portanto presume-se a ineficácia de tais leis, atos e sentenças emanadas de país estrangeiro. Tal presunção só pode ser afastada, doravante, mediante deliberação expressa do STF, em sede de Reclamação Constitucional, ofertada por algum prejudicado, ou outra ação judicial cabível, ressalvada a competência disposta no art. 105, I, “i”, da CF."
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War in Ukraine: what is on the negotiating table
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-19 03:16
O convidado Oliver Stuenkel, professor da FGV e pesquisador de Harvard e Carnegie Endowment, analisa as reuniões de Trump, Zelensky e líderes europeus, o futuro político de Zelensky cedendo território à Rússia e o tabuleiro geopolítico em caso de paz.
Original title: Guerra na Ucrânia: o que está na mesa de negociação
Original description: Convidado: Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da FGV e pesquisador da Universidade Harvard e do Carnegie Endowment. Três dias depois de ir até o Alasca encontrar com o russo Vladimir Putin, o presidente dos EUA recebeu o ucraniano Volodymyr Zelensky e líderes europeus na Casa Branca. Em jogo, os termos para uma negociação pelo fim da guerra na Ucrânia - iniciada com a invasão russa em fevereiro de 2022. Diferente do que aconteceu em fevereiro, quando foi humilhado por Trump, Zelensky foi recebido em clima menos hostil. Após o encontro, o presidente dos EUA disse que vai preparar uma reunião trilateral com Zelensky e Putin para discutir a paz na Ucrânia. Presentes no encontro, os líderes europeus pediram garantias de segurança ao continente para negociar com a Rússia. Neste episódio, Victor Boyadjian conversa com Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da FGV. Pesquisador da Universidade Harvard e do Carnegie Endowment, Oliver analisa os significados das reuniões feitas entre Trump, Zelensky e líderes europeus nesta segunda-feira. Oliver responde qual é o futuro político do presidente ucraniano caso Zelensky concorde em ceder parte do território do país à Rússia. E conclui como fica o tabuleiro geopolítico no caso de haver um consenso pela paz.
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Adultización: el debate público y político.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-18 03:16
Guests: Laís Peretto, executive director of Childhood Brasil, and Nay Macedo, psychologist. Influencer Felca's video exposed an old problem: the adultification of children and adolescents and the use of images of minors to monetize on social media. The publication has over 40 million views and broke bubbles in society. A flurry of projects on the topic emerged in Congress. More than 60 projects deal with the matter in parliament – and one of them is more advanced, PL 2628, already approved in the Senate and currently in the Chamber. In this episode, Victor Boyadjian talks with Laís Peretto, executive director of Childhood Brasil, to explain what this project is. She points out the main pillars of the text, already nicknamed “PL Felca”. For Laís, the influencer's video pressured parliamentarians to act. She talks about how the protection of children and adolescents should be seen collectively, involving public policies, technology companies and civil society. Victor also receives psychologist Nay Macedo, a specialist in child and adolescent protection in the digital age. Nay explains what adultification is - and differentiates the types of exposure of minors on social media, including so-called "sharenting". The psychologist talks about the impacts of adultification for children and adolescents – both from a behavioral and cognitive point of view. And she concludes what are the best practices for those responsible to preserve the image of minors on the internet – she tells why even content considered innocent and harmless can represent "bait" for pedophilia.
Original title: Adultização - o debate público e político
Original description: Convidadas: Laís Peretto, diretora-executiva da Childhood Brasil, e Nay Macedo, psicóloga. O vídeo do influenciador Felca expôs um problema antigo: a adultização de crianças e adolescentes e o uso de imagens de menores para monetizar nas redes sociais. A publicação soma mais de 40 milhões de visualizações e rompeu bolhas na sociedade. Uma enxurrada de projetos sobre o tema surgiu no Congresso. Mais de 60 projetos tratam do assunto no parlamento – e um deles está mais avançado, o PL 2628, já aprovado no Senado e atualmente na Câmara. Neste episódio, Victor Boyadjian conversa com Laís Peretto, diretora-executiva da Childhood Brasil, para explicar que projeto é esse. Ela aponta os principais pilares do texto, já apelidado de “PL Felca”. Para Laís, o vídeo do influenciador pressionou os parlamentares a agirem. Ela fala como a proteção de crianças e adolescentes deve ser encarada coletivamente, envolvendo políticas públicas, empresas de tecnologia e a sociedade civil. Victor recebe também a psicóloga Nay Macedo, especialista em proteção infanto-juvenil na era digital. Nay explica o que é adultização - e diferencia quais são os tipos de exposição de menores nas redes sociais, entre eles o chamado “sharenting”. A psicóloga fala dos impactos da adultização para crianças e adolescentes – tanto do ponto de vista comportamental quanto cognitivo. E conclui quais são as melhores práticas para que os responsáveis preservem a imagem de menores na internet – ela conta por que mesmo conteúdos considerados inocentes e inofensivos podem representar uma “isca” para a pedofilia.
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Meu coração criou um fã-clube.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-16 03:16
In the most ambitious project of her career, Marília Mendonça traveled performing as a surprise - and for free - in different capitals of the country. It was a way to reciprocate the affection of the fans, who also had their lives transformed by her departure.
Original title: Meu Coração Fez um Fã-Clube
Original description: No projeto mais ambicioso da carreira, Marília Mendonça viajou se apresentando de surpresa - e de graça - em diferentes capitais do país. Foi uma forma de retribuir o carinho dos fãs, que também tiveram as vidas transformadas por sua partida.
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Israel e a nova ofensiva em Gaza.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-15 03:16
Guest: Guga Chacra, Globo, GloboNews, and CBN radio commentator, and O Globo newspaper columnist. In an interview with Fox News in early August, Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu admitted he "intends" to assume total control of the Gaza Strip. The operation has no official start date, but the Israeli armed forces already claim to control 75% of the territory. The decision was met with immediate criticism from the international community: the UN, Russia, and China condemned the expansion of Israel's military action; and even traditional allies, such as the European Union and the United Kingdom, joined in. All this while calls for a ceasefire grow in the face of the humanitarian crisis to which the Palestinians are subjected. In this episode, Victor Boyadjian receives Guga Chacra, Globo, GloboNews, and CBN radio commentator, and O Globo newspaper columnist. Guga comments on Netanyahu's military and political objectives and analyzes the current status of the conflict and the possibility of a two-state solution.
Original title: Israel e a nova ofensiva sobre Gaza
Original description: Convidado: Guga Chacra, comentarista da Globo, da GloboNews e da rádio CBN, e colunista do jornal O Globo Em entrevista à Fox News no início do mês de agosto, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu admitiu que “tem a intenção” de assumir o domínio total da Faixa de Gaza. A operação não tem data oficial para começar, mas as forças armadas de Israel já afirmam controlar 75% do território. A decisão foi alvo de críticas imediatas da comunidade internacional: ONU, Rússia e China condenaram a expansão da ação militar de Israel; e até tradicionais aliados, como a União Europeia e o Reino Unido, fizeram coro. Tudo isso enquanto os pedidos de cessar fogo crescem diante da crise humanitária a qual os palestinos estão submetidos. Neste episódio, Victor Boyadjian recebe Guga Chacra, comentarista da Globo, da GloboNews e da rádio CBN, e colunista do jornal O Globo. Guga comenta os objetivos militares e políticos de Netanyahu e analisa o status atual do conflito e da possibilidade da solução de dois Estados.
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Ajuda governamental contra aumentos de tarifas.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-14 03:16
Guests: José Roberto Mendonça de Barros, economist, and Ana Flor, columnist for g1 and commentator for GloboNews Exactly one week after the 50% tariff on Brazilian products sold to the US came into effect, the Brazilian government announced a package of measures to help exporters. The package has three pillars: credit for affected companies, tax incentives, and the purchase of products that would be sold to the US. In return, the government demands that all jobs be maintained. In this episode, Victor Boyadjian talks with Ana Flor, columnist for g1 and commentator for GloboNews. In addition to explaining the main points of the announced measures, the journalist details how the package was received by the sectors affected by the tariff. She also talks about which strategies remain on the Brazilian government's table to respond to the Trump administration. Then, the conversation is with economist José Roberto Mendonça de Barros. He analyzes the effectiveness of the measures and their long-term impact on the Brazilian economy. Secretary of Economic Policy of the Ministry of Finance between 1995 and 1998, José Roberto also assesses how the tariff could boost sectors of the Brazilian economy to remodel themselves and seek new markets.
Original title: O socorro do governo contra o tarifaço
Original description: Convidados: José Roberto Mendonça de Barros, economista, e Ana Flor, colunista do g1 e comentarista da GloboNews Exatamente uma semana após o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros vendidos para os EUA entrar em vigor, o governo brasileiro anunciou um pacote de medidas para socorrer exportadores. No tripé do pacote estão três pontos: crédito para empresas prejudicadas, incentivo tributário e compra de produtos que seriam vendidos para os EUA. Em contrapartida, o governo exige que todos os empregos sejam mantidos. Neste episódio, Victor Boyadjian conversa com Ana Flor, colunista do g1 e comentarista da GloboNews. Além de explicar os principais pontos das medidas anunciadas, a jornalista detalha como o pacote foi recebido pelos setores atingidos pelo tarifaço. Ela fala também sobre quais estratégias seguem na mesa do governo brasileiro para responder ao governo Trump. Depois, a conversa é com o economista José Roberto Mendonça de Barros. Ele analisa a efetividade das medidas e o impacto delas a longo prazo para a economia brasileira. Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda entre 1995 e 1998, José Roberto avalia também como o tarifaço pode impulsionar setores da economia brasileira a se remodelarem e buscarem novos mercados.
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A taking of Washington
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-13 03:16
Convidado: Mauricio Moura, professor da Universidade George Washington. Emergência de Trump: “estado de caos” em Washington, “crime fora de controle”. Casa Branca autoriza Guarda Nacional e polícia para combater violência e expulsar criminosos e sem-teto. Autoridades locais e dados oficiais negam crise de violência. Trump lista capitais latino-americanas, incluindo Brasília, citando dados de violência diferentes dos oficiais. Oitocentos soldados da Guarda Nacional e cento e vinte agentes do FBI chegam a Washington. Presidente invoca lei inédita para intervenção federal. Victor Boyadjian conversa com Mauricio Moura sobre a tomada de Washington por Trump. Professor da Universidade George Washington relembra promessa de Trump. Mauricio traça paralelos com a intervenção de 6 de janeiro de 2021 e responde sobre consequências da escalada autoritária de Trump.
Original title: A tomada de Washington
Original description: Convidado: Mauricio Moura, professor da Universidade George Washington A emergência da vez para Donald Trump é o que ele chamou de “estado de caos” na capital dos EUA – ele diz que "o crime está fora de controle" na cidade. A Casa Branca autorizou Guarda Nacional e polícia, controladas pelo governo, a agirem para combater a violência e para expulsar os criminosos e os sem-teto. Autoridades locais e dados oficiais, no entanto, dizem não haver crise de violência. Ao fazer o anúncio do “Dia da Libertação” de Washington, Trump listou diversas capitais latino-americanas - entre elas Brasília -, e citou números diferentes dos oficiais sobre os dados de violência. Os 800 soldados da Guarda Nacional e os 120 agentes do FBI começaram a chegar à capital americana nesta terça-feira (12). Ao decretar a intervenção federal, o presidente invocou uma lei nunca antes usada para estes fins. Neste episódio, Victor Boyadjian conversa com Mauricio Moura para explicar o que está por trás da tomada de Washington pelo presidente dos EUA. Direto da capital dos EUA, o professor da Universidade George Washington relembra que a intervenção na cidade foi uma promessa de Trump. Mauricio traça paralelos com a intervenção feita no 6 de janeiro de 2021, quando apoiadores do republicano invadiram o Congresso dos EUA, e responde as consequências de mais uma escalada autoritária de Trump.
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Attempted femicide: the extreme of violence against women.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-12 03:16
Guest: Maíra Recchia, president of the OAB-SP Women Lawyers Commission. The Security Yearbook, published by the Brazilian Public Security Forum, reports that in 2024 Brazil had 1,492 femicides — the highest number since 2015. Attempted femicides also increased by 19%, reaching 3,870 cases. Already in 2025, on July 26, a new case of attempted femicide became news across the country. Inside the elevator of a building in Natal, Rio Grande do Norte, security cameras recorded a brutal assault: a man beat his girlfriend with more than 60 punches. Her face was disfigured; he was arrested. A week later, a very similar episode made the news: also inside an elevator, this time in Brasília, in the Federal District, a woman was assaulted with punches, kicks and stomps by her partner. He was also arrested, but, in this case, indicted for bodily injury, with the aggravating factor of domestic violence — a crime with a much lower penalty. In this episode, Victor Boyadjian talks with Maíra Recchia, president of the OAB-SP Women Lawyers Commission, to explain what is behind the year-after-year growth of violence against women. Maíra also comments on the cases of Natal and Brasília and analyzes why they were framed as different crimes.
Original title: Tentativa de feminicídio: o extremo da violência contra a mulher
Original description: Convidada: Maíra Recchia, presidente da Comissão das Mulheres Advogadas da OAB-SP O Anuário da Segurança, publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, informa que em 2024 o Brasil teve 1.492 feminicídios — o maior número desde 2015. As tentativas de feminicídio também cresceram 19%, chegando a 3.870 casos. Já em 2025, no dia 26 de julho, um novo caso de tentativa de feminicídio virou notícia em todo o país. Dentro do elevador de um prédio em Natal, Rio Grande do Norte, câmeras de segurança registraram uma agressão brutal: um homem espancou a namorada com mais de 60 socos. Ela ficou com o rosto desfigurado; ele foi preso. Uma semana depois, um episódio muito parecido tomou o noticiário: também dentro de um elevador, desta vez em Brasília, no Distrito Federal, uma mulher foi agredida com socos, chutes e pontapés pelo companheiro. Ele também foi preso, mas, neste caso, indiciado por lesão corporal, com agravante de violência doméstica — um crime com pena muito menor. Neste episódio, Victor Boyadjian conversa com Maíra Recchia, presidente da Comissão das Mulheres Advogadas da OAB-SP, para explicar o que está por trás do crescimento, ano após ano, da violência contra a mulher. Maíra comenta também os casos de Natal e de Brasília e analisa por que eles foram enquadrados como crimes diferentes.
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Os aumentos de tarifas de Trump e o grupo dos Brics.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-11 03:17
Convidados: Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil em Londres e em Washington. Tulio Cariello, diretor de conteúdo e pesquisa do Conselho Empresarial Brasil China. Na extensa lista de países tarifados por Donald Trump, os fundadores do grupo estão entre os que receberam as taxas mais altas. O Brasil é o que tem maior tarifação, de 50%. Ao nosso lado, uma surpresa: um país que se sentou à mesa para negociar com Donald Trump e que chegou a construir acordos com o americano. Trata-se da Índia. Os produtos indianos que entram nos EUA são tarifados em 50%, soma da tarifa base de 25% que o país recebeu mais a penalização de 25% por conta da compra de petróleo da Rússia. Em busca de soluções conjuntas, lideranças dos países fundadores do Brics conversam entre si – como ocorreu entre o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. Em entrevista a Alan Severiano, Rubens Barbosa, presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Irice), analisa se há ou não fraturas nas relações entre EUA e os Brics. Barbosa, que foi embaixador do Brasil em Londres e em Washington, ainda responde como ele vê o posicionamento estratégico do Itamaraty diante da crise tarifária global. Depois, para falar sobre os laços cada vez mais estreitos do Brasil com a China, a conversa é com Tulio Cariello, diretor de conteúdo e pesquisa do Conselho Empresarial Brasil China. Ele apresenta o status da relação comercial entre os dois países e explica onde estão os investimentos mais estratégicos da China por aqui.
Original title: O tarifaço de Trump e o grupo dos Brics
Original description: Convidados: Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil em Londres e em Washington. Tulio Cariello, diretor de conteúdo e pesquisa do Conselho Empresarial Brasil China. Na extensa lista de países tarifados por Donald Trump, os fundadores do grupo estão entre os que receberam as taxas mais altas. O Brasil é o que tem maior tarifação, de 50%. Ao nosso lado, uma surpresa: um país que se sentou à mesa para negociar com Donald Trump e que chegou a construir acordos com o americano. Trata-se da Índia. Os produtos indianos que entram nos EUA são tarifados em 50%, soma da tarifa base de 25% que o país recebeu mais a penalização de 25% por conta da compra de petróleo da Rússia. Em busca de soluções conjuntas, lideranças dos países fundadores do Brics conversam entre si – como ocorreu entre o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. Em entrevista a Alan Severiano, Rubens Barbosa, presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Irice), analisa se há ou não fraturas nas relações entre EUA e os Brics. Barbosa, que foi embaixador do Brasil em Londres e em Washington, ainda responde como ele vê o posicionamento estratégico do Itamaraty diante da crise tarifária global. Depois, para falar sobre os laços cada vez mais estreitos do Brasil com a China, a conversa é com Tulio Cariello, diretor de conteúdo e pesquisa do Conselho Empresarial Brasil China. Ele apresenta o status da relação comercial entre os dois países e explica onde estão os investimentos mais estratégicos da China por aqui.
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Você não manda em mim.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-09 03:16
In the mid-2010s, Marília Mendonça led the first female generation of sertaneja music and changed the language of a historically male style. Today, songs that put women at the center of the narrative are very successful on the charts. The excellent numbers of the singer Simone Mendes are proof of this.
Original title: Você Não Manda Em Mim
Original description: Em meados dos anos 2010, Marília Mendonça liderou a primeira geração feminina da música sertaneja e mudou a linguagem de um estilo historicamente masculino. Hoje, músicas que colocam a mulher no centro da narrativa são muito bem-sucedidas nas paradas. Os ótimos números da cantora Simone Mendes são prova disso.
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O tumulto que deixou Hugo Motta sem cadeira.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-08 03:16
Convidado: Thomas Traumann, comentarista da GloboNews. A terça-feira, 5 de agosto, marcou a volta dos trabalhos do Congresso após recesso de julho. O que se viu naquele dia, no entanto, foi o início de um protesto de parlamentares que apoiam Jair Bolsonaro. Eles ocuparam as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado em manifestação contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no dia anterior. No Senado, foram 47 horas de bloqueio dos trabalhos. Na Câmara, a obstrução durou 36 horas – e só terminou depois da entrada de Arthur Lira (PP-AL, ex-presidente da Casa) nas negociações. Neste episódio, Alan Severiano recebe Thomas Traumann para analisar a situação do Congresso e do presidente da Câmara, Hugo Motta (Rep-PB), após o motim de parlamentares bolsonaristas. Thomas avalia que, ao ser impedido de sentar-se na própria cadeira, Motta sai fragilizado do que é “uma crise que entra para a história” da Câmara. Ele analisa também o mérito do que está sendo negociado – e com quem – para que o Congresso volte ao trabalho: uma pauta que atende aos interesses corporativos dos parlamentares.
Original title: O motim que deixou Hugo Motta sem cadeira
Original description: Convidado: Thomas Traumann, comentarista da GloboNews A terça-feira, 5 de agosto, marcou a volta dos trabalhos do Congresso após recesso de julho. O que se viu naquele dia, no entanto, foi o início de um protesto de parlamentares que apoiam Jair Bolsonaro. Eles ocuparam as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado em manifestação contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no dia anterior. No Senado, foram 47 horas de bloqueio dos trabalhos. Na Câmara, a obstrução durou 36 horas – e só terminou depois da entrada de Arthur Lira (PP-AL, ex-presidente da Casa) nas negociações. Neste episódio, Alan Severiano recebe Thomas Traumann para analisar a situação do Congresso e do presidente da Câmara, Hugo Motta (Rep-PB), após o motim de parlamentares bolsonaristas. Thomas avalia que, ao ser impedido de sentar-se na própria cadeira, Motta sai fragilizado do que é “uma crise que entra para a história” da Câmara. Ele analisa também o mérito do que está sendo negociado – e com quem – para que o Congresso volte ao trabalho: uma pauta que atende aos interesses corporativos dos parlamentares.
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A Belém COP hosting crisis.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-07 04:02
Guests: Roberto Peixoto, g1 reporter. Less than 100 days before the Climate Conference, a crisis has erupted over lodging prices for the event in the Pará capital, scheduled for November. Last week, 25 countries wrote a letter pressing Brazil to change the venue of the world's largest climate event. This Wednesday (6), the president of COP30, André Corrêa do Lago, stated that the plans are maintained: "there is no plan B". In this episode, Alan Severiano receives g1 reporter Roberto Peixoto to explain why lodging prices have become a problem, and what are the risks of emptying the Climate Conference. Special envoy to Belém, Roberto reports on how the city is a few months before COP30 and what criticisms are presented by environmentalists and other countries to the organization of the conference. Afterwards, Alan talks with Guilherme Guerreiro Neto, reporter for the Sumaúma website, who covers topics related to the climate crisis from the Amazon. A resident of the Pará capital, Guilherme talks about how the local population has been impacted, with works throughout the city and an increase in rental prices. He answers how the lodging crisis can affect the legacy of the first COP held in the Amazon.
Original title: A crise de hospedagem na COP de Belém
Original description: Convidados: Roberto Peixoto, repórter do g1. E Guilherme Guerreiro Neto, repórter do site Sumaúma, em Belém. A menos de 100 dias do início da Conferência do Clima, uma crise se instalou sobre os preços das hospedagens para o evento na capital paraense, marcado para novembro. Na semana passada, 25 países escreveram uma carta pressionando para que o Brasil mude a sede do maior evento climático do mundo. Nesta quarta-feira (6), o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, afirmou que os planos estão mantidos: “não há plano B”. Neste episódio, Alan Severiano recebe o repórter do g1 Roberto Peixoto para explicar por que os preços de hospedagem viraram um problema, e quais os riscos de esvaziamento da Conferência do Clima. Enviado especial a Belém, Roberto relata como está a cidade a poucos meses da COP30 e quais as críticas apresentadas por ambientalistas e por outros países à organização da conferência. Depois, Alan conversa com Guilherme Guerreiro Neto, repórter do site Sumaúma, que faz a cobertura de temas relacionados à crise climática a partir da Amazônia. Morador da capital paraense, Guilherme fala como a população local tem sido impactada, com obras por toda a cidade e aumento no preço de aluguéis. Ele responde como a crise da hospedagem pode atingir o legado da primeira COP realizada na Amazônia.
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Bolsonaro under house arrest: internal and external pressures
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-06 03:17
Matias Spektor and Bernardo Mello Franco are Alan Severiano's guests in this episode to explain and assess the reactions of Congress and the White House after Jair Bolsonaro's house arrest was decreed. Matias Spektor, Professor of International Relations at FGV in São Paulo, analyzes the commercial and political pressures issued by the White House in favor of the former Brazilian president. Still on Monday, hours after the decision of the STF minister, the US State Department again targeted Alexandre de Moraes. In a post, the American office that deals with relations with Latin America declared that the Supreme Court minister is a "human rights violator," in a new offensive against Brazilian institutions. Then, Alan speaks with Bernardo Mello Franco, a columnist for the newspaper O Globo and commentator for CBN radio. Bernardo analyzes the opposition's movement to the government, which on Tuesday (5th) announced the obstruction of Congress's work. Parliamentarians who support Bolsonaro stated that they will only leave the presiding boards of the Chamber and the Senate after the approval of what they call the "country's pacification package," which includes three measures: amnesty for those convicted on January 8, the vote on the impeachment of Alexandre de Moraes, and the proposal that ends parliamentary privilege for parliamentarians.
Original title: Bolsonaro em prisão domiciliar: pressões internas e externas
Original description: Matias Spektor e Bernardo Mello Franco são os convidados de Alan Severiano neste episódio para explicar e avaliar as reações do Congresso e da Casa Branca, após Jair Bolsonaro ter a prisão domiciliar decretada. Professor de Relações Internacionais da FGV de São Paulo, Matias Spektor analisa as pressões comerciais e políticas emitidas pela Casa Branca em favor do ex-presidente brasileiro. Ainda na segunda-feira, horas depois da decisão do ministro do STF, o Departamento de Estado dos EUA voltou a mirar em Alexandre de Moraes. Em um post, o escritório americano que cuida das relações com a América Latina declarou que o ministro do Supremo é um "violador de direitos humanos", em uma nova ofensiva contra as instituições brasileiras. Depois, Alan fala com o Bernardo Mello Franco, que é colunista do jornal O Globo e comentarista da rádio CBN. Bernardo analisa o movimento da oposição ao governo, que na terça-feira (5) anunciou a obstrução dos trabalhos do Congresso. Parlamentares que apoiam Bolsonaro afirmaram que só vão deixar as mesas diretoras da Câmara e do Senado após a aprovação do que eles chamam de “pacote de pacificação do país”, que inclui três medidas: anistia aos condenados pelo 8 de janeiro, a votação do impeachment de Alexandre de Moraes, e a proposta que acaba com o foro privilegiado de parlamentares.
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Bolsonaro em prisão domiciliar Bolsonaro under house arrest
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-05 03:17
In the late afternoon of Monday (4th), STF Minister Alexandre de Moraes decreed the house arrest of former President Jair Bolsonaro (PL). In the decision, Moraes states that Bolsonaro used social media of allies – including his three parliamentary sons – to disseminate messages with "clear content of incentive and instigation to attacks on the Supreme Federal Court and ostensive support for foreign intervention in the Brazilian Judiciary." One of these posts occurred on Sunday (3rd) on the account of his son and senator, Flávio Bolsonaro, to echo acts in favor of Bolsonaro in cities across the country. Flávio deleted the post. Moraes also prohibited visits and ordered the seizure of cell phones at the former president's house. The Federal Police searched the place and collected a cell phone. Bolsonaro's defense denies that he has breached the precautionary measures imposed by Moraes. To explain what led to Moraes' decision, Alan Severiano talks to Rafael Mafei, professor at the USP Faculty of Law and ESPM. Mafei speaks about the legal basis for applying house arrest against Bolsonaro and answers what changes, in practice, in the restrictions imposed on the former president. Afterwards, Alan receives Andréia Sadi, presenter of GloboNews and columnist for g1. Andréia analyzes the moment of the decision, and reports that the assessment of other ministers of the Supreme Court is that Bolsonaro left the minister "with no way out" by failing to comply with measures imposed by him. She also echoes the reactions of Bolsonaro's allies after his house arrest was decreed.
Original title: Bolsonaro em prisão domiciliar
Original description: No fim da tarde da segunda-feira (4), o ministro do STF Alexandre de Moraes decretou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na decisão, Moraes afirma que Bolsonaro utilizou redes sociais de aliados – incluindo seus três filhos parlamentares – para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”. Uma dessas postagens ocorreu no domingo (3) na conta do filho e senador, Flávio Bolsonaro, para repercutir atos a favor de Bolsonaro em cidades do país. Flávio apagou a postagem. Moraes também proibiu visitas e mandou apreender celulares na casa do ex-presidente. A Polícia Federal fez buscas no local e recolheu um aparelho celular. A defesa de Bolsonaro nega que ele tenha descumprido as medidas cautelares impostas por Moraes. Para explicar o que levou à decisão de Moraes, Alan Severiano conversa com Rafael Mafei, professor da Faculdade de Direito da USP e da ESPM. Mafei fala quais os embasamentos jurídicos para aplicar a prisão domiciliar contra Bolsonaro e responde o que muda, na prática, nas restrições impostas ao ex-presidente. Depois, Alan recebe Andréia Sadi, apresentadora da GloboNews e colunista do g1. Andréia analisa o momento da decisão, e relata que a avaliação de outros ministros do Supremo é de que Bolsonaro deixou o ministro “sem saída” ao descumprir medidas impostas por ele. Ela repercute ainda as reações de aliados de Bolsonaro após ele ter a prisão domiciliar decretada.
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Extradition: Zambelli arrested and Brazil-Italy cooperation
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-04 03:16
Last Friday (1st), Italian Justice upheld the imprisonment of congresswoman Carla Zambelli (PL-SP). She had been considered a fugitive since June, when the STF sentenced her to 10 years in prison for involvement in the invasion of the National Council of Justice's systems. She left Brazil in May, passed through the US, and moved to Italy. Zambelli was arrested on July 29th in Rome, when authorities surrounded the building where she was to prevent the licensed congresswoman from fleeing. Zambelli, who has Italian citizenship, says she wants to serve her sentence in Italy. Brazil has requested her extradition. To explain how the extradition process works and the next steps after Italy confirms that Zambelli will remain imprisoned, Alan Severiano talks to Vladimir Aras. A member of the Public Prosecutor's Office for over 30 years, Aras was secretary of international cooperation at the Attorney General's Office from 2013 to 2017. He answers whether Zambelli's Italian citizenship changes anything in the process – and compares her case with that of other Brazilians arrested in the country, and of foreigners detained in Brazil. Afterwards, Alan receives Octávio Guedes. A columnist for g1 and commentator for GloboNews, he talks about what might happen to the parliamentarian's mandate. The president of the Chamber, Hugo Motta, stated that the House will assess Zambelli's removal. Guedes answers what the congresswoman's political situation is within the Chamber.
Original title: Extradição: Zambelli presa e a cooperação Brasil-Itália
Original description: Na última sexta-feira (1°), a Justiça italiana manteve a prisão da deputada Carla Zambelli (PL-SP). Ela era considerada foragida desde junho, quando foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça. Ela deixou o Brasil em maio, passou pelos EUA e se mudou para a Itália. Zambelli foi presa no dia 29 de julho em Roma, quando autoridades cercaram o prédio em que ela estava para evitar que a deputada licenciada fugisse. Zambelli, que tem cidadania italiana, diz querer cumprir pena na Itália. O Brasil pediu a extradição dela. Para explicar como funciona o processo de extradição e as próximas etapas após a Itália confirmar que Zambelli vai continuar presa, Alan Severiano conversa com Vladimir Aras. Integrante do Ministério Público há mais de 30 anos, Aras foi secretário de cooperação internacional da Procuradoria-Geral da República de 2013 a 2017. Ele responde se o fato de Zambelli ter cidadania italiana muda algo no processo – e compara o caso dela com o de outros brasileiros presos no país, e de estrangeiros detidos no Brasil. Depois, Alan recebe Octávio Guedes. Colunista do g1 e comentarista da GloboNews, ele fala o que pode acontecer com o mandato da parlamentar. O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que a Casa vai avaliar a cassação de Zambelli. Guedes responde qual a situação política da deputada dentro da Câmara.
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Loving like this is cheesy.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-02 03:16
At 12, Marília Mendonça began creating songs about feelings she hadn't yet experienced. Her songwriting talent and pride in being cheesy created the "mariliônico" style, which influences sertanejo to this day.
Original title: Se Amar Assim For Brega
Original description: Aos 12 anos, Marília Mendonça começou a criar músicas sobre sentimentos que ainda nem havia experimentado. Seu talento para a composição e seu orgulho de ser brega criaram o estilo "mariliônico", que influencia o sertanejo até hoje.
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A Trump offensive hangover
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-01 03:16
"The tariff increase is not the destination. It is the starting point." With this statement, Finance Minister Fernando Haddad set the tone for the day after Donald Trump's tariff decree against Brazil. For the Brazilian government, the goal now is to protect companies and jobs — especially in sectors whose exports will be most affected. According to Vice President Geraldo Alckmin, an action plan is underway to avoid greater losses. Even with some initial relief, the watchword remains caution. In this episode, Alan Severiano hosts Adriana Dupita and Christopher Garman to discuss the responses and consequences to the tariff increase and the American president's political offensive. Bloomberg's economist for emerging markets, Adriana explains which sectors are most and least affected by the 50% tariffs. And answers what commercial opportunities may open up to Brazil at this moment. Eurasia's managing director for the Americas, Garman assesses that the political escalation should still worsen. He also talks about the responses that the Brazilian government can give to the US, and assesses what kind of impact the tariff increase will have in 2026.
Original title: A ressaca depois da ofensiva de Trump
Original description: "O tarifaço não é o ponto de chegada. É o ponto de partida." Com essa declaração, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deu o tom do dia seguinte após o decreto com o tarifaço de Donald Trump contra o Brasil. Para o governo brasileiro, a meta agora é proteger empresas e empregos — especialmente nos setores cujas exportações serão mais atingidas. Segundo o vice-presidente Geraldo Alckmin, um plano de ação está em curso para evitar prejuízos maiores. Mesmo com algum alívio inicial, a palavra de ordem segue sendo cautela. Neste episódio, Alan Severiano recebe Adriana Dupita e Christopher Garman para discutir as respostas e consequências ao tarifaço e à ofensiva política do presidente americano. Economista da Bloomberg para mercados emergentes, Adriana explica quais são os setores mais e menos atingidos pelas tarifas de 50%. E responde quais oportunidades comerciais podem se abrir ao Brasil neste momento. Diretor-executivo das Américas da consultoria Eurasia, Garman avalia que a escalada política ainda deve piorar. Ele fala também sobre as respostas que o governo brasileiro pode dar aos EUA, e avalia que tipo de impacto o tarifaço terá em 2026.
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Trump x Brazil: political attack and tariff retreat.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-31 03:17
On the eve of August 1st, the date the 50% tariffs would take effect, Donald Trump published the decree that determines the rules of the measure. And what was seen in the text was the repetition of a familiar script: after repeated threats to Brazil, the American president postponed the start of the tariffs to August 6th and formalized a list with almost 700 products exempt from the charge. The tariff hike came deflated. Shortly before the commercial retreat, however, the US government imposed sanctions on Alexandre de Moraes. By announcing the Magnitsky Act against the STF minister, Trump aggravated the political and diplomatic crisis against Brazil to unprecedented levels, citing the case of former president Jair Bolsonaro and the interests of big techs. This law, originally created to punish dictators, blocks assets that Moraes may eventually have in the US. The minister also cannot carry out transactions with citizens and companies in the US. To explain the meanings of the deflated tariff hike and Trump's offensive against the Supreme Court minister, Alan Severiano receives Guilherme Casarões. Professor at FGV-SP and researcher at the Extreme Right Observatory, Casarões answers about the economic and symbolic effects of the tariff retreat imposed by the US. He also comments on the seriousness of the American president's offensive against Brazilian institutions.
Original title: Trump x Brasil: ataque político e recuo tarifário
Original description: Às vésperas do 1° de agosto, data em que as tarifas de 50% entrariam em vigor, Donald Trump publicou o decreto que determina as regras da medida. E o que se viu no texto foi a repetição de um roteiro já conhecido: depois de seguidas ameaças ao Brasil, o presidente americano adiou o início das tarifas para 6 de agosto e oficializou uma lista com quase 700 produtos isentos da cobrança. O tarifaço veio esvaziado. Pouco antes do recuo comercial, no entanto, o governo dos EUA impôs sanções a Alexandre de Moraes. Ao anunciar a Lei Magnitsky contra o ministro do STF, Trump agravou a níveis inéditos a crise política e diplomática contra o Brasil, ao citar o caso do ex-presidente Jair Bolsonaro e os interesses das big techs. Essa lei, originalmente criada para punir ditadores, bloqueia bens que eventualmente Moraes tenha nos EUA. O ministro também não pode realizar transações com cidadãos e empresas nos EUA. Para explicar os significados do tarifaço esvaziado e da ofensiva de Trump contra o ministro do Supremo, Alan Severiano recebe Guilherme Casarões. Professor da FGV-SP e pesquisador do Observatório da Extrema Direita, Casarões responde sobre os efeitos econômicos e simbólicos do recuo tarifário imposto pelos EUA. Ele também comenta a gravidade da ofensiva do presidente americano contra as instituições brasileiras.
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Brazil off the hunger map – and the new challenges
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-30 03:17
In the last three years, hunger has been a reality for less than 2.5% of the Brazilian population – a percentage that took Brazil off the Hunger Map. The data is from the FAO, the UN agency specializing in Food and Agriculture. Even off this map, the country still has 35 million Brazilians struggling to feed themselves, a situation called food insecurity. In this episode, Alan Severiano receives Ana Maria Segall, a researcher from the monitoring group of Rede Penssan, the Brazilian Research Network on Food and Nutritional Sovereignty and Security. She, who is also a researcher at Fiocruz in Brasília, explains the difference between the situation of hunger and food insecurity – and points out other countries where this is still a reality. Ana also answers what measures led Brazil to leave the Hunger Map – the first time this had happened was in 2014. Afterwards, Alan talks to Kiko Afonso, executive director of Ação Cidadania, the largest organization fighting hunger in Brazil. Kiko defines what are the so-called "deserts" and "swamps" food, present even where there is abundant food production. He talks about what challenges Brazil faces to reach the goal of zero hunger, and concludes: "going hungry is not right-wing, left-wing or center. Going hungry is unacceptable for anyone, anywhere in the world."
Original title: Brasil fora do mapa da fome – e os novos desafios
Original description: Nos últimos três anos, a fome foi uma realidade para menos de 2,5% da população brasileira – percentual que tirou o Brasil do Mapa da Fome. Os dados são da FAO, a agência da ONU especializada em Alimentação e Agricultura. Mesmo fora deste mapa, o país ainda tem 35 milhões de brasileiros com dificuldade para se alimentar, situação chamada de insegurança alimentar. Neste episódio, Alan Severiano recebe Ana Maria Segall, pesquisadora do grupo de monitoramento da Rede Penssan, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimenta e Nutricional. Ela, que também é pesquisadora da Fiocruz de Brasília, explica qual a diferença da situação de fome para a insegurança alimentar – e aponta outros países em que esta ainda é uma realidade. Ana responde também quais medidas levaram o Brasil a sair do Mapa da Fome – a primeira vez que isto tinha acontecido foi em 2014. Depois, Alan conversa com Kiko Afonso, diretor-executivo da Ação Cidadania, a maior organização de combate à fome no Brasil. Kiko define o que são os chamados “desertos” e “pântanos” alimentares, presentes mesmo onde há farta produção de comida. Ele fala sobre quais desafios o Brasil tem à frente para atingir a meta de zerar a fome, e conclui: “passar fome não é de direita, de esquerda ou de centro. Passar fome é inaceitável para qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo”.
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A countdown to Trump's tariff hike.
From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-29 03:17
Donald Trump's 50% tariffs on Brazilian products are scheduled to take effect on August 1st, next Friday. The Brazilian government and diplomacy are racing against time to negotiate with the United States. Four days before the tariffs take effect, a delegation of senators landed in the American capital. Foreign Minister Mauro Vieira is in the USA, awaiting the green light to negotiate with Washington. At the end of last week, however, President Lula stated that US authorities are not open to dialogue. In this episode, Alan Severiano receives Nick Zimmerman and Leonardo Trevisan to explain if there is still enough time for Brazil to negotiate the tariffs. Former advisor to US diplomacy, Zimmerman answers whether Brazilian authorities are "knocking on the right doors". Professor of International Relations at ESPM, Leonardo Trevisan answers why other countries managed to negotiate with Trump and concludes what the real reasons for Trump's tariffs are tougher on Brazil – two reasons that, he says, have five letters.
Original title: A contagem regressiva para o tarifaço de Trump
Original description: As tarifas de 50% impostas por Donald Trump a produtos brasileiros estão previstas para entrar em vigor no dia 1° de agosto, próxima sexta-feira. O governo e a diplomacia do Brasil correm contra o tempo para negociar com os Estados Unidos. A quatro dias de as tarifas começaram a valer, uma comitiva de senadores desembarcou na capital americana. O chanceler Mauro Vieira está nos EUA, esperando o sinal verde para negociar com Washington. No fim da semana passada, no entanto, o presidente Lula afirmou que autoridades dos EUA não estão abertas ao diálogo. Neste episódio, Alan Severiano recebe Nick Zimmerman e Leonardo Trevisan para explicar se ainda há tempo hábil para que o Brasil consiga negociar as tarifas. Ex-assessor da diplomacia dos EUA, Zimmerman responde se as autoridades brasileiras estão “batendo nas portas certas”. Professor de Relações Internacionais da ESPM, Leonardo Trevisan responde por que outros países conseguiram negociar com Trump e conclui quais os reais motivos do tarifaço de Trump serem mais duros com o Brasil – dois motivos que, diz, têm cinco letras.