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Terras raras: o trunfo nas mãos da China e do Brasil.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-21 03:16
Elas não são raras. As terras raras são 17 elementos químicos abundantes em vários países, concentrados na China e no Brasil. Pequim ameaçou suspender a venda para os EUA caso Trump não revisse as tarifas. O Brasil também pode usar esse "trunfo", pois tem 25% das reservas. Fernando José Gomes Landgraf explica que elas são estratégicas geopoliticamente porque são essenciais para "super imãs" de carros elétricos e equipamentos militares. Ele avalia os impactos da exploração e o que o Brasil precisa fazer para avançar na produção. Esses elementos químicos podem ajudar na negociação contra a chantagem tarifária de Trump.
Original title: Terras raras: o trunfo nas mãos da China e do Brasil
Original description: De raras, elas não têm nada. As chamadas terras raras são um grupo de 17 elementos químicos encontrados em abundância em vários países. A maior parte desses minerais está concentrada em dois pontos: na China e no Brasil. Com 45% das reservas do planeta, Pequim ameaçou suspender a venda de terras raras para os EUA caso Donald Trump não revisse as tarifas impostas aos produtos chineses. Esse "trunfo" pode servir também ao Brasil, segundo país com as maiores reservas do mundo. Aqui, estão 25% das terras raras disponíveis. Neste episódio, o professor da Escola Politécnica da USP Fernando José Gomes Landgraf explica por que, apesar de não serem escassas, as terras raras se tornaram estratégicas geopoliticamente: elas são essenciais para a produção dos “super imãs” para motores de carros elétricos e também para equipamentos militares. O professor responde quais são os impactos da exploração desses minerais e avalia o que o Brasil precisa fazer para avançar na produção. E conclui como esses elementos químicos podem nos ajudar na negociação da atual chantagem tarifária anunciada por Donald Trump contra produtos brasileiros.
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Coming soon: Marília - The Other Side of SufferingFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-20 18:29
In July 2025, Marília Mendonça would have turned 30. She was the most relevant Brazilian singer to emerge this century. Not only because she is the country's most popular artist in the era of music consumed by the internet: it's not just a matter of numbers. This podcast details the reasons that made Marília Mendonça's "sofrência" go down in history. You will understand why, years and years from now, we will still remember her saying that nobody will suffer alone, everyone will suffer. And also another side, not so well known: how the suffering caused by her tragic and premature departure changed not only the lives of those who lived with the singer, but also the course of Brazilian music.
Original title: Vem aí: Marília - O Outro Lado da Sofrência
Original description: Em julho de 2025, Marília Mendonça completaria 30 anos. Ela foi a cantora brasileira mais relevante surgida neste século. Não só porque é a artista mais popular do país na era da música consumida pela internet: não é só uma questão de números. Esse podcast detalha as razões que fizeram a sofrência de Marília Mendonça entrar para a história. Você vai entender por que, daqui a anos e anos, ainda vamos lembrar dela dizendo que ninguém vai sofrer sozinho, todo mundo vai sofrer. E também um outro lado, nem tão conhecido assim: como o sofrimento causado por sua partida tão trágica e precoce mudou não só a vida de quem conviveu com a cantora, mas também os rumos da música brasileira.
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EXTRA: Bolsonaro in ankle bracelet – the net closing inFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-19 03:17
It was around 7:30 AM this Friday (18th) when a team from the Federal Police knocked on Jair and Michelle Bolsonaro's door. Agents surrounded the former president's house to execute a search and seizure warrant issued by the Supreme Federal Court. The order was signed by Minister Alexandre de Moraes, within the scope of the investigation into the actions of licensed congressman Eduardo Bolsonaro (PL-SP) in the USA to pressure Brazilian authorities – the accusations are obstruction of justice, coercion during the course of legal proceedings, and attack on national sovereignty. Stunned, Jair attends to the PF agents – all of them equipped with cameras, which recorded the step-by-step of the operation. Shortly after, Michelle arrives. "They revolted, complained a lot. But later, when it sank in, they offered no resistance to the police work," says César Tralli, presenter of TV Globo and GloboNews. Guest of Natuza Nery for this extra episode, Tralli reveals conversations he had with sources in the PF, in the STF, and with influential people in the Bolsonarista circle. The federal police officers collected an amount in cash (R$ 8,000 and US$ 14,000) and a pen drive found in a drawer in Jair's bathroom from the Bolsonaros' house – an object that the former president says he does not recognize. Bolsonaro was taken to the PF Penitentiary Affairs Secretariat for the placement of the electronic ankle monitor. There, he was informed about the series of orders imposed by the Justice system: nightly home confinement, prohibition of the use of social networks, and prohibition of contact with ambassadors, diplomats, and other investigated individuals. "In my understanding, the objective is supreme humiliation," said the former president.
Original title: EXTRA: Bolsonaro de tornozeleira – o cerco se fechando
Original description: Eram por volta de 7h30 desta sexta-feira (18), quando uma equipe da Polícia Federal bateu à porta de Jair e Michelle Bolsonaro. Os agentes cercaram a casa do ex-presidente para executar um mandado de busca a apreensão expedido pelo Supremo Tribunal Federal. A ordem foi assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, no âmbito da investigação sobre a atuação do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA para pressionar autoridades brasileiras – as acusações são de obstrução de Justiça, coação no curso do processo legal e ataque à soberania nacional. Atordoado, Jair atende aos agentes da PF – todos eles equipados com câmeras, que registraram o passo a passo da operação. Pouco depois chega Michelle. "Eles se revoltaram, reclamaram muito. Mas depois, quando caiu a ficha, não ofereceram resistência ao trabalho policial”, conta César Tralli, apresentador da TV Globo e da GloboNews. Convidado de Natuza Nery para este episódio extra, Tralli revela conversas que teve com fontes na PF, no STF e com pessoas influentes do círculo bolsonarista. Os policiais federais recolheram na casa dos Bolsonaro uma quantia em espécie (R$ 8 mil e US$ 14 mil) e um pen drive encontrado numa gaveta do banheiro de Jair – objeto que o ex-presidente diz não reconhecer. Bolsonaro foi levado à Secretaria de Assuntos Penitenciários da PF para a colocação da tornozeleira eletrônica. Lá, ele foi informado sobre a série de ordens impostas pela Justiça: recolhimento domiciliar noturno, proibição do uso de redes sociais e proibição de contato com embaixadores, diplomatas e outros investigados. “No meu entender, o objetivo é uma suprema humilhação”, afirmou o ex-presidente.
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Ataque de Trump ao Brasil e efeitos para Bolsonaro.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-18 03:16
On Thursday night (17th), the US president sent a letter addressed to Jair Bolsonaro defending the former president of Brazil and making new criticisms of Brazilian Justice. Trump repeated that the tariffs imposed by him on Brazil are a way of demonstrating disapproval of Bolsonaro's trial, who is a defendant in the Supreme Federal Court for attempted coup d'état. The American's reiterated support yielded bad dividends for the former president. In addition to polls showing that Brazilians disapprove of Trump's measures, representatives of the GDP affected by the tariff increase show irritation with Bolsonaro and his son Eduardo, a licensed deputy who is in the USA. Also this Thursday, a Quaest poll indicated that representatives of Bolsonarism may lose strength in the 2026 presidential election. In this episode, Julia Duailibi talks to journalist Maria Cristina Fernandes to trace the effects of Trump's support for the former president. Columnist for the Valor Econômico newspaper and commentator for GloboNews and CBN, Maria Cristina analyzes Bolsonaro's recent statements after the PGR requested his conviction. She assesses the status of the dispute between allies of the former president and how this may reflect in the presidential dispute. Finally, Maria Cristina concludes whether the difficulties in this political field may facilitate the Lula government's life in its relationship with Congress.
Original title: A ofensiva de Trump contra o Brasil e os efeitos para Bolsonaro
Original description: Na noite da quinta-feira (17), o presidente dos EUA enviou uma carta endereçada a Jair Bolsonaro em que defende o ex-presidente do Brasil e faz novas críticas à Justiça brasileira. Trump repetiu que as tarifas impostas por ele ao Brasil são uma forma de demonstrar desaprovação ao julgamento de Bolsonaro, que é réu no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado. O apoio reiterado do americano rendeu maus dividendos ao ex-presidente. Além de as pesquisas mostrarem que os brasileiros reprovam as medidas de Trump, representantes do PIB atingidos pelo tarifaço mostram irritação com Bolsonaro e com seu filho Eduardo, deputado licenciado que está nos EUA. Também nesta quinta-feira, pesquisa Quaest indicou que representantes do bolsonarismo podem perder força na eleição presidencial de 2026. Neste episódio, Julia Duailibi conversa com a jornalista Maria Cristina Fernandes para traçar os efeitos do apoio de Trump ao ex-presidente. Colunista do jornal Valor Econômico e comentarista da GloboNews e da CBN, Maria Cristina analisa as declarações recentes de Bolsonaro após a PGR pedir sua condenação. Ela avalia o status da disputa entre aliados do ex-presidente e de que maneira isso pode refletir na disputa presidencial. Por fim, Maria Cristina conclui se as dificuldades nesse campo político podem facilitar a vida do governo Lula na relação com o Congresso.
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Mudança de vento na aprovação do governo Lula.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-17 03:17
A Quaest pesquisa, publicada quarta-feira (16), tem boas e más notícias para o governo Lula. A má: a desaprovação segue alta, em 53%. A boa: a diferença entre desaprovam e aprovam caiu 7 pontos percentuais desde junho. A pesquisa mostra onde e por que a tendência virou. Neste episódio, Julia Duailibi recebe Felipe Nunes, diretor da Quaest, e Valdo Cruz, colunista do g1 e comentarista da GloboNews. Felipe explica quais segmentos fomentaram a mudança de cenário para Lula: o presidente se recuperou em setores fora de sua base de apoio. E detalha como a população recebeu o tarifaço de Donald Trump e a reação do governo brasileiro. Depois, Julia conversa com Valdo Cruz, que relata a percepção do governo sobre o desafio de manter a recuperação após o “inferno astral” dos últimos meses. Valdo responde o que mudou na relação entre Executivo e Legislativo, e o desafio da oposição. “O culpado [pelo tarifaço] é Trump, e também Eduardo Bolsonaro”, diz. Valdo conclui: “há um mês a oposição e o centrão davam o governo como acabado. E agora eles perceberam que há espaço para Lula se recuperar para o ano que vem”.
Original title: A mudança de vento na aprovação do governo Lula
Original description: A pesquisa Quaest, publicada nesta quarta-feira (16), tem boas e más notícias para o governo Lula. A má: a desaprovação segue alta, em 53%. A boa: a diferença entre aqueles que desaprovam para aqueles que aprovam caiu 7 pontos percentuais desde junho. A pesquisa mostra onde e por que a tendência virou. Neste episódio, Julia Duailibi recebe o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest, e o jornalista Valdo Cruz, que é colunista do g1 e comentarista da GloboNews. Felipe, que também é professor da FGV, explica quais segmentos fomentaram a mudança de cenário para Lula: o presidente se recuperou justamente em setores que estão fora de sua tradicional base de apoio. E detalha como a população recebeu o tarifaço anunciado por Donald Trump e a reação do governo brasileiro. Depois, Julia conversa com Valdo Cruz, que relata a percepção do governo sobre desafio de manter o cenário de recuperação depois do “inferno astral” vivido nos últimos meses. Valdo responde também o que mudou na relação entre Executivo e Legislativo, e o desafio da oposição. “O que prevaleceu é que o culpado [pelo tarifaço] é Trump, e também Eduardo Bolsonaro”, diz. Valdo conclui: “há um mês a oposição e o centrão davam o governo como acabado. E agora eles perceberam que há espaço para Lula se recuperar para o ano que vem”.
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Tariff hike: Brazil's exporters' strategyFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-16 03:16
Representatives of sectors affected by Donald Trump's tariff increase met this Tuesday (15) in Brasília with the inter-ministerial committee that will elaborate the Brazilian response to the US president's blackmail. Government and agribusiness and industry entrepreneurs agreed that the Reciprocity Law should be the last resort to be used. In this episode, Julia Duailibi listens to representatives from three sectors to understand the impacts and strategies of Brazilian exporters. First, Julia talks to Márcio Ferreira, president of the Council of Coffee Exporters of Brazil, CeCafé. The main consumer market for the grain, the USA buys 17% of Brazilian production – about 1/3 of all coffee consumed on American soil comes from Brazil. Márcio reports on the meeting with government representatives, and says what Brazilian producers plan to maintain this "win-win" relationship with the USA. Then, Julia speaks with Ibiapaba Netto, executive director of the National Association of Citrus Juice Exporters. Brazil is a world leader in orange juice exports – and Ibiapaba explains its entire production chain: from planting oranges in Brazil to the juice reaching the American consumer's table. He also comments on the impacts on employment and industry in São Paulo, the largest orange producing region in the world. Also participating is Raul Jungmann, CEO of the Brazilian Mining Institute (Ibram), an organization that brings together more than 200 mineral producers. Jungmann assesses the impact on national production, and answers which markets Brazil can target if the 50% tariffs come into effect.
Original title: Tarifaço: a estratégia dos exportadores do Brasil
Original description: Representantes de setores atingidos pelo tarifaço de Donald Trump se reuniram nesta terça-feira (15) em Brasília com o comitê interministerial que vai elaborar a resposta brasileira à chantagem do presidente dos EUA. Governo e empresários do agronegócio e da indústria concordaram que a Lei da Reciprocidade deve ser o último recurso a ser usado. Neste episódio, Julia Duailibi ouve representantes de três setores para entender os impactos e as estratégias dos exportadores brasileiros. Primeiro, Julia conversa com Márcio Ferreira, presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, o CeCafé. Principal mercado consumidor do grão, os EUA compram 17% da produção brasileira – cerca de 1/3 de todo o café consumido em solo americano sai do Brasil. Márcio relata como foi a reunião com representantes do governo, e diz o que os produtores brasileiros planejam para manter essa relação de “ganha-ganha” com os EUA. Depois, Julia fala com Ibiapaba Netto, diretor-executivo da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos. O Brasil é líder mundial na exportação de suco de laranja – e Ibiapaba explica toda sua cadeia produtiva: da plantação da laranja no Brasil até o suco chegar à mesa do consumidor americano. Ele comenta também os impactos no emprego e na indústria de São Paulo, maior região produtora de laranja do mundo. Participa também Raul Jungmann, diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), organização que reúne mais de 200 produtores de minério. Jungmann avalia o impacto para a produção nacional, e responde quais mercados o Brasil pode mirar caso as tarifas de 50% entrem em vigor.
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O STF e a chantagem tarifária de Trump.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-15 03:16
In the very first lines of the letter sent to Lula last week, the US president cited the Supreme Federal Court. Trump referenced trials involving former president Jair Bolsonaro and criticized court decisions against US-based technology companies. The first response to Trump was given by the Executive. And on Sunday night, another came to public: the president of the STF, Minister Luís Roberto Barroso, wrote a note entitled "In defense of the Constitution, Democracy and Justice". The text states that different worldviews "do not give anyone the right to twist the truth or deny the concrete facts that everyone saw and lived". And it makes a historical resumption about moments in which there was an attempt at institutional rupture in Brazil. To explain the meanings of the content of the letter and how Trump's blackmail reverberated in the Brazilian Supreme Court, Julia Duailibi talks to journalist Felipe Recondo and lawyer Rafael Mafei. Writer and researcher of the history of the STF, Recondo explains how Barroso's letter was articulated and what its effects are on ongoing processes in the Court. Professor at the Faculty of Law of USP and ESPM, Mafei analyzes the strategy used by the president of the STF, to whom the note is addressed. He also recalls other moments in history in which the Supreme acted in defense of national sovereignty.
Original title: O STF e a chantagem tarifária de Trump
Original description: Logo nas primeiras linhas da carta enviada a Lula na semana passada, o presidente dos EUA citou o Supremo Tribunal Federal. Trump fez referência a julgamentos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e criticou decisões da Corte contra empresas de tecnologia com sede nos EUA. A primeira resposta a Trump foi dada pelo Executivo. E na noite do domingo, outra veio a público: o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, escreveu uma nota intitulada “Em defesa da Constituição, da Democracia e da Justiça”. O texto afirma que diferentes visões de mundo "não dão direito a ninguém de torcer a verdade ou negar os fatos concretos que todos viram e viveram". E faz uma retomada histórica sobre momentos em que houve tentativa de ruptura institucional no Brasil. Para explicar os significados do conteúdo da carta e como a chantagem de Trump repercutiu na Suprema Corte brasileira, Julia Duailibi conversa com o jornalista Felipe Recondo e com o advogado Rafael Mafei. Escritor e pesquisador da história do STF, Recondo explica como a carta de Barroso foi articulada e quais seus efeitos em processos em curso na Corte. Professor da Faculdade de Direito da USP e da ESPM, Mafei analisa a estratégia usada pelo presidente do STF, a quem a nota é endereçada. Ele também relembra outros momentos da história em que o Supremo agiu em defesa da soberania nacional.
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Musk: billionaire's new ambition's chance to thriveFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-14 03:16
It was months of intense participation in the presidential campaign and another 128 days inside the White House. And then came the divorce with Donald Trump, with a public spat. In the middle of the fight, the US president threatened to cut public incentives for SpaceX, Elon Musk's space exploration company, which depends on government contracts. Amid the political turmoil, Musk saw Tesla's stock value plummet. Since the Republican took office, the electric car company's shares have devalued by about 30%, a loss of around US$ 379 billion for the businessman. It is in this context that Elon Musk now says he wants to create a party to call his own. The billionaire announced on his social network, X, that he will create the "Party of America", in an attempt to break with the dominant two-party system in the USA. To explain the viability of a new political party and what Musk intends with it, Julia Duailibi talks to Cesar Zucco, full professor of Politics and Public Policies at FGV-RJ. He explains how the US political and party system contributes to the dominance of Republicans and Democrats. And assesses the difficulties for a third party to have representation in Congress. Afterwards, Julia receives Daniela Braun, technology reporter for the newspaper Valor Econômico, who comments on the performance of the billionaire's companies in the face of the political crises starring him.
Original title: Musk: a chance de a nova ambição do bilionário prosperar
Original description: Foram meses de intensa participação na campanha presidencial e mais 128 dias dentro da Casa Branca. E, então, deu-se o divórcio com Donald Trump, com direito a barraco público. No meio da briga, o presidente dos EUA ameaçou cortar incentivos públicos para a SpaceX, empresa de exploração espacial de Elon Musk, que depende de contratos com o governo. No meio da confusão política, Musk viu o valor das ações da Tesla desabar. Desde que o republicano tomou posse, os papéis da empresa de carros elétricos se desvalorizaram em cerca de 30%, uma perda na casa dos US$ 379 bilhões para o empresário. É nesse contexto que agora Elon Musk diz querer criar um partido para chamar de seu. O bilionário anunciou em sua rede social, o X, que vai criar o “Partido da América”, em uma tentativa de romper com o sistema bipartidário dominante nos EUA. Para explicar a viabilidade de um novo partido político e o que Musk pretende com isso, Julia Duailibi conversa com Cesar Zucco, professor titular de Política e de Políticas Públicas da FGV-RJ. Ele explica como o sistema político e partidário dos EUA contribui para a dominância de republicanos e democratas. E avalia as dificuldades para que um terceiro partido tenha representatividade no Congresso. Depois, Julia recebe Daniela Braun, repórter de tecnologia do jornal Valor Econômico, que comenta o desempenho das empresas do bilionário diante das crises políticas protagonizadas por ele.
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A reação à chantagem de Trump com o Brasil.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-11 03:16
President Lula stated this Thursday (10th) that he wants to negotiate with Donald Trump, but asked for respect for Brazilian decisions. Lula said that, if there is no agreement with the American government, Brazil will respond with tariffs equal to those announced by Trump against all Brazilian products. A day earlier, the American president announced that he will impose tariffs of 50% on Brazil starting August 1st. In addition to the reaction of the Brazilian government, Thursday was marked by criticism of Trump. The international press highlighted the use of tariffs to blackmail Brazil. Economist Paul Krugman, winner of the 2008 Nobel Prize in Economics, described the decision as "malicious and megalomaniacal". For some businessmen, the 50% tariffs could make Brazil's business with the USA unviable. In this episode, Julia Duailibi receives diplomat Roberto Abdenur, who worked for 45 years in the Brazilian diplomatic service and was ambassador to Washington, Beijing and Berlin. Advisor to the Brazilian Center for International Relations (Cebri), Abdenur classifies the moment as "the most serious in the relationship" between the USA and Brazil. He assesses the possibilities of economic and diplomatic responses that the Brazilian government can give to Trump. Afterwards, the conversation is with political scientist Guilherme Casarões. Professor at FGV-SP and researcher at the Extreme Right Observatory, Casarões analyzes the response given by the Lula government so far. And he explains how the interference of the US president in a judicial process involving Jair Bolsonaro in Brazil is part of the global strategy of the extreme right.
Original title: A reação à chantagem de Trump com o Brasil
Original description: O presidente Lula afirmou nesta quinta-feira (10) querer negociar com Donald Trump, mas pediu respeito às decisões brasileiras. Lula disse que, caso não haja acordo com o governo americano, o Brasil vai responder com tarifais iguais às anunciadas por Trump contra todos os produtos brasileiros. Um dia antes, o presidente americano anunciou que vai impor tarifas de 50% ao Brasil a partir de 1° de agosto. Além da reação do governo brasileiro, a quinta-feira foi marcada por críticas a Trump. A imprensa internacional destacou o uso das tarifas para chantagear o Brasil. O economista Paul Krugman, vencedor do Nobel de economia de 2008, classificou a decisão como “maléfica e megalomaníaca”. Para alguns empresários, as tarifas de 50% podem inviabilizar os negócios do Brasil com os EUA. Neste episódio, Julia Duailibi recebe o diplomata Roberto Abdenur, que atuou por 45 anos no serviço diplomático brasileiro e foi embaixador em Washington, Pequim e em Berlim. Conselheiro do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), Abdenur classifica o momento como “o mais grave da relação” entre EUA e Brasil. Ele avalia as possibilidades de resposta econômica e diplomática que o governo brasileiro pode dar a Trump. Depois, a conversa é com o cientista político Guilherme Casarões. Professor da FGV-SP e pesquisador do Observatório da Extrema Direita, Casarões analisa a resposta dada pelo governo Lula até aqui. E explica de que forma a interferência do presidente dos EUA em um processo judicial envolvendo Jair Bolsonaro no Brasil integra a estratégia global da extrema-direita.
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Trump x Brasil: letter to Lula and 50% tariff hikeFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-10 03:17
Last Wednesday (9th) inaugurated a phase of uncertainties in the relations between the United States and Brazil. It began with an official position from American diplomacy: the country's Embassy released a note reinforcing President Donald Trump's position in defense of Jair Bolsonaro, alleging that the former president would be a victim of "political persecution". Itamaraty reacted immediately and summoned the American chargé d'affaires to provide clarification - the US has not had an ambassador in Brazil since Trump took office in January. Tension increased when the American president said that "Brazil has not been good" to the US and threatened to impose new tariffs. And the crisis was established once and for all when the United States government sent President Lula a letter announcing the taxation of all Brazilian products at 50% from August 1st. And the main reason is not commercial, but political: criticism of the action of the Supreme Federal Court and new defense of Bolsonaro. In this episode, Julia Duailibi talks with economist Daniel Sousa, commentator on GloboNews, professor at Ibmec and creator of the Petit Journal podcast, about the immediate consequences for the Brazilian economy and which sectors will be most harmed if the tariffs are actually applied. Also participating in this episode is Carlos Gustavo Poggio, professor of political science at Berea College, in Kentucky (USA). He explains Trump's interests behind the tariff increase and the degree of seriousness of involving ideological alignment with commercial policy and diplomatic equipment.
Original title: Trump x Brasil: carta a Lula e tarifaço de 50%
Original description: A última quarta-feira (9) inaugurou uma fase de incertezas nas relações entre os Estados Unidos e o Brasil. Começou com um posicionamento oficial da diplomacia americana: a Embaixada do país divulgou uma nota reforçando a posição do presidente Donald Trump em defesa de Jair Bolsonaro, alegando que o ex-presidente seria vítima de “perseguição política”. O Itamaraty reagiu imediatamente e convocou o encarregado de negócios americano para prestar esclarecimentos – os EUA não têm embaixador no Brasil desde a posse de Trump, em janeiro. A tensão aumentou quando o presidente americano disse que o “Brasil não tem sido bom” para os EUA e ameaçou impor novas tarifas. E a crise se estabeleceu de vez quando o governo dos Estados Unidos enviou ao presidente Lula uma carta anunciando a taxação de todos os produtos brasileiros em 50% a partir de 1º de agosto. E o principal motivo não é comercial, mas político: críticas à ação do Supremo Tribunal Federal e nova defesa a Bolsonaro. Neste episódio, Julia Duailibi conversa com o economista Daniel Sousa, comentarista da GloboNews, professor do Ibmec e criador do podcast Petit Journal, sobre as consequências imediatas para a economia brasileira e quais setores serão mais prejudicados caso as tarifas realmente sejam aplicadas. Participa deste episódio também Carlos Gustavo Poggio, professor de ciência política do Berea College, no Kentucky (EUA). Ele explica quais são os interesses de Trump por trás do tarifaço e o grau da gravidade de envolver alinhamento ideológico com política comercial e equipamentos diplomáticos.
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A hegemonia do dólar: passado, presente e futuro.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-09 03:16
"The dollar is king," declared Donald Trump this Tuesday (8). He added: "we will keep it that way," saying that the loss of the US currency's hegemony would be equivalent to "defeat in a war." Trump's statements are a reaction to the BRICS, who, after the meeting hosted in Rio de Janeiro, published a document defending the use of local currencies in commercial transactions. It was immediately after the BRICS joint declaration that the US president threatened to tax countries that aligned with the group's policy – which he calls "anti-American." The use of local currencies is an old demand of the group, which puts at risk the economic and influence supremacy of the US in the global trade system. In this episode, Julia Duailibi receives the economist Octaviano Canuto, who was vice-president of the World Bank and executive director of the IMF, to explain the current moment of the dollar and what a de-dollarization of the economy would mean. Canuto, who is also a senior member of the Policy Center for the New South and professor at George Washington University, recalls when the dollar became the hegemonic means of negotiation between countries. He analyzes what the political and economic consequences would be if the American currency lost its global prominence.
Original title: A hegemonia do dólar: passado, presente e futuro
Original description: "O dólar é rei", declarou Donald Trump nesta terça-feira (8). E completou: "vamos mantê-lo assim”, ao dizer que a perda da hegemonia da moeda dos EUA seria equivalente à “derrota em uma guerra”. As declarações de Trump são uma reação aos Brics que, após o encontro sediado no Rio de Janeiro, publicaram um documento defendendo o uso de moedas locais em transações comerciais. Foi imediatamente após a declaração conjunta dos Brics que o presidente dos EUA ameaçou taxar países que se alinhassem com a política do grupo – que chama de “antiamericanas”. O uso de moedas locais é uma demanda antiga do grupo, o que põe em risco a supremacia econômica e de influência dos EUA no sistema de comércio global. Neste episódio, Julia Duailibi recebe o economista Octaviano Canuto, que foi vice-presidente do Banco Mundial e diretor-executivo do FMI, para explicar o momento atual do dólar e o que significaria uma desdolarização da economia. Canuto, que também é membro sênior do Policy Center for the New South e professor da Universidade George Washington, relembra quando o dólar passou a ser o meio hegemônico de negociação entre países. Ele analisa quais seriam as consequências políticas e econômicas de a moeda americana perder protagonismo global.
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O maior ataque cibernético ao sistema financeiro brasileiro.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-08 03:16
Over R$ 500 million. This was the amount diverted from the BMP bank's so-called reserve accounts in just a harsh hour and a half during the early hours of last Wednesday (2). Hackers invaded the system of companies responsible for mediating transfers between banks and carried out the largest attack of its kind on the National Financial System (SFN). To explain how this mega attack was carried out, Natuza Nery talks to Darlan Helder, technology reporter for g1, and Ronaldo Lemos, chief scientist at the Institute of Technology and Society (ITS) of Rio de Janeiro. Darlan details how the offensive was carried out and the suspicions that fall on an IT technician from the technology company B&M. Arrested, he confessed to passing on to hackers his password to enter the confidential system that connects banks to PIX. In return, he says he received R$ 15,000. It was with his password that the criminals managed to divert millions of reais – TV Globo sources estimate that the amount could reach R$ 800 million. Afterwards, Ronaldo Lemos explains why, by targeting the “heart of the financial system”, the attack became so emblematic. Ronaldo assesses the loopholes in banks' security systems and points out what can be done to correct flaws. For him, it is necessary to create an "alarm" to alert when suspicious transactions are underway.
Original title: O maior ataque hacker ao sistema financeiro brasileiro
Original description: Mais de R$ 500 milhões. Este foi o valor desviado das chamadas contas de reserva do banco BMP em apenas duras horas e meia durante a madrugada da última quarta-feira (2). Hackers invadiram o sistema de empresas responsáveis por intermediar transferências entre bancos e fizeram o maior ataque do tipo ao Sistema Financeiro Nacional (SFN). Para explicar como este mega ataque foi feito, Natuza Nery conversa com Darlan Helder, repórter de tecnologia do g1, e com Ronaldo Lemos, cientista-chefe do Instituto Tecnologia e Sociedade (ITS) do Rio de Janeiro. Darlan detalha como a ofensiva foi feita e as suspeitas que recaem sobre um técnico de TI da empresa de tecnologia B&M. Preso, ele confessou ter repassado para hackers sua senha para entrar no sistema sigiloso que conecta bancos ao PIX. Em troca, ele diz ter recebido R$ 15 mil. Foi com a senha dele que os criminosos conseguiram desviar milhões de reais – fontes da TV Globo estimam que a quantia pode chegar a R$ 800 milhões. Depois, Ronaldo Lemos explica por que, ao mirar o “coração do sistema financeiro”, o ataque se tornou tão emblemático. Ronaldo avalia as brechas dos sistemas de segurança dos bancos e aponta o que pode ser feito para corrigir falhas. Para ele, é preciso a criação de um “alarme” para alertar quando transações suspeitas estão em curso.
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Terapia com robôs.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-07 03:17
A recent Harvard magazine survey shows a surge in seeking therapeutic advice or even simulating therapy sessions in chatbots. This type of interaction ranks first in how people are using AI, according to the magazine's study. To understand how the use of artificial intelligence for therapeutic purposes is advancing in a field that seemed out of its reach, Natuza Nery talks to Paulo Beer, PhD in social psychology, visiting professor at USP and the Gerar Institute of Psychoanalysis. Paulo explains how “a perfect storm” stimulates the use of artificial intelligence by people with mental health issues. He believes that traditional therapies, done with human professionals, are the only ones capable of making the patient truly reflect on their pain and anguish. Then, the conversation is with Ilana Pinsky, author of the book "Emotional Health: how not to freak out in unstable times" and columnist for Veja magazine. Ilana, who was a professor at Unifesp and Columbia University (USA), talks about the results of a study done with approximately 200 people who were exposed to chatbots trained for therapeutic use.
Original title: Sessão de terapia: com robôs
Original description: Um levantamento recente de uma revista de Harvard mostra que está em alta a busca para aconselhamento terapêutico ou mesmo para simular sessões de terapia em chatbots. Esse tipo de interação está na primeira posição do ranking de como as pessoas estão usando a IA, segundo o estudo da revista. Para entender como o uso da inteligência artificial para fins terapêuticos avança em um campo que parecia fora do seu alcance, Natuza Nery conversa com Paulo Beer, doutor em psicologia social, professor convidado da USP e do Instituto Gerar de Psicanálise. Paulo explica como “uma tempestade perfeita” estimula o uso de inteligência artificial por pessoas com questões relacionadas à saúde mental. Ele avalia que as terapias tradicionais, feitas com profissionais humanos, são as únicas capazes de fazer o paciente refletir, de fato, sobre suas dores e angústias. Depois, a conversa é com Ilana Pinsky, autora do livro "Saúde Emocional: como não pirar em tempos instáveis" e colunista da revista Veja. Ilana, que foi professora da Unifesp e da Universidade de Columbia (EUA), fala sobre os resultados de um estudo feito com aproximadamente 200 pessoas que foram expostas a chatbots treinados para uso terapêutico.
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O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal? What can Brazil do to get out of the fiscal mud?From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-04 03:16
Faced with an unfeasible 2023 budget, the newly elected Lula government negotiated a PEC with Congress that released around R$ 145 billion in spending; in return, the Executive branch should present a new fiscal rule to control public accounts. It came: the so-called fiscal framework was approved in the Legislature and even celebrated by part of the financial market. A little over two years later, it shows signs that it is not holding up. A multifactorial problem. The Executive insists on trying to seek fiscal balance only on the revenue side, by increasing the tax burden, without indicating how it will contain the growing increase in expenses. And ignores the structural problems of public accounts. Congress misses the opportunity to advance with an agenda capable of balancing the fiscal crisis and maintains a turbocharged budget under its control: R$ 50 billion this year alone, 25% of all the government's discretionary spending – a percentage that is far from the world average. The same is seen in the Judiciary, which costs 1.43% of Brazilian GDP, well above the average of emerging economies (0.5%) and advanced economies (0.3%). In this episode, Natuza Nery talks to Bruno Carazza to explain what can be done for Brazil to untie its fiscal knot. Commentator for Jornal da Globo and columnist for the Valor Econômico newspaper, Bruno dimensions the size of the Brazilian "bomb". He, who is also a professor at Fundação Dom Cabral, outlines alternatives to solve the problem and concludes how decisions taken by the three Powers increase public spending.
Original title: O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal
Original description: Diante de um orçamento inexequível para 2023, o recém-eleito governo Lula negociou com o Congresso uma PEC que liberava gastos na casa dos R$ 145 bilhões; em contrapartida, o Executivo deveria apresentar uma nova regra fiscal para controlar as contas públicas. Ela veio: o chamado arcabouço fiscal foi aprovado no Legislativo e até celebrado por parte do mercado financeiro. Pouco mais de dois anos depois, ele dá sinais de que não para de pé. Um problema multifatorial. O Executivo insiste em tentar buscar o equilíbrio fiscal apenas pelo lado da receita, a partir da elevação da carga tributária, sem indicar como vai conter o crescente aumento das despesas. E ignora os problemas estruturais das contas públicas. O Congresso perde a oportunidade de avançar com uma agenda capaz de equacionar a crise fiscal e mantém um orçamento turbinado sob seu controle: são R$ 50 bilhões apenas neste ano, 25% de todo o gasto discricionário do governo – um percentual que foge, e muito, à média mundial. O mesmo se vê no Judiciário, que custa 1,43% do PIB brasileiro, muito acima da média de economias emergentes (0,5%) e de economias avançadas (0,3%). Neste episódio, Natuza Nery conversa com Bruno Carazza para explicar o que pode ser feito para que o Brasil desate seu nó fiscal. Comentarista do Jornal da Globo e colunista do jornal Valor Econômico, Bruno dimensiona qual o tamanho da “bomba” brasileira. Ele, que também é professor da Fundação Dom Cabral, desenha alternativas para solucionar o problema e conclui como decisões tomadas pelos três Poderes aumentam as despesas públicas.
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P. Diddy: The music industry's big sex scandalFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-03 03:16
After almost two months of trial in a New York court, rapper and businessman Sean “Diddy” Combs heard the verdict. Among the charges were sex trafficking by force, transportation for prostitution, and conspiracy. He was found guilty of two crimes and acquitted of three others. After the verdict, P. Diddy's bail request was denied, and he will remain in custody awaiting sentencing. The sentence is expected in the coming months, and the penalty could be up to 20 years in prison. Imprisoned since September 2024, Diddy celebrated the verdict, as reported by correspondent Carolina Cimenti in conversation with Natuza Nery. The TV Globo reporter recounts the weeks of trial in one of the biggest sex scandals in the music industry. And explains what may happen from now on. Afterward, Natuza receives Kaique Mattos, journalist from g1 and hip hop content producer. Kaique recalls who P. Diddy is and his emergence in the music industry, with the creation of a large business empire. The journalist recounts how the first accusations against the rapper came to light and the behind-the-scenes of the parties organized by Diddy, precisely where many of the crimes were committed. Kaique also talks about how the case "turned a key" in the hip hop community.
Original title: P. Diddy: o grande escândalo sexual da música
Original description: Depois de quase dois meses de julgamento em um tribunal de Nova York, o rapper e empresário Sean “Diddy” Combs ouviu o veredito. Entre as acusações, estavam tráfico sexual por meio de força, transporte com fins de prostituição e conspiração. Ele foi considerado culpado por dois crimes e absolvido em outros três. Após o veredito, P. Diddy teve seu pedido de fiança negado, e vai continuar preso à espera da definição de suas penas. A sentença deve ser definida nos próximos meses, e a pena pode chegar a 20 anos de prisão. Preso desde setembro de 2024, Diddy comemorou o veredito, como relata a correspondente Carolina Cimenti na conversa com Natuza Nery. A repórter da TV Globo conta como foram as semanas de julgamento de um dos maiores escândalos sexuais da indústria da música. E explica o que pode acontecer a partir de agora. Depois, Natuza recebe Kaique Mattos, jornalista do g1 e produtor de conteúdo de hip hop. Kaique relembra quem é P. Diddy e seu surgimento na indústria musical, com a criação de um grande império de negócios. O jornalista conta como vieram à tona as primeiras denúncias contra o rapper e os bastidores das festas organizadas por Diddy, justamente onde muitos dos crimes foram cometidos. Kaique fala também de como o caso “virou uma chavinha” na comunidade do hip hop.
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O governo Lula redobrando a aposta.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-02 03:16
After being defeated in Congress, the government decided to appeal to the Supreme Federal Court to restore the IOF increase. By filing an appeal with the STF, the government raises the political temperature with Congress and doubles down, assesses Thomas Traumann in conversation with Natuza Nery in this episode. A GloboNews commentator, the journalist assesses the government's political situation and the risks Lula runs by adopting the old "us versus them" tactic, by pitting rich against poor, as he did in his previous administrations. He also concludes what the country loses with the clash between the powers. Afterwards, Natuza talks with Mary Elbe Queiroz, a lawyer specializing in Tax Law. President of the National Center for Prevention and Resolution of Tax Conflicts (Cenapret) and founder of Queiroz Advogados, she explains the impacts of judicialization on the credibility of the Brazilian tax system.
Original title: O governo Lula dobrando a aposta
Original description: Depois de ser derrotado no Congresso, o governo resolveu recorrer ao Supremo Tribunal Federal para restabelecer o aumento do IOF. Ao entrar com um recurso no STF, o governo eleva a temperatura política com o Congresso e dobra a aposta, avalia Thomas Traumann em conversa com Natuza Nery neste episódio. Comentarista da GloboNews, o jornalista avalia a situação política do governo e os riscos que Lula corre ao adotar a antiga tática do “nós contra eles”, ao opor ricos e pobres, como fez em suas administrações anteriores. Ele conclui ainda o que o país perde com o embate entre os poderes. Depois, Natuza conversa com Mary Elbe Queiroz, advogada especialista em Direito Tributário. Presidente do Centro Nacional para Prevenção e Resolução de Conflitos Tributários (Cenapret) e fundadora do Queiroz Advogados, ela explica os impactos da judicialização para a credibilidade do sistema tributário brasileiro.
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O arsenal dos CACs sob fiscalização da Polícia Federal.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-07-01 03:16
Until December last year, almost 950,000 people had some CAC registration, as hunters, shooters, and gun collectors are known in the country. These people have more than 1 million weapons – an amount 560% greater than 10 years ago, according to Army data provided to the Sou da Paz Institute. The increase in the number of weapons, however, was not accompanied by growth in inspection. From this Tuesday (1st), the Federal Police will be responsible for inspecting the CACs' arsenal. Previously, it was under the tutelage of the Brazilian Army. To understand what changes from this Tuesday, Natuza Nery talks to Andrei Rodrigues, general director of the Federal Police. And to explain the consequences of the exponential increase in the number of CACs in the country, Natuza listens to David Marques, project coordinator at the Brazilian Public Security Forum.
Original title: O arsenal dos CACs sob fiscalização da PF
Original description: Até dezembro do ano passado, quase 950 mil pessoas tinham algum registro de CAC, como são conhecidos os caçadores, atiradores e colecionadores de armas no país. Com essas pessoas estão mais de 1 milhão de armas – uma quantidade 560% maior do que 10 anos atrás, segundo dados do Exército fornecidos ao Instituto Sou da Paz. O aumento do número de armas, no entanto, não foi acompanhado pelo crescimento na fiscalização. A partir desta terça-feira (1°), a Polícia Federal passa a ser responsável por fiscalizar o arsenal dos CACs. Antes, estava sob a tutela do Exército Brasileiro. Para entender o que muda a partir desta terça-feira, Natuza Nery conversa com Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal. E para explicar as consequências do aumento exponencial do número de CACs no país, Natuza ouve David Marques, coordenador de projetos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
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A guerra invisível em África.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-06-30 03:16
A decades-long conflict has killed over 5 million people in the heart of Africa. In eastern Democratic Republic of Congo, armed militias clash in the deadliest war since World War II. The trigger for ethnic conflicts escalating into a brutal war was the 1994 Rwandan genocide. The Rwandan government is accused of supporting the M23 rebel group to invade and control territories in the Democratic Republic of Congo. The DRC is accused of protecting Hutu militias, heirs of the genocide's executioners. Beyond ethnic battles, there is also a dispute over mineral wealth. In the conflict zones are some of the world's most valuable materials: gold, copper, cobalt, and coltan, important for producing computers and smartphones – ores and metals whose buyers are the world's largest technology companies. In this episode, Natuza Nery receives journalist Pedro Borges, from the Alma Preta news agency. He, who has been in the DRC for 40 days witnessing the situation in the war-torn region firsthand, recounts what he saw in his travels through the country and what one of the refugee camps he visited is like. Pedro also details what he foresees in the new agreement signed between the DRC and Rwanda last Friday (27th) in Washington, under the mediation of the American government.
Original title: A guerra invisível na África
Original description: Um conflito que se arrasta há décadas já matou mais de 5 milhões de pessoas no coração do continente africano. No leste da República Democrática do Congo, milícias armadas se enfrentam numa guerra que é a mais mortal desde a 2ª Guerra Mundial. O gatilho para que conflitos étnicos escalassem para uma guerra brutal foi genocídio em Ruanda, em 1994. O governo ruandês é acusado de apoiar o grupo rebelde M23 para invadir e controlar territórios na República Democrática do Congo. Sobre a RDC, pesa a acusação de proteger milícias Hutus, herdeiras dos algozes do genocídio. Para além das batalhas entre etnias, há também uma disputa por riquezas minerais. Nos territórios conflagrados estão alguns dos materiais mais valiosos do mundo: caso do ouro, do cobre, do cobalto e do coltan, importante para a produção de computadores e smartphones – minérios e metais que têm como compradores as maiores empresas de tecnologia do mundo. Neste episódio, Natuza Nery recebe o jornalista Pedro Borges, da agência de notícias Alma Preta. Ele, que está há 40 dias na RDC testemunhando de perto a situação da região em guerra, conta o que viu em seus deslocamentos pelo país e como é um dos campos de refugiados que visitou. Pedro detalha ainda o que prevê a nova tentativa de acordo assinada entre a RDC e Ruanda na última sexta-feira (27), em Washington, sob a mediação do governo americano.
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A political and fiscal war declared in Brasília.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-06-27 03:16
Congress inflicted a crushing defeat on the Lula government on Wednesday night (25th), overturning the IOF decree. It was the first time since 1992 that parliamentarians had overturned a presidential decree. Government ministers are divided on whether or not to take the case to the STF – the opposition says that if it appeals to the Supreme Court, the government will amplify the crisis in Brasília. With the fall of the decree, Congress stopped the government's idea of raising R$ 10 billion more and, with that, getting closer to reaching the fiscal target. The impact of the political battle, therefore, has serious fiscal consequences. Economists warn that the Brazilian State runs the risk of becoming paralyzed in 2026 if public accounts are not balanced. To explain the seriousness of the situation in Brasília, Natuza Nery receives Flávia Oliveira. “It was more than a steamroller. It was a road roller,” summarizes the GloboNews commentator, columnist for the newspaper O Globo and CBN radio. For her, more than a defeat for the government, what is happening in Brasília is “a defeat for the country. It is a Congress that has acted and voted for its own benefit”. Afterwards, Natuza Nery speaks with political scientist and sociologist Sérgio Abranches. Creator of the term “coalition presidentialism”, in the late 1980s, Sérgio assesses the current political moment. “The system of government is dysfunctional. It is a Congress that does not represent. And an Executive that can no longer govern,” he says.
Original title: A guerra política e fiscal declarada em Brasília
Original description: O Congresso impôs uma derrota acachapante ao governo Lula na noite da quarta-feira (25), ao derrubar o decreto do IOF. Foi a primeira vez desde 1992 que parlamentares derrubaram um decreto presidencial. Ministros do governo estão divididos sobre levar ou não o caso ao STF – a oposição diz que, caso recorra ao Supremo, o governo vai ampliar a crise em Brasília. Com a queda do decreto, o Congresso sustou a ideia do governo de arrecadar R$ 10 bilhões a mais e, com isso, ficar mais perto de atingir a meta fiscal. O impacto da batalha política, portanto, tem consequências fiscais graves. Economistas alertam que o Estado brasileiro corre o risco de ficar paralisado em 2026 caso as contas públicas não sejam equilibradas. Para explicar a gravidade da situação em Brasília, Natuza Nery recebe Flávia Oliveira. “Foi mais do que um tratoraço. Foi um rolo compressor”, resume a comentarista da GloboNews, colunista do jornal O Globo e da rádio CBN. Para ela, mais do que uma derrota do governo, o que se passa em Brasília é “uma derrota para país. É um Congresso que tem agido e votado em proveito próprio”. Depois, Natuza Nery fala com o cientista político e sociólogo Sérgio Abranches. Criador do termo “presidencialismo de coalizão”, no fim da década de 1980, Sérgio avalia o momento político atual. “O sistema de governo está disfuncional. É um Congresso que não representa. E um Executivo que não consegue mais governar”, afirma.
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A tragédia de Juliana Marins no Monte Rinjani.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-06-26 03:16
Almost 5 days after falling about 200 meters inside the crater of a volcano in Indonesia, the body of the 26-year-old Brazilian woman was rescued this Wednesday (26). Her body was found by volunteer rescuers, 600 meters from the trail she was taking towards the top of Mount Rinjani. Juliana Marins' family says that, before the accident, she was left alone by the group's guide – the alert to the authorities was sent only 5 hours later. Juliana's family accuses the Indonesian authorities of negligence. To explain the particularities of the mountain and point out possible errors that may have led to the Brazilian woman's death, Natuza Nery listens to Carlos Santalena, climber and expedition guide. Carlos, who has climbed Mount Everest four times and climbed Rinjani in 2015, reports on what it is like to climb the mountain Juliana was on and talks about the signs that there was negligence in the rescue. Afterwards, Natuza listens to Silvio Neto, president of the Brazilian Association of Mountain Guides. He talks about how guides should be trained for adventure tourism, the type of information people need to have to practice climbing activities safely.
Original title: A tragédia de Juliana Marins no Monte Rinjani
Original description: Quase 5 dias depois de ter despencado cerca de 200 metros dentro da cratera de um vulcão na Indonésia, o corpo da jovem brasileira de 26 anos foi resgatado nesta quarta-feira (26). O corpo dela foi encontrado por socorristas voluntários, a 600 metros da trilha que ela fazia rumo ao topo do Monte Rinjani. A família de Juliana Marins diz que, antes do acidente, ela foi deixada sozinha pelo guia do grupo – o alerta às autoridades foi enviado apenas 5 horas depois. A família de Juliana acusa as autoridades da Indonésia de negligência. Para explicar as particularidades do monte e apontar possíveis erros que podem ter levado à morte da brasileira, Natuza Nery ouve Carlos Santalena, escalador e guia de expedições. Carlos, que já escalou o Monte Everest quatro vezes e subiu o Rinjani em 2015, relata sobre como é subir o monte em que Juliana estava e fala sobre os sinais de que houve negligência no resgate. Depois, Natuza ouve Silvio Neto, presidente da Associação Brasileira de Guias de Montanha. Ele fala sobre como deve ser a capacitação de guias para fazer turismo de aventura, o tipo de informação que as pessoas precisam ter para praticar atividades de escalada em segurança.