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A taking of WashingtonFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-13 03:16
Convidado: Mauricio Moura, professor da Universidade George Washington. Emergência de Trump: “estado de caos” em Washington, “crime fora de controle”. Casa Branca autoriza Guarda Nacional e polícia para combater violência e expulsar criminosos e sem-teto. Autoridades locais e dados oficiais negam crise de violência. Trump lista capitais latino-americanas, incluindo Brasília, citando dados de violência diferentes dos oficiais. Oitocentos soldados da Guarda Nacional e cento e vinte agentes do FBI chegam a Washington. Presidente invoca lei inédita para intervenção federal. Victor Boyadjian conversa com Mauricio Moura sobre a tomada de Washington por Trump. Professor da Universidade George Washington relembra promessa de Trump. Mauricio traça paralelos com a intervenção de 6 de janeiro de 2021 e responde sobre consequências da escalada autoritária de Trump.
Original title: A tomada de Washington
Original description: Convidado: Mauricio Moura, professor da Universidade George Washington A emergência da vez para Donald Trump é o que ele chamou de “estado de caos” na capital dos EUA – ele diz que "o crime está fora de controle" na cidade. A Casa Branca autorizou Guarda Nacional e polícia, controladas pelo governo, a agirem para combater a violência e para expulsar os criminosos e os sem-teto. Autoridades locais e dados oficiais, no entanto, dizem não haver crise de violência. Ao fazer o anúncio do “Dia da Libertação” de Washington, Trump listou diversas capitais latino-americanas - entre elas Brasília -, e citou números diferentes dos oficiais sobre os dados de violência. Os 800 soldados da Guarda Nacional e os 120 agentes do FBI começaram a chegar à capital americana nesta terça-feira (12). Ao decretar a intervenção federal, o presidente invocou uma lei nunca antes usada para estes fins. Neste episódio, Victor Boyadjian conversa com Mauricio Moura para explicar o que está por trás da tomada de Washington pelo presidente dos EUA. Direto da capital dos EUA, o professor da Universidade George Washington relembra que a intervenção na cidade foi uma promessa de Trump. Mauricio traça paralelos com a intervenção feita no 6 de janeiro de 2021, quando apoiadores do republicano invadiram o Congresso dos EUA, e responde as consequências de mais uma escalada autoritária de Trump.
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Attempted femicide: the extreme of violence against women.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-12 03:16
Guest: Maíra Recchia, president of the OAB-SP Women Lawyers Commission. The Security Yearbook, published by the Brazilian Public Security Forum, reports that in 2024 Brazil had 1,492 femicides — the highest number since 2015. Attempted femicides also increased by 19%, reaching 3,870 cases. Already in 2025, on July 26, a new case of attempted femicide became news across the country. Inside the elevator of a building in Natal, Rio Grande do Norte, security cameras recorded a brutal assault: a man beat his girlfriend with more than 60 punches. Her face was disfigured; he was arrested. A week later, a very similar episode made the news: also inside an elevator, this time in Brasília, in the Federal District, a woman was assaulted with punches, kicks and stomps by her partner. He was also arrested, but, in this case, indicted for bodily injury, with the aggravating factor of domestic violence — a crime with a much lower penalty. In this episode, Victor Boyadjian talks with Maíra Recchia, president of the OAB-SP Women Lawyers Commission, to explain what is behind the year-after-year growth of violence against women. Maíra also comments on the cases of Natal and Brasília and analyzes why they were framed as different crimes.
Original title: Tentativa de feminicídio: o extremo da violência contra a mulher
Original description: Convidada: Maíra Recchia, presidente da Comissão das Mulheres Advogadas da OAB-SP O Anuário da Segurança, publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, informa que em 2024 o Brasil teve 1.492 feminicídios — o maior número desde 2015. As tentativas de feminicídio também cresceram 19%, chegando a 3.870 casos. Já em 2025, no dia 26 de julho, um novo caso de tentativa de feminicídio virou notícia em todo o país. Dentro do elevador de um prédio em Natal, Rio Grande do Norte, câmeras de segurança registraram uma agressão brutal: um homem espancou a namorada com mais de 60 socos. Ela ficou com o rosto desfigurado; ele foi preso. Uma semana depois, um episódio muito parecido tomou o noticiário: também dentro de um elevador, desta vez em Brasília, no Distrito Federal, uma mulher foi agredida com socos, chutes e pontapés pelo companheiro. Ele também foi preso, mas, neste caso, indiciado por lesão corporal, com agravante de violência doméstica — um crime com pena muito menor. Neste episódio, Victor Boyadjian conversa com Maíra Recchia, presidente da Comissão das Mulheres Advogadas da OAB-SP, para explicar o que está por trás do crescimento, ano após ano, da violência contra a mulher. Maíra comenta também os casos de Natal e de Brasília e analisa por que eles foram enquadrados como crimes diferentes.
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Os aumentos de tarifas de Trump e o grupo dos Brics.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-11 03:17
Convidados: Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil em Londres e em Washington. Tulio Cariello, diretor de conteúdo e pesquisa do Conselho Empresarial Brasil China. Na extensa lista de países tarifados por Donald Trump, os fundadores do grupo estão entre os que receberam as taxas mais altas. O Brasil é o que tem maior tarifação, de 50%. Ao nosso lado, uma surpresa: um país que se sentou à mesa para negociar com Donald Trump e que chegou a construir acordos com o americano. Trata-se da Índia. Os produtos indianos que entram nos EUA são tarifados em 50%, soma da tarifa base de 25% que o país recebeu mais a penalização de 25% por conta da compra de petróleo da Rússia. Em busca de soluções conjuntas, lideranças dos países fundadores do Brics conversam entre si – como ocorreu entre o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. Em entrevista a Alan Severiano, Rubens Barbosa, presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Irice), analisa se há ou não fraturas nas relações entre EUA e os Brics. Barbosa, que foi embaixador do Brasil em Londres e em Washington, ainda responde como ele vê o posicionamento estratégico do Itamaraty diante da crise tarifária global. Depois, para falar sobre os laços cada vez mais estreitos do Brasil com a China, a conversa é com Tulio Cariello, diretor de conteúdo e pesquisa do Conselho Empresarial Brasil China. Ele apresenta o status da relação comercial entre os dois países e explica onde estão os investimentos mais estratégicos da China por aqui.
Original title: O tarifaço de Trump e o grupo dos Brics
Original description: Convidados: Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil em Londres e em Washington. Tulio Cariello, diretor de conteúdo e pesquisa do Conselho Empresarial Brasil China. Na extensa lista de países tarifados por Donald Trump, os fundadores do grupo estão entre os que receberam as taxas mais altas. O Brasil é o que tem maior tarifação, de 50%. Ao nosso lado, uma surpresa: um país que se sentou à mesa para negociar com Donald Trump e que chegou a construir acordos com o americano. Trata-se da Índia. Os produtos indianos que entram nos EUA são tarifados em 50%, soma da tarifa base de 25% que o país recebeu mais a penalização de 25% por conta da compra de petróleo da Rússia. Em busca de soluções conjuntas, lideranças dos países fundadores do Brics conversam entre si – como ocorreu entre o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. Em entrevista a Alan Severiano, Rubens Barbosa, presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Irice), analisa se há ou não fraturas nas relações entre EUA e os Brics. Barbosa, que foi embaixador do Brasil em Londres e em Washington, ainda responde como ele vê o posicionamento estratégico do Itamaraty diante da crise tarifária global. Depois, para falar sobre os laços cada vez mais estreitos do Brasil com a China, a conversa é com Tulio Cariello, diretor de conteúdo e pesquisa do Conselho Empresarial Brasil China. Ele apresenta o status da relação comercial entre os dois países e explica onde estão os investimentos mais estratégicos da China por aqui.
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Você não manda em mim.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-09 03:16
In the mid-2010s, Marília Mendonça led the first female generation of sertaneja music and changed the language of a historically male style. Today, songs that put women at the center of the narrative are very successful on the charts. The excellent numbers of the singer Simone Mendes are proof of this.
Original title: Você Não Manda Em Mim
Original description: Em meados dos anos 2010, Marília Mendonça liderou a primeira geração feminina da música sertaneja e mudou a linguagem de um estilo historicamente masculino. Hoje, músicas que colocam a mulher no centro da narrativa são muito bem-sucedidas nas paradas. Os ótimos números da cantora Simone Mendes são prova disso.
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O tumulto que deixou Hugo Motta sem cadeira.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-08 03:16
Convidado: Thomas Traumann, comentarista da GloboNews. A terça-feira, 5 de agosto, marcou a volta dos trabalhos do Congresso após recesso de julho. O que se viu naquele dia, no entanto, foi o início de um protesto de parlamentares que apoiam Jair Bolsonaro. Eles ocuparam as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado em manifestação contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no dia anterior. No Senado, foram 47 horas de bloqueio dos trabalhos. Na Câmara, a obstrução durou 36 horas – e só terminou depois da entrada de Arthur Lira (PP-AL, ex-presidente da Casa) nas negociações. Neste episódio, Alan Severiano recebe Thomas Traumann para analisar a situação do Congresso e do presidente da Câmara, Hugo Motta (Rep-PB), após o motim de parlamentares bolsonaristas. Thomas avalia que, ao ser impedido de sentar-se na própria cadeira, Motta sai fragilizado do que é “uma crise que entra para a história” da Câmara. Ele analisa também o mérito do que está sendo negociado – e com quem – para que o Congresso volte ao trabalho: uma pauta que atende aos interesses corporativos dos parlamentares.
Original title: O motim que deixou Hugo Motta sem cadeira
Original description: Convidado: Thomas Traumann, comentarista da GloboNews A terça-feira, 5 de agosto, marcou a volta dos trabalhos do Congresso após recesso de julho. O que se viu naquele dia, no entanto, foi o início de um protesto de parlamentares que apoiam Jair Bolsonaro. Eles ocuparam as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado em manifestação contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no dia anterior. No Senado, foram 47 horas de bloqueio dos trabalhos. Na Câmara, a obstrução durou 36 horas – e só terminou depois da entrada de Arthur Lira (PP-AL, ex-presidente da Casa) nas negociações. Neste episódio, Alan Severiano recebe Thomas Traumann para analisar a situação do Congresso e do presidente da Câmara, Hugo Motta (Rep-PB), após o motim de parlamentares bolsonaristas. Thomas avalia que, ao ser impedido de sentar-se na própria cadeira, Motta sai fragilizado do que é “uma crise que entra para a história” da Câmara. Ele analisa também o mérito do que está sendo negociado – e com quem – para que o Congresso volte ao trabalho: uma pauta que atende aos interesses corporativos dos parlamentares.
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A Belém COP hosting crisis.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-07 04:02
Guests: Roberto Peixoto, g1 reporter. Less than 100 days before the Climate Conference, a crisis has erupted over lodging prices for the event in the Pará capital, scheduled for November. Last week, 25 countries wrote a letter pressing Brazil to change the venue of the world's largest climate event. This Wednesday (6), the president of COP30, André Corrêa do Lago, stated that the plans are maintained: "there is no plan B". In this episode, Alan Severiano receives g1 reporter Roberto Peixoto to explain why lodging prices have become a problem, and what are the risks of emptying the Climate Conference. Special envoy to Belém, Roberto reports on how the city is a few months before COP30 and what criticisms are presented by environmentalists and other countries to the organization of the conference. Afterwards, Alan talks with Guilherme Guerreiro Neto, reporter for the Sumaúma website, who covers topics related to the climate crisis from the Amazon. A resident of the Pará capital, Guilherme talks about how the local population has been impacted, with works throughout the city and an increase in rental prices. He answers how the lodging crisis can affect the legacy of the first COP held in the Amazon.
Original title: A crise de hospedagem na COP de Belém
Original description: Convidados: Roberto Peixoto, repórter do g1. E Guilherme Guerreiro Neto, repórter do site Sumaúma, em Belém. A menos de 100 dias do início da Conferência do Clima, uma crise se instalou sobre os preços das hospedagens para o evento na capital paraense, marcado para novembro. Na semana passada, 25 países escreveram uma carta pressionando para que o Brasil mude a sede do maior evento climático do mundo. Nesta quarta-feira (6), o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, afirmou que os planos estão mantidos: “não há plano B”. Neste episódio, Alan Severiano recebe o repórter do g1 Roberto Peixoto para explicar por que os preços de hospedagem viraram um problema, e quais os riscos de esvaziamento da Conferência do Clima. Enviado especial a Belém, Roberto relata como está a cidade a poucos meses da COP30 e quais as críticas apresentadas por ambientalistas e por outros países à organização da conferência. Depois, Alan conversa com Guilherme Guerreiro Neto, repórter do site Sumaúma, que faz a cobertura de temas relacionados à crise climática a partir da Amazônia. Morador da capital paraense, Guilherme fala como a população local tem sido impactada, com obras por toda a cidade e aumento no preço de aluguéis. Ele responde como a crise da hospedagem pode atingir o legado da primeira COP realizada na Amazônia.
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Bolsonaro under house arrest: internal and external pressuresFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-06 03:17
Matias Spektor and Bernardo Mello Franco are Alan Severiano's guests in this episode to explain and assess the reactions of Congress and the White House after Jair Bolsonaro's house arrest was decreed. Matias Spektor, Professor of International Relations at FGV in São Paulo, analyzes the commercial and political pressures issued by the White House in favor of the former Brazilian president. Still on Monday, hours after the decision of the STF minister, the US State Department again targeted Alexandre de Moraes. In a post, the American office that deals with relations with Latin America declared that the Supreme Court minister is a "human rights violator," in a new offensive against Brazilian institutions. Then, Alan speaks with Bernardo Mello Franco, a columnist for the newspaper O Globo and commentator for CBN radio. Bernardo analyzes the opposition's movement to the government, which on Tuesday (5th) announced the obstruction of Congress's work. Parliamentarians who support Bolsonaro stated that they will only leave the presiding boards of the Chamber and the Senate after the approval of what they call the "country's pacification package," which includes three measures: amnesty for those convicted on January 8, the vote on the impeachment of Alexandre de Moraes, and the proposal that ends parliamentary privilege for parliamentarians.
Original title: Bolsonaro em prisão domiciliar: pressões internas e externas
Original description: Matias Spektor e Bernardo Mello Franco são os convidados de Alan Severiano neste episódio para explicar e avaliar as reações do Congresso e da Casa Branca, após Jair Bolsonaro ter a prisão domiciliar decretada. Professor de Relações Internacionais da FGV de São Paulo, Matias Spektor analisa as pressões comerciais e políticas emitidas pela Casa Branca em favor do ex-presidente brasileiro. Ainda na segunda-feira, horas depois da decisão do ministro do STF, o Departamento de Estado dos EUA voltou a mirar em Alexandre de Moraes. Em um post, o escritório americano que cuida das relações com a América Latina declarou que o ministro do Supremo é um "violador de direitos humanos", em uma nova ofensiva contra as instituições brasileiras. Depois, Alan fala com o Bernardo Mello Franco, que é colunista do jornal O Globo e comentarista da rádio CBN. Bernardo analisa o movimento da oposição ao governo, que na terça-feira (5) anunciou a obstrução dos trabalhos do Congresso. Parlamentares que apoiam Bolsonaro afirmaram que só vão deixar as mesas diretoras da Câmara e do Senado após a aprovação do que eles chamam de “pacote de pacificação do país”, que inclui três medidas: anistia aos condenados pelo 8 de janeiro, a votação do impeachment de Alexandre de Moraes, e a proposta que acaba com o foro privilegiado de parlamentares.
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Bolsonaro em prisão domiciliar Bolsonaro under house arrestFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-05 03:17
In the late afternoon of Monday (4th), STF Minister Alexandre de Moraes decreed the house arrest of former President Jair Bolsonaro (PL). In the decision, Moraes states that Bolsonaro used social media of allies – including his three parliamentary sons – to disseminate messages with "clear content of incentive and instigation to attacks on the Supreme Federal Court and ostensive support for foreign intervention in the Brazilian Judiciary." One of these posts occurred on Sunday (3rd) on the account of his son and senator, Flávio Bolsonaro, to echo acts in favor of Bolsonaro in cities across the country. Flávio deleted the post. Moraes also prohibited visits and ordered the seizure of cell phones at the former president's house. The Federal Police searched the place and collected a cell phone. Bolsonaro's defense denies that he has breached the precautionary measures imposed by Moraes. To explain what led to Moraes' decision, Alan Severiano talks to Rafael Mafei, professor at the USP Faculty of Law and ESPM. Mafei speaks about the legal basis for applying house arrest against Bolsonaro and answers what changes, in practice, in the restrictions imposed on the former president. Afterwards, Alan receives Andréia Sadi, presenter of GloboNews and columnist for g1. Andréia analyzes the moment of the decision, and reports that the assessment of other ministers of the Supreme Court is that Bolsonaro left the minister "with no way out" by failing to comply with measures imposed by him. She also echoes the reactions of Bolsonaro's allies after his house arrest was decreed.
Original title: Bolsonaro em prisão domiciliar
Original description: No fim da tarde da segunda-feira (4), o ministro do STF Alexandre de Moraes decretou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na decisão, Moraes afirma que Bolsonaro utilizou redes sociais de aliados – incluindo seus três filhos parlamentares – para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”. Uma dessas postagens ocorreu no domingo (3) na conta do filho e senador, Flávio Bolsonaro, para repercutir atos a favor de Bolsonaro em cidades do país. Flávio apagou a postagem. Moraes também proibiu visitas e mandou apreender celulares na casa do ex-presidente. A Polícia Federal fez buscas no local e recolheu um aparelho celular. A defesa de Bolsonaro nega que ele tenha descumprido as medidas cautelares impostas por Moraes. Para explicar o que levou à decisão de Moraes, Alan Severiano conversa com Rafael Mafei, professor da Faculdade de Direito da USP e da ESPM. Mafei fala quais os embasamentos jurídicos para aplicar a prisão domiciliar contra Bolsonaro e responde o que muda, na prática, nas restrições impostas ao ex-presidente. Depois, Alan recebe Andréia Sadi, apresentadora da GloboNews e colunista do g1. Andréia analisa o momento da decisão, e relata que a avaliação de outros ministros do Supremo é de que Bolsonaro deixou o ministro “sem saída” ao descumprir medidas impostas por ele. Ela repercute ainda as reações de aliados de Bolsonaro após ele ter a prisão domiciliar decretada.
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Extradition: Zambelli arrested and Brazil-Italy cooperationFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-04 03:16
Last Friday (1st), Italian Justice upheld the imprisonment of congresswoman Carla Zambelli (PL-SP). She had been considered a fugitive since June, when the STF sentenced her to 10 years in prison for involvement in the invasion of the National Council of Justice's systems. She left Brazil in May, passed through the US, and moved to Italy. Zambelli was arrested on July 29th in Rome, when authorities surrounded the building where she was to prevent the licensed congresswoman from fleeing. Zambelli, who has Italian citizenship, says she wants to serve her sentence in Italy. Brazil has requested her extradition. To explain how the extradition process works and the next steps after Italy confirms that Zambelli will remain imprisoned, Alan Severiano talks to Vladimir Aras. A member of the Public Prosecutor's Office for over 30 years, Aras was secretary of international cooperation at the Attorney General's Office from 2013 to 2017. He answers whether Zambelli's Italian citizenship changes anything in the process – and compares her case with that of other Brazilians arrested in the country, and of foreigners detained in Brazil. Afterwards, Alan receives Octávio Guedes. A columnist for g1 and commentator for GloboNews, he talks about what might happen to the parliamentarian's mandate. The president of the Chamber, Hugo Motta, stated that the House will assess Zambelli's removal. Guedes answers what the congresswoman's political situation is within the Chamber.
Original title: Extradição: Zambelli presa e a cooperação Brasil-Itália
Original description: Na última sexta-feira (1°), a Justiça italiana manteve a prisão da deputada Carla Zambelli (PL-SP). Ela era considerada foragida desde junho, quando foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça. Ela deixou o Brasil em maio, passou pelos EUA e se mudou para a Itália. Zambelli foi presa no dia 29 de julho em Roma, quando autoridades cercaram o prédio em que ela estava para evitar que a deputada licenciada fugisse. Zambelli, que tem cidadania italiana, diz querer cumprir pena na Itália. O Brasil pediu a extradição dela. Para explicar como funciona o processo de extradição e as próximas etapas após a Itália confirmar que Zambelli vai continuar presa, Alan Severiano conversa com Vladimir Aras. Integrante do Ministério Público há mais de 30 anos, Aras foi secretário de cooperação internacional da Procuradoria-Geral da República de 2013 a 2017. Ele responde se o fato de Zambelli ter cidadania italiana muda algo no processo – e compara o caso dela com o de outros brasileiros presos no país, e de estrangeiros detidos no Brasil. Depois, Alan recebe Octávio Guedes. Colunista do g1 e comentarista da GloboNews, ele fala o que pode acontecer com o mandato da parlamentar. O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que a Casa vai avaliar a cassação de Zambelli. Guedes responde qual a situação política da deputada dentro da Câmara.
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Loving like this is cheesy.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-02 03:16
At 12, Marília Mendonça began creating songs about feelings she hadn't yet experienced. Her songwriting talent and pride in being cheesy created the "mariliônico" style, which influences sertanejo to this day.
Original title: Se Amar Assim For Brega
Original description: Aos 12 anos, Marília Mendonça começou a criar músicas sobre sentimentos que ainda nem havia experimentado. Seu talento para a composição e seu orgulho de ser brega criaram o estilo "mariliônico", que influencia o sertanejo até hoje.
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A Trump offensive hangoverFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-08-01 03:16
"The tariff increase is not the destination. It is the starting point." With this statement, Finance Minister Fernando Haddad set the tone for the day after Donald Trump's tariff decree against Brazil. For the Brazilian government, the goal now is to protect companies and jobs — especially in sectors whose exports will be most affected. According to Vice President Geraldo Alckmin, an action plan is underway to avoid greater losses. Even with some initial relief, the watchword remains caution. In this episode, Alan Severiano hosts Adriana Dupita and Christopher Garman to discuss the responses and consequences to the tariff increase and the American president's political offensive. Bloomberg's economist for emerging markets, Adriana explains which sectors are most and least affected by the 50% tariffs. And answers what commercial opportunities may open up to Brazil at this moment. Eurasia's managing director for the Americas, Garman assesses that the political escalation should still worsen. He also talks about the responses that the Brazilian government can give to the US, and assesses what kind of impact the tariff increase will have in 2026.
Original title: A ressaca depois da ofensiva de Trump
Original description: "O tarifaço não é o ponto de chegada. É o ponto de partida." Com essa declaração, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deu o tom do dia seguinte após o decreto com o tarifaço de Donald Trump contra o Brasil. Para o governo brasileiro, a meta agora é proteger empresas e empregos — especialmente nos setores cujas exportações serão mais atingidas. Segundo o vice-presidente Geraldo Alckmin, um plano de ação está em curso para evitar prejuízos maiores. Mesmo com algum alívio inicial, a palavra de ordem segue sendo cautela. Neste episódio, Alan Severiano recebe Adriana Dupita e Christopher Garman para discutir as respostas e consequências ao tarifaço e à ofensiva política do presidente americano. Economista da Bloomberg para mercados emergentes, Adriana explica quais são os setores mais e menos atingidos pelas tarifas de 50%. E responde quais oportunidades comerciais podem se abrir ao Brasil neste momento. Diretor-executivo das Américas da consultoria Eurasia, Garman avalia que a escalada política ainda deve piorar. Ele fala também sobre as respostas que o governo brasileiro pode dar aos EUA, e avalia que tipo de impacto o tarifaço terá em 2026.
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Trump x Brazil: political attack and tariff retreat.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-31 03:17
On the eve of August 1st, the date the 50% tariffs would take effect, Donald Trump published the decree that determines the rules of the measure. And what was seen in the text was the repetition of a familiar script: after repeated threats to Brazil, the American president postponed the start of the tariffs to August 6th and formalized a list with almost 700 products exempt from the charge. The tariff hike came deflated. Shortly before the commercial retreat, however, the US government imposed sanctions on Alexandre de Moraes. By announcing the Magnitsky Act against the STF minister, Trump aggravated the political and diplomatic crisis against Brazil to unprecedented levels, citing the case of former president Jair Bolsonaro and the interests of big techs. This law, originally created to punish dictators, blocks assets that Moraes may eventually have in the US. The minister also cannot carry out transactions with citizens and companies in the US. To explain the meanings of the deflated tariff hike and Trump's offensive against the Supreme Court minister, Alan Severiano receives Guilherme Casarões. Professor at FGV-SP and researcher at the Extreme Right Observatory, Casarões answers about the economic and symbolic effects of the tariff retreat imposed by the US. He also comments on the seriousness of the American president's offensive against Brazilian institutions.
Original title: Trump x Brasil: ataque político e recuo tarifário
Original description: Às vésperas do 1° de agosto, data em que as tarifas de 50% entrariam em vigor, Donald Trump publicou o decreto que determina as regras da medida. E o que se viu no texto foi a repetição de um roteiro já conhecido: depois de seguidas ameaças ao Brasil, o presidente americano adiou o início das tarifas para 6 de agosto e oficializou uma lista com quase 700 produtos isentos da cobrança. O tarifaço veio esvaziado. Pouco antes do recuo comercial, no entanto, o governo dos EUA impôs sanções a Alexandre de Moraes. Ao anunciar a Lei Magnitsky contra o ministro do STF, Trump agravou a níveis inéditos a crise política e diplomática contra o Brasil, ao citar o caso do ex-presidente Jair Bolsonaro e os interesses das big techs. Essa lei, originalmente criada para punir ditadores, bloqueia bens que eventualmente Moraes tenha nos EUA. O ministro também não pode realizar transações com cidadãos e empresas nos EUA. Para explicar os significados do tarifaço esvaziado e da ofensiva de Trump contra o ministro do Supremo, Alan Severiano recebe Guilherme Casarões. Professor da FGV-SP e pesquisador do Observatório da Extrema Direita, Casarões responde sobre os efeitos econômicos e simbólicos do recuo tarifário imposto pelos EUA. Ele também comenta a gravidade da ofensiva do presidente americano contra as instituições brasileiras.
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Brazil off the hunger map – and the new challengesFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-30 03:17
In the last three years, hunger has been a reality for less than 2.5% of the Brazilian population – a percentage that took Brazil off the Hunger Map. The data is from the FAO, the UN agency specializing in Food and Agriculture. Even off this map, the country still has 35 million Brazilians struggling to feed themselves, a situation called food insecurity. In this episode, Alan Severiano receives Ana Maria Segall, a researcher from the monitoring group of Rede Penssan, the Brazilian Research Network on Food and Nutritional Sovereignty and Security. She, who is also a researcher at Fiocruz in Brasília, explains the difference between the situation of hunger and food insecurity – and points out other countries where this is still a reality. Ana also answers what measures led Brazil to leave the Hunger Map – the first time this had happened was in 2014. Afterwards, Alan talks to Kiko Afonso, executive director of Ação Cidadania, the largest organization fighting hunger in Brazil. Kiko defines what are the so-called "deserts" and "swamps" food, present even where there is abundant food production. He talks about what challenges Brazil faces to reach the goal of zero hunger, and concludes: "going hungry is not right-wing, left-wing or center. Going hungry is unacceptable for anyone, anywhere in the world."
Original title: Brasil fora do mapa da fome – e os novos desafios
Original description: Nos últimos três anos, a fome foi uma realidade para menos de 2,5% da população brasileira – percentual que tirou o Brasil do Mapa da Fome. Os dados são da FAO, a agência da ONU especializada em Alimentação e Agricultura. Mesmo fora deste mapa, o país ainda tem 35 milhões de brasileiros com dificuldade para se alimentar, situação chamada de insegurança alimentar. Neste episódio, Alan Severiano recebe Ana Maria Segall, pesquisadora do grupo de monitoramento da Rede Penssan, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimenta e Nutricional. Ela, que também é pesquisadora da Fiocruz de Brasília, explica qual a diferença da situação de fome para a insegurança alimentar – e aponta outros países em que esta ainda é uma realidade. Ana responde também quais medidas levaram o Brasil a sair do Mapa da Fome – a primeira vez que isto tinha acontecido foi em 2014. Depois, Alan conversa com Kiko Afonso, diretor-executivo da Ação Cidadania, a maior organização de combate à fome no Brasil. Kiko define o que são os chamados “desertos” e “pântanos” alimentares, presentes mesmo onde há farta produção de comida. Ele fala sobre quais desafios o Brasil tem à frente para atingir a meta de zerar a fome, e conclui: “passar fome não é de direita, de esquerda ou de centro. Passar fome é inaceitável para qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo”.
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A countdown to Trump's tariff hike.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-29 03:17
Donald Trump's 50% tariffs on Brazilian products are scheduled to take effect on August 1st, next Friday. The Brazilian government and diplomacy are racing against time to negotiate with the United States. Four days before the tariffs take effect, a delegation of senators landed in the American capital. Foreign Minister Mauro Vieira is in the USA, awaiting the green light to negotiate with Washington. At the end of last week, however, President Lula stated that US authorities are not open to dialogue. In this episode, Alan Severiano receives Nick Zimmerman and Leonardo Trevisan to explain if there is still enough time for Brazil to negotiate the tariffs. Former advisor to US diplomacy, Zimmerman answers whether Brazilian authorities are "knocking on the right doors". Professor of International Relations at ESPM, Leonardo Trevisan answers why other countries managed to negotiate with Trump and concludes what the real reasons for Trump's tariffs are tougher on Brazil – two reasons that, he says, have five letters.
Original title: A contagem regressiva para o tarifaço de Trump
Original description: As tarifas de 50% impostas por Donald Trump a produtos brasileiros estão previstas para entrar em vigor no dia 1° de agosto, próxima sexta-feira. O governo e a diplomacia do Brasil correm contra o tempo para negociar com os Estados Unidos. A quatro dias de as tarifas começaram a valer, uma comitiva de senadores desembarcou na capital americana. O chanceler Mauro Vieira está nos EUA, esperando o sinal verde para negociar com Washington. No fim da semana passada, no entanto, o presidente Lula afirmou que autoridades dos EUA não estão abertas ao diálogo. Neste episódio, Alan Severiano recebe Nick Zimmerman e Leonardo Trevisan para explicar se ainda há tempo hábil para que o Brasil consiga negociar as tarifas. Ex-assessor da diplomacia dos EUA, Zimmerman responde se as autoridades brasileiras estão “batendo nas portas certas”. Professor de Relações Internacionais da ESPM, Leonardo Trevisan responde por que outros países conseguiram negociar com Trump e conclui quais os reais motivos do tarifaço de Trump serem mais duros com o Brasil – dois motivos que, diz, têm cinco letras.
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Remuneración turbinada de abogados públicos.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-28 03:16
The public service salary cap today is R$ 46,000. However, some public lawyers receive hundreds of thousands of reais in bonuses, called “success fees”. In 2024, R$ 3.73 billion was transferred to pay this type of bonus, which is funded with public money but managed by a private fund. To explain what success fees are and how they are part of the Brazilian fiscal problem, Natuza Nery talks to Bruno Carazza. Commentator for Jornal da Globo and columnist for Valor Econômico newspaper, Carazza answers how it is possible for civil servants to receive above the public service salary cap, and what the impacts are on the fiscal situation. He analyzes how this category of bonus paid to public lawyers contradicts the logic of spending cuts. Carazza recalls that, until 2017, these resources went to the National Treasury to finance public policies, but now they are "captured" by specific categories of civil servants. He also points out distortions between public and private law and concludes that there is a lack of transparency about the use of Union funds earmarked for paying bonuses to these servants.
Original title: A remuneração turbinada de advogados públicos
Original description: O teto do funcionalismo público hoje é de R$ 46 mil. No entanto, alguns advogados públicos chegam a receber centenas de milhares de reais em bônus, os chamados “honorários de sucumbência”. Em 2024, foram repassados R$ 3,73 bilhões para pagar esse tipo de bônus, que é bancado com dinheiro público, mas administrado por um fundo particular. Para explicar o que são os honorários de sucumbência e como eles estão inseridos no problema fiscal brasileiro, Natuza Nery conversa com Bruno Carazza. Comentarista do Jornal da Globo e colunista do jornal Valor Econômico, Carazza responde como é possível que servidores recebam acima do teto do funcionalismo, e quais são os impactos na situação fiscal. Ele analisa como esta categoria de bônus paga aos advogados públicos contraria a lógica de cortes de gastos. Carazza relembra que, até 2017, esses recursos iam para o Tesouro Nacional para financiar políticas públicas, mas agora são "capturados" por categorias específicas do funcionalismo. Ele aponta ainda distorções entre a advocacia pública e a privada e conclui que falta transparência sobre o uso de verbas da União destinadas ao pagamento de bônus para estes servidores. O QUE DIZ O CCHA: O Conselho Curador de Honorários Advocatícios (CCHA) afirma que os chamados "honorários de sucumbência" para advogados públicos são um "modelo legal" e "validado pelo Supremo Tribunal Federal". Em nota enviada à produção de O Assunto na segunda-feira (28), o conselho afirma ainda que o caso do juiz que recebeu R$ 571 mil em um único mês se trata de um caso "excepcional".
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Everybody HurtsFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-26 03:16
Marília Mendonça became Brazil's most popular singer and was about to start a grand project when her career was tragically interrupted. The trauma, which settled in the music market, transformed the career of the duo Zé Neto e Cristiano.
Original title: Todo Mundo Vai Sofrer
Original description: Marília Mendonça se tornou a cantora mais popular do Brasil e estava prestes a iniciar um projeto grandioso quando sua carreira foi interrompida de forma trágica. O trauma, que se instalou no mercado da música, transformou a carreira da dupla Zé Neto e Cristiano.
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A ascensão do partido do 'Trump japonês'From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-25 03:16
Historically, Japan's economy and politics are marked by stability. Since 1955, the Liberal Democratic Party has governed the country almost continuously. This predictability, however, has shown signs of wear. Since the coronavirus pandemic, a new inflation pattern has been established, and one of the most affected products was rice. In May, a government minister resigned after joking about the product's price. Discontent with the economy affected the polls. Last Sunday (20th), the Japanese imposed a historic defeat on the government party. Despite being the most voted, the LDP did not reach the 50 seats in the Upper House to maintain control of parliament. The biggest winner of the election was a young party, born during the pandemic. Sanseito jumped from 1 to 14 seats. The party leader is known as "Japanese Trump", precisely because he has a speech aligned with that of the President of the United States: anti-immigration agenda and the motto "Japan first". In this episode, Natuza Nery receives Mauricio Moura. Professor at George Washington University, in the USA, Mauricio followed the election in Tokyo. He explains why Donald Trump's pressure for tariff negotiation was decisive for the election result. In the conversation, Mauricio also answers about the impacts for Brazilians living in the country.
Original title: O avanço do partido do ‘Trump japonês’
Original description: Historicamente, a economia e a política do Japão são marcadas por estabilidade. Desde 1955, o Partido Liberal Democrático governa o país quase que ininterruptamente. Essa previsibilidade, no entanto, tem apresentado sinais de desgaste. Desde a pandemia do coronavírus, um novo padrão de inflação se estabeleceu, e um dos produtos mais afetados foi o arroz. Em maio, um ministro do governo renunciou após fazer piada sobre o preço do produto. O descontentamento com a economia teve efeito nas urnas. No último domingo (20), os japoneses impuseram ao partido do governo uma derrota histórica. Apesar de ter sido o mais votado, o PLD não alcançou as 50 cadeiras da Câmara Alta para manter o controle do parlamento. O maior vencedor do pleito foi um partido jovem, nascido durante a pandemia. O Sanseito saltou de 1 para 15 cadeiras. O líder da sigla é conhecido como “Trump japonês”, justamente por ter um discurso alinhado com o do presidente dos Estados Unidos: pauta anti-imigração e o lema “Japão em primeiro lugar”. Neste episódio, Natuza Nery recebe Mauricio Moura. Professor da Universidade George Washington, nos EUA, Mauricio acompanhou a eleição em Tóquio. Ele explica por que a pressão de Donald Trump para a negociação de tarifas foi decisiva para o resultado da eleição. Na conversa, Mauricio responde também sobre os impactos para os brasileiros que vivem no país. CORREÇÃO: Na introdução do episódio, informamos que o partido japonês Sanseito saltou de uma para 14 cadeiras na Câmara Alta. O correto é: o partido tinha uma e conquistou mais 14 cadeiras, totalizando agora 15.
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Trump e o fantasma de EpsteinFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-24 03:16
This Wednesday (23rd), The Wall Street Journal revealed that Donald Trump was warned by his own government that his name appears in Jeffrey Epstein's files. The White House accuses the newspaper of "fake news." Also on Wednesday, US justice refused a request from Trump to release the depositions from the case involving the billionaire. In 2019, Epstein was found dead in jail, 39 days after being arrested for running a sex trafficking ring that abused minors. Earlier this month, the government reaffirmed that Epstein had committed suicide and stated that there is no "client list" of the businessman, who had a close relationship with politicians and celebrities. In this episode, Natuza Nery talks with Candice Carvalho and Marcelo Lins. Live from New York, the Globo correspondent recalls who Epstein was and why his case became a torment for the White House. Candice explains how the alleged "Epstein list" was used by Trump during the campaign and mobilized his electoral base. And how Trump changed his mind about the existence of the list. Commentator and host of GloboNews Internacional, Marcelo Lins analyzes how this story became a source of discord within the Trumpist base and the Republican Party. And assesses the potential for damage to the US president. Lins concludes that, after dying, Epstein became even more influential: "Epstein's ghost seems to be bigger than the man Jeffrey Epstein ever was in life."
Original title: Trump e o fantasma de Epstein
Original description: Nesta quarta-feira (23), o jornal The Wall Street Journal revelou que Donald Trump foi avisado pelo próprio governo que seu nome aparece em arquivos de Jeffrey Epstein. A Casa Branca acusa o jornal de “fake news”. Também na quarta-feira, a justiça dos EUA recusou um pedido de Trump para divulgar os depoimentos do caso envolvendo o bilionário. Em 2019, Epstein foi encontrado morto na cadeia, 39 dias depois de ser preso por comandar uma rede de tráfico sexual que abusava de menores. No início deste mês, o governo reafirmou que Epstein havia se suicidado e afirmou que não há nenhuma “lista de clientes” do empresário, que tinha uma relação estreita com políticos e famosos. Neste episódio, Natuza Nery conversa com Candice Carvalho e com Marcelo Lins. Direto de Nova York, a correspondente da Globo relembra quem foi Epstein e por que o caso dele se tornou um tormento para a Casa Branca. Candice explica como a suposta “lista de Epstein” foi usada por Trump durante a campanha e mobilizou sua base eleitoral. E como Trump mudou de ideia sobre a existência da lista. Comentarista e apresentador do GloboNews Internacional, Marcelo Lins analisa como esta história se tornou fonte de discórdia dentro da base trumpista e do Partido Republicano. E avalia qual o potencial de dano para o presidente dos EUA. Lins conclui que, após morrer, Epstein se tornou ainda mais influente: “o fantasma de Epstein parece ser maior do que o homem Jeffrey Epstein jamais foi em vida”.
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Investigación de delitos financieros durante el anuncio de los aranceles de Trump.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-23 03:16
When markets opened on July 9, 2025, the dollar was quoted at R$ 5.46 and the US currency operated normally. In the early afternoon, around 1:30 pm in Washington, a movement happened: an operation involving between US$ 3 billion and US$ 4 billion bet on the devaluation of the Real. Ten minutes later, Donald Trump spoke for the first time that day about Brazil. And, hours later, the US president announced a 50% tariff on Brazilian products. The announcement made the dollar soar and the Brazilian currency devalued. In this episode, Natuza Nery receives Globo correspondent Felipe Santana. Live from New York, he reports when this billion-dollar operation caught the attention of investors. And he answers why there is suspicion that privileged information was used. Felipe recalls other cases in which Trump's announcements were preceded by suspicious movements in the financial market. Then, Natuza Nery talks to FGV São Paulo professor Luciana Pires Dias. She, who was director of the Securities and Exchange Commission from 2010 to 2015 and superintendent of market development at the CVM from 2008 to 2010, explains when an operation of this type can be considered illegal. She answers how cases of this type are investigated at the CVM and also judicially, now that STF minister Alexandre de Moraes ended a request from the AGU for the case to be investigated.
Original title: A investigação de crime financeiro durante o anúncio do tarifaço de Trump
Original description: Quando os mercados abriram em 9 de julho de 2025, o dólar era cotado a R$ 5,46 e a moeda americana operava dentro da normalidade. No início da tarde, por volta de 13h30 de Washington, um movimento aconteceu: uma operação envolvendo entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões apostou na desvalorização do Real. Dez minutos depois, Donald Trump falou pela primeira vez naquele dia sobre o Brasil. E, horas mais tarde, o presidente dos EUA anunciou o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros. O anúncio fez o dólar disparar e a moeda brasileira se desvalorizou. Neste episódio, Natuza Nery recebe o correspondente da Globo Felipe Santana. Direto de Nova York, ele relata em que momento essa operação bilionária chamou a atenção de investidores. E responde por que há suspeita de que houve uso de informações privilegiadas. Felipe relembra outros casos em que anúncios de Trump foram precedidos de movimentos suspeitos no mercado financeiro. Depois, Natuza Nery conversa com a professora da FGV São Paulo Luciana Pires Dias. Ela, que foi diretora da Comissão de Valores Mobiliários de 2010 a 2015 e superintendente de desenvolvimento do mercado da CVM de 2008 a 2010, explica quando uma operação deste tipo pode ser considerada ilegal. Ela responde como casos desse tipo são investigados na CVM e também judicialmente, agora que o ministro do STF Alexandre de Moraes acatou um pedido da AGU para que o caso seja apurado.
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La amenaza de Eduardo Bolsonaro a autoridades brasileñas.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-22 03:17
Since February, congressman Eduardo Bolsonaro has a different domicile: the United States. And from there, on the last day of his leave as congressman, Eduardo made threats to a Federal Police delegate and stated that he "will work" to remove minister Alexandre de Moraes from the STF. The son of former president Jair Bolsonaro stated that he will not return to Brazil, and that he will not give up his position as parliamentarian. To explain Eduardo's situation and the consequences of the threats made by him to Brazilian authorities, Natuza Nery talks with Andréia Sadi, presenter of GloboNews and columnist for g1. Together, Natuza and Andréia analyze how Eduardo Bolsonaro's situation stands in the face of Donald Trump's tariff against Brazilian products. Andréia recalls the arguments used by the congressman to take leave from his position and go live in the USA, and concludes how Eduardo became a "hot potato" for the Chamber.
Original title: A ameaça de Eduardo Bolsonaro a autoridades brasileiras
Original description: Desde fevereiro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro tem um domicílio diferente: os Estados Unidos. E foi de lá, no último dia de sua licença como deputado, que Eduardo fez ameaças a um delegado da Polícia Federal e afirmou que “vai trabalhar” para tirar o ministro Alexandre de Moraes do STF. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que não vai voltar ao Brasil, e que não vai abrir mão de seu cargo como parlamentar. Para explicar a situação de Eduardo e as consequências das ameaças feitas por ele a autoridades brasileiras, Natuza Nery conversa com Andréia Sadi, apresentadora da GloboNews e colunista do g1. Juntas, Natuza e Andréia analisam como fica a situação de Eduardo Bolsonaro diante do tarifaço de Donald Trump contra produtos brasileiros. Andréia relembra os argumentos usados pelo deputado para se licenciar do cargo e ir morar nos EUA, e conclui como Eduardo se tornou uma “batata quente” para a Câmara.