-
The coup attempt and its versions.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-06-25 03:16
This Tuesday (24), Mauro Cid and Braga Netto sat face to face in a room at the Supreme Federal Court. Defendants in the coup d'état attempt case, the former aide-de-camp and the former Minister of Defense and Chief of Staff of Jair Bolsonaro gave their versions of the same accusation: a conspiratorial meeting at Braga Netto's house and an amount that would have financed the coup-plotting criminal organization. When confronted, both maintained their previous statements. After them, it was former minister Anderson Torres' turn to sit face to face with former Army commander Freire Gomes, a witness in the case. In this episode, Natuza Nery receives Fernando Abrucio to explain how the confrontation affects the process. Professor at FGV, commentator at GloboNews and columnist for the Valor Econômico newspaper, Abrucio recalls the role of Mauro Cid, Braga Netto and Anderson Torres in the coup plot and analyzes the versions presented by the defendants. He also assesses how the defendants' and the former president's entourage are moving to prevent or reverse a likely conviction in the Supreme Court.
Original title: A tentativa de golpe e suas versões
Original description: Nesta terça-feira (24), Mauro Cid e Braga Netto se sentaram cara a cara em uma sala do Supremo Tribunal Federal. Réus no processo sobre a tentativa de golpe de Estado, o ex-ajudante de ordens e o ex-ministro da Defesa e Casa Civil de Jair Bolsonaro deram suas versões sobre uma mesma acusação: uma reunião conspiratória na casa de Braga Netto e uma quantia que teria financiado a organização criminosa golpista. Ao serem confrontados, ambos mantiveram seus depoimentos anteriores. Depois deles, foi a vez do ex-ministro Anderson Torres se sentar frente a frente com o ex-comandante do Exército Freire Gomes, testemunha no caso. Neste episódio, Natuza Nery recebe Fernando Abrucio para explicar como a acareação mexe com o processo. Professor da FGV, comentarista da GloboNews e colunista do jornal Valor Econômico, Abrucio relembra o papel de Mauro Cid, Braga Netto e de Anderson Torres na trama golpista e analisa as versões apresentadas pelos réus. Ele avalia ainda como o entorno dos réus e do ex-presidente se movimentam para impedir ou reverter uma provável condenação no Supremo.
-
The crisis in world diplomacy.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-06-24 03:16
In 2022, Russia attacked and invaded Ukraine under the pretext of defending itself against possible Ukrainian threats. The following year, the terrorist group Hamas' attack left a trail of death and violence in Israel; the Israeli response in the Gaza Strip promoted a humanitarian crisis that accounts for at least 55,000 deaths. Less than two weeks ago, the Iranian nuclear program served as a pretext for air strikes by Israel and then the United States. Faced with a world map taken by burning points, something in common: the primacy of the use of weapons over dialogue. Bellicism is also present in the organization of world trade, where the effects of the tariff announced by Donald Trump are still uncertain. In an interview with GloboNews, Celso Amorim, former chancellor and special advisor to the Presidency for international affairs, spoke of "demoralization of the international system" and an "attack on the world order". For historian and career diplomat Rubens Ricupero, who was Brazil's ambassador to Washington, Rome and the United Nations, it is "a moment of weakening of diplomatic resources". In this episode, Rubens Ricupero, who was also under-secretary general of the UN (1995 to 2004) and is now an emeritus advisor to the Brazilian Center for International Relations, is interviewed by Natuza Nery. He analyzes the crisis in world diplomacy and explains why the classic instruments in relations between countries are losing ground at a moment in history marked by unilateral decisions and wars. "I do not see the case of Iran as capable of provoking a nuclear and world war," he says.
Original title: A crise na diplomacia mundial
Original description: Em 2022, a Rússia atacou e invadiu a Ucrânia sob o argumento que estava se defendendo contra eventuais ameaças ucranianas. No ano seguinte, o ataque do grupo terrorista Hamas deixou um rastro de morte e violência em Israel; a resposta israelense promoveu na Faixa de Gaza uma crise humanitária que contabiliza pelo menos 55 mil mortes. Há menos de duas semanas, o programa nuclear iraniano serviu de pretexto para ataques aéreos de Israel e, depois, dos Estados Unidos. Diante de um mapa mundi tomado por pontos em chamas, algo em comum: a primazia do uso de armas sobre o diálogo. O belicismo se apresenta também na organização do comércio mundial, onde ainda são incertos os efeitos do tarifaço anunciado por Donald Trump. Em entrevista à GloboNews, Celso Amorim, ex-chanceler e conselheiro especial para assuntos internacionais da Presidência, falou em “desmoralização do sistema internacional” e um “ataque à ordem mundial”. Para o historiador e diplomata de carreira Rubens Ricupero, que foi embaixador do Brasil em Washington, Roma e nas Nações Unidas, trata-se de “um momento de fragilização dos recursos diplomáticos”. Neste episódio, Rubens Ricupero, que também foi subsecretário geral da ONU (1995 a 2004) e hoje é conselheiro emérito do Centro Brasileiro de Relações Internacionais, é o entrevistado de Natuza Nery. Ele analisa a crise na diplomacia mundial e explica por que os instrumentos clássicos nas relações entre os países estão perdendo espaço num momento da história marcado por decisões unilaterais e guerras. “Eu não vejo o caso do Irã como capaz de provocar uma guerra nuclear e mundial”, afirma.
-
The US at war – and a portrait of Iran and IraniansFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-06-23 03:17
It was early Sunday morning in Iran when the US launched an offensive against three Iranian nuclear facilities. After days of suspense over whether or not to enter the conflict between Israel and the Tehran regime, Donald Trump announced that the Fordow, Natanz, and Esfahan facilities had been targeted by American airstrikes. In response, the Iranian parliament approved closing the Strait of Hormuz, responsible for 20% of the world's oil route. In the first part of this episode of O Assunto, Natuza Nery talks to Oliver Stuenkel to analyze the immediate consequences of the US entering the war. Oliver, who is a professor of International Relations at FGV and a researcher at Harvard and the Carnegie Endowment, answers what risks Trump subjected himself to by attacking Iran, and Tehran's possible responses. He also assesses the likely economic effects if the closure of the Strait of Hormuz materializes. Afterwards, Natuza receives Samy Adghirni, a Bloomberg journalist based in Paris who was a correspondent in Iran from 2011 to 2014. Author of the book "The Iranians," Samy traces the richness of Persian history and the reasons why Iranians are so proud of their culture: "Iran is more than a country, it is a civilization." He also presents an overview of the country's current contradictions: a modern society that coexists with a theocratic, oppressive, and violent regime – especially towards women. "The current situation in the Middle East shows the increasing weakness of this regime," he concludes.
Original title: Os EUA na guerra – e um retrato do Irã e dos iranianos
Original description: Era madrugada de domingo no Irã quando os EUA lançaram uma ofensiva contra três instalações nucleares iranianas. Depois de dias de suspense sobre a entrada ou não no conflito entre Israel e o regime de Teerã, Donald Trump anunciou que as instalações de Fordow, Natanz e Esfahan tinham sido alvo de ataques aéreos americanos. Como resposta, o parlamento iraniano aprovou fechar o Estreito de Ormuz, responsável por 20% da rota mundial de petróleo. Na primeira parte deste episódio de O Assunto, Natuza Nery conversa com Oliver Stuenkel para analisar as consequências imediatas da entrada dos EUA na guerra. Oliver, que é professor de Relações Internacionais da FGV e pesquisador de Harvard e do Carnegie Endowment, responde a quais riscos Trump se submeteu ao atacar o Irã, e as possíveis respostas de Teerã. Ele avalia ainda os prováveis efeitos econômicos caso o fechamento do Estreito de Ormuz se concretize. Depois, Natuza recebe Samy Adghirni, jornalista da Bloomberg baseado em Paris que foi correspondente no Irã de 2011 a 2014. Autor do livro “Os Iranianos”, Samy traça a riqueza da história persa e os motivos pelos quais os iranianos são tão orgulhos de sua cultura: “O Irã mais do que um país, é uma civilização”. Ele apresenta também um panorama sobre as contradições atuais do país: uma sociedade moderna que coexiste com um regime teocrático, opressor e violento – especialmente com as mulheres. “A situação atual do Oriente Médio mostra o aumento da fraqueza desse regime”, conclui.
-
Existe uma solução pacífica para o Oriente Médio?From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-06-20 03:16
Instability is permanent and spreads across territories. In Gaza, a war exceeding 600 days causes an unprecedented humanitarian crisis. In Lebanon, the population lives under attacks from Hezbollah and the Israeli army. In Syria, the end of a long dictatorship led to a fragmented country. In Yemen, Houthi rebels are also involved in conflicts. Now, since the beginning of the exchange of bombings between Israel and Iran, tension has escalated to the imminence of a total war between the region's two most powerful military countries -- a risk that grows with signals from Donald Trump that the US may enter the conflict. In this episode, Natuza Nery talks to Guga Chacra to explain the origins of these instabilities. The commentator from Globo, GloboNews, CBN, and columnist for O Globo recounts the history of failed peace negotiations of recent decades, analyzes current points of greatest tension, and tries to answer the question: what to do to pacify the Middle East?
Original title: Existe solução de paz para o Oriente Médio?
Original description: A instabilidade é permanente e se espalha por vários territórios. Na Faixa de Gaza, uma guerra que já dura mais de 600 dias e que provoca uma crise humanitária sem precedentes. No Líbano, a população vive sob os ataques do grupo Hezbollah e do exército israelense. Na Síria, o fim de uma longa ditadura deu lugar a um país cujo comando está fragmentado. No Iêmen, os rebeldes Houthis também estão envolvidos em conflitos. Agora, desde o início da troca de bombardeios entre Israel e Irã, a tensão escalou para a iminência de uma guerra total entre os dois países militarmente mais poderosos da região -- um risco que cresce com os sinais enviados por Donald Trump de que os EUA podem entrar no conflito. Neste episódio, Natuza Nery conversa com Guga Chacra para explicar as origens dessas instabilidades. O comentarista da Globo, da GloboNews, da CBN e colunista do jornal O Globo reconta a história dos insucessos nas tratativas de paz das últimas décadas, analisa os atuais pontos de maior tensão e tenta responder à pergunta: o que fazer para pacificar o Oriente Médio?
-
O papel dos EUA na guerra entre Israel e Irão.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-06-18 03:16
Assim que os primeiros bombardeios israelenses atingiram o território iraniano, o secretário de Estado dos EUA se apressou em negar a participação americana no ataque. O presidente Donald Trump também se apresentou para defender uma solução diplomática e disse que estava perto de um acordo para o programa nuclear do Irã. Menos de uma semana depois, tudo mudou. Primeiro, Trump subiu o tom num ultimato contra o Irã, exigindo que o regime desista totalmente de seu programa nuclear. Depois, foi ainda mais longe. O presidente americano falou como se os próprios EUA já estivessem dentro da guerra, afirmou ter controle total e completo dos céus iranianos e ameaçou: “Não vamos matar o Líder Supremo [o aiatolá Ali Khamenei, chefe de Estado do Irã]. Por enquanto”. Para explicar o que quer Donald Trump com esse vaivém e quais são os objetivos americanos no conflito, Natuza Nery entrevista Fernando Brancoli, professor de Segurança Internacional e de Geopolítica da UFRJ. Fernando analisa também quais as consequências de uma eventual entrada americana na guerra: “Se a gente olha as invasões americanas no Oriente Médio, o que acontece é uma guerra assimétrica com morte de civis e destruição de infraestrutura”.
Original title: O papel dos EUA na guerra entre Israel e Irã
Original description: Assim que os primeiros bombardeios israelenses atingiram o território iraniano, o secretário de Estado dos EUA se apressou em negar a participação americana no ataque. O presidente Donald Trump também se apresentou para defender uma solução diplomática e disse que estava perto de um acordo para o programa nuclear do Irã. Menos de uma semana depois, tudo mudou. Primeiro, Trump subiu o tom num ultimato contra o Irã, exigindo que o regime desista totalmente de seu programa nuclear. Depois, foi ainda mais longe. O presidente americano falou como se os próprios EUA já estivessem dentro da guerra, afirmou ter controle total e completo dos céus iranianos e ameaçou: “Não vamos matar o Líder Supremo [o aiatolá Ali Khamenei, chefe de Estado do Irã]. Por enquanto”. Para explicar o que quer Donald Trump com esse vaivém e quais são os objetivos americanos no conflito, Natuza Nery entrevista Fernando Brancoli, professor de Segurança Internacional e de Geopolítica da UFRJ. Fernando analisa também quais as consequências de uma eventual entrada americana na guerra: “Se a gente olha as invasões americanas no Oriente Médio, o que acontece é uma guerra assimétrica com morte de civis e destruição de infraestrutura”.
-
Israel x Irã e o futuro do regime dos aiatolás.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-06-17 03:16
"Don't escalate the conflict. End the conflict." That's how Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu responded when asked about Israel's plans to eliminate Iran's Supreme Leader, Ayatollah Ali Khamenei. Netanyahu's statement was given on Monday (16th), the fourth day of mutual attacks between the two countries. And a day after the US press reported that President Donald Trump vetoed an Israeli plan to assassinate Khamenei. On the Iranian side, an official statement promises to destroy Israel's infrastructure and threatens: residents who want to stay alive should leave Israeli territory. To explain the status of the conflict - which enters its fifth day this Tuesday (17th) - Julia Duailibi talks to Andrew Traumann, professor of International Relations at the Curitiba University Center. Organizer of the book "Islamic Republic of Iran, 40 years", Andrew explains who Ali Khamenei is, how he rose to the position of Supreme Leader of the Iranian Republic and what the situation of the country's current government is. Andrew assesses where the Israeli strategy in Iran seems to be heading. Since the beginning of the attacks, at least 11 key figures of the regime, including military personnel from the Revolutionary Guard, commanders of Intelligence, the Armed Forces and representatives of diplomacy. He also concludes how the war weakens the ayatollahs and what the chances are of the Iranian regime collapsing.
Original title: Israel x Irã e o futuro do regime dos aiatolás
Original description: “Não escala o conflito. Coloca fim ao conflito”. Foi assim que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, respondeu ao ser questionado sobre os planos de Israel de eliminar o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei. A declaração de Netanyahu foi dada na segunda-feira (16), no quarto dia de ataques mútuos entre os dois países. E um dia depois de a imprensa dos EUA noticiar que o presidente Donald Trump vetou um plano israelense para assassinar Khamenei. Do lado iraniano, um comunicado oficial promete destruir a infraestrutura de Israel e ameaça: os moradores que quiserem ficar vivos, devem sair do território israelense. Para explicar o status do conflito – que entra no quinto dia nesta terça-feira (17) -, Julia Duailibi conversa com Andrew Traumann, professor de Relações Internacionais do Centro Universitário Curitiba. Organizador do livro “República Islâmica do Irã, 40 anos”, Andrew explica quem é Ali Khamenei, como ele ascendeu ao cargo de Líder Supremo da República iraniana e qual a situação do atual governo do país. Andrew avalia para onde parece caminhar a estratégia israelense no Irã. Desde o início dos ataques, pelo menos 11 figuras-chave do regime, entre eles militares da Guarda Revolucionária, comandantes da Inteligência, das Forças Armadas e representantes da diplomacia. Ele conclui ainda como a guerra enfraquece os aiatolás e quais as chances de o regime iraniano ruir.
-
O oceano no centro da agenda global.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-06-16 03:16
Facing the Mediterranean Sea, over 50 heads of state and government gathered last week to discuss ocean protection actions. Brazil, with a maritime space occupying 5.7 million km², an area comparable to the Amazon, attended the UN Ocean Conference, hosted in Nice, France. In his speech, President Luiz Inácio Lula da Silva pledged to emphasize ocean conservation and sustainable use and increase marine protected area coverage from 26% to 30%, fulfilling the Global Biodiversity Framework target. Lula also criticized plastic use but excluded the country from an agreement called "Nice appeal," advocating for the gradual ban of single-use disposable plastic. The Conference also marked the premiere of the documentary "Quanto Vale o Azul" (How Much is the Blue Worth), by Ricardo Gomes, marine biologist and director of the Instituto Mar Urbano. He, who was in Nice and the other two Conferences, in Portugal (2022) and the USA (2017), tells what has changed since then. Afterwards, Natuza Nery receives Rodrigo Cebrian, co-founder of the Movimento EUceano.org and director and presenter of the series "Euceano," available on Globoplay. He explains the term "blue economy" and talks about ways to use marine resources sustainably.
Original title: O oceano no centro da pauta mundial
Original description: Foi de frente para o Mar Mediterrâneo que mais de 50 chefes de Estado e de governo se reuniram na semana passada para discutir ações de proteção dos oceanos. O Brasil, com um espaço marítimo que ocupa 5,7 milhões de km², área comparável à da Amazônia, esteve presente na Conferência dos Oceanos do ONU, sediada em Nice, na França. Em seu discurso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu dar ênfase à conservação e ao uso sustentável do oceano e ampliar de 26% para 30% a cobertura das áreas marinhas protegidas, cumprindo a meta do Marco Global para a Biodiversidade. Lula também fez críticas ao uso do plástico, mas deixou o país de fora de um acordo chamado "apelo de Nice", em prol do banimento gradual do plástico descartável de uso único. A Conferência também marcou a estreia do documentário "Quanto Vale o Azul", de Ricardo Gomes, biólogo marinho e diretor do Instituto Mar Urbano. Ele, que esteve em Nice e nas outras duas Conferências, em Portugal (2022) e EUA (2017), conta o que mudou de lá pra cá. Depois, Natuza Nery recebe Rodrigo Cebrian, cofundador do Movimento EUceano.org e diretor e apresentador da série "Euceano", disponível no Globoplay. Ele explica o termo "economia azul" e fala sobre formas de usar os recursos marítimos de maneira sustentável.
-
EXTRA: Israel's attack and Iran's counterattackFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-06-14 03:15
It was early Friday morning, local time, when an Israeli offensive targeted the "heart of Iran's nuclear weapons program." Israeli bombings hit at least three nuclear facilities and killed military leaders and scientists. Israeli forces claim the operation aimed to halt the advancement of the Iranian nuclear program. Less than 24 hours later, the Iranian counterattack began: the cities of Tel Aviv and Jerusalem were targeted. The escalation of attacks between Israel and Iran reignites fears of a nuclear conflict, in addition to the risk of a widespread conflict in the Middle East. In this extra episode of O Assunto, Natuza Nery receives Tanguy Baghdadi and Hussein Kalout to explain the reasons that led to the Israeli attack, and what to expect from the Iranian response. Tanguy Baghdadi, professor of international politics and founder of the Petit Journal podcast, details the elements that led to the Israeli offensive at this moment: the political situation of Prime Minister Benjamin Netanyahu, the fall of important supporters of the Iranian regime, and the internal crisis in the Tehran government. He recalls that the Iranian nuclear program was encouraged by the US itself, back in the 1950s, and justifies why it is not in Iran's interest for the Americans to enter this war. "Now we have a one-on-one war," he says, speaking of the risks of the war spreading. Then, Hussein Kalout, political scientist and advisor to Cebri (Brazilian Center for International Relations), assesses that Iran is "cornered" for two reasons: regional isolation, after not responding to Israeli attacks against important allies, and the internal risk of seeing an uprising against the regime. Finally, he concludes what the US interests are in the conflict.
Original title: EXTRA: O ataque de Israel e o contra-ataque do Irã
Original description: Era madrugada de sexta-feira, no horário local, quando uma ofensiva israelense mirou o “coração do programa de armamento nuclear” do Irã. Os bombardeios de Israel atingiram pelo menos três instalações nucleares e mataram chefes militares e cientistas. As forças israelenses afirmam que o objetivo da operação era impedir o avanço do programa nuclear iraniano. Menos de 24 horas depois, o contra-ataque iraniano começou: as cidades de Tel Aviv e Jerusalém foram alvo. A escalada de ataques entre Israel e Irã reacende o temor de um conflito nuclear, além do risco de um conflito generalizado no Oriente Médio. Neste episódio extra de O Assunto, Natuza Nery recebe Tanguy Baghdadi e Hussein Kalout para explicar os motivos que levaram ao ataque israelense, e o que esperar da resposta iraniana. Tanguy Baghdadi, professor de política internacional e fundador do podcast Petit Journal, detalha os elementos que levaram à ofensiva israelense neste momento: a situação política do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, a queda de importantes apoiadores do regime iraniano e a crise interna no governo de Teerã. Ele relembra que o programa nuclear iraniano foi incentivado pelos próprios EUA, ainda na década de 1950, e justifica porque não interessa ao Irã que os americanos entrem nesta guerra. “Agora temos uma guerra de um para um”, diz, ao falar dos riscos de a guerra se espalhar. Depois, Hussein Kalout, cientista político e conselheiro do Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais), avalia que o Irã está “emparedado” por dois motivos: o isolamento regional, depois de não responder aos ataques israelenses contra importantes aliados, e o risco interno de ver surgir um levante contra o regime. Por fim, ele conclui quais são os interesses dos EUA no conflito.
-
Vias para a responsabilização das redes sociais.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-06-13 03:16
On Thursday (12th), STF Minister Alexandre de Moraes cast the seventh vote in favor of holding technology companies accountable for publishing illegal or criminal content. The day before, the Supreme Court had already formed a majority to change the interpretation of article 19 of the Brazilian Internet Civil Framework. Ministers Edson Fachin, Cármen Lúcia, and Nunes Marques still need to vote. The trial is scheduled to resume on June 25th. The Court is moving towards defining that a judicial decision is no longer necessary for platforms to remove illegal or criminal content – a rule in effect since 2014, when the Civil Framework was sanctioned and created the legal basis for internet use in Brazil. To understand what is at stake in the Supreme Court's discussion, Natuza Nery talks with Nuria López, technology partner at Daniel Advogados and PhD in Theory and Philosophy of Law from PUC de São Paulo. Nuria details what article 19 says and why it is being re-discussed now. She recalls the specific cases that led this discussion to the Supreme Court, including one involving the late Orkut. In the conversation, Núria explains the new models for regulating social networks, including the so-called 'notice and takedown', a mechanism by which networks become responsible for content from the moment they are notified.
Original title: Os caminhos para a responsabilização das redes sociais
Original description: Na quinta-feira (12), o ministro do STF Alexandre de Moraes deu o sétimo voto a favor para que empresas de tecnologia sejam responsabilizadas pela publicação de conteúdos ilegais ou criminosos. No dia anterior, o Supremo já havia formado maioria para mudar a interpretação do artigo 19 do Marco Civil da Internet. Os ministros Edson Fachin, Cármen Lúcia e Nunes Marques ainda precisam votar. O julgamento está marcado para recomeçar no dia 25 de junho. A Corte caminha para definir que não é mais necessária uma decisão judicial para que as plataformas tirem do ar conteúdos ilegais ou criminosos – regra em vigor desde 2014, quando o Marco Civil foi sancionado e criou as bases legais para o uso da internet no Brasil. Para entender o que está em jogo na discussão no Supremo, Natuza Nery conversa com Nuria López, sócia de tecnologia da Daniel Advogados e doutora em Teoria e Filosofia do Direito pela PUC de São Paulo. Nuria detalha o que diz o artigo 19 e porque ele está sendo rediscutido agora. Ela relembra os casos concretos que levaram essa discussão à Suprema Corte, entre eles um envolvendo o finado Orkut. Na conversa, Núria explica os novos modelos de regulação de redes sociais, entre eles o chamado ‘notice and takedown’, mecanismo pelo qual as redes ficam responsáveis pelo conteúdo a partir do momento em que são notificadas.
-
Los Angeles: the epicenter of the protest wave in the US.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-06-12 03:16
Amidst protests against ICE arrests, Los Angeles' mayor decreed a curfew to contain violence after demonstrators blocked roads and burned vehicles near public buildings, met with police using tear gas and rubber bullets. Trump sent National Guard agents to California without the governor's request. Guga Chacra explains the political and personal clash: "Trump wants to transform the U.S. into an authoritarian regime. He knows he won't succeed entirely, but democracy is deteriorating." Felippe Coaglio discusses the importance of immigrants to Los Angeles and how ICE operates, noting the protests' spread and ICE's unusually truculent actions.
Original title: Los Angeles: o epicentro da onda de protestos nos EUA
Original description: Em meio a uma onda de protestos contra as prisões feitas pelo ICE (Immigration and Customs Enforcement), a polícia da imigração dos Estados Unidos, a prefeita de Los Angeles, uma das cidades mais importantes da Califórnia, nos EUA, decretou toque de recolher. A medida da democrata Karen Bass foi tomada para conter a violência. Desde meados da semana passada, manifestantes bloquearam vias e queimaram veículos, principalmente em locais próximos de prédios públicos. A polícia local usou bombas de efeito moral e balas de borracha. Com a escalada de tensão, Trump enviou agentes da Guarda Nacional para o estado da Califórnia, mesmo sem o pedido do governador, o democrata Gavin Newsom. Quem explica o embate político e pessoal por trás disso é Guga Chacra, comentarista da Globo, da Globonews, da CBN e colunista do jornal O Globo. "Trump quer transformar os EUA em uma espécie de regime autoritário. Ele sabe que não vai conseguir ir tão longe, mas a democracia está se deteriorando." Antes, para entender a importância dos imigrantes para Los Angeles, Natuza Nery recebe Felippe Coaglio, correspondente da Globo e GloboNews nos Estados Unidos, que fala direto da cidade. Coaglio conta como age o ICE e como os protestos se espalharam para outros locais do país. "Essa ação do ICE está chamando a atenção pela amplitude do que está acontecendo e, claro, pela forma mais truculenta do que o usual."
-
Bolsonaro: the interrogation at the STFFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-06-11 03:54
For two hours and 9 minutes, Jair Bolsonaro was questioned in the criminal action regarding the attempted coup d'état. Sitting face to face with Alexandre de Moraes, the former president denied the existence of a coup plan and admitted to having talked with military personnel about what he called "legal exits" for the election result. Bolsonaro said that "there was no climate" for a coup. And he denied having trimmed the so-called coup draft. The former president apologized to Moraes when questioned about having insinuated that Supreme Court ministers received bribes during the elections. He also denied having encouraged illegal demonstrations and called those who ask for a new AI-5 or a military intervention "crazy". To detail and analyze the political meanings of Jair Bolsonaro's questioning, Natuza Nery receives journalist Vera Magalhães, columnist for the newspaper O Globo, anchor at CBN radio and presenter of the Roda Viva program, from TV Cultura. Together, they evaluate the posture adopted by the former president in the Supreme Court: in the expected meeting with Alexandre de Moraes, there was even a climate of relaxation – Bolsonaro "invited" Moraes to be his candidate for vice president in 2026; the minister declined. Vera also answers in which moments Bolsonaro complicated himself and in which others presented contradictions. Afterwards, Natuza Nery receives Eloísa Machado, professor of Law at FGV-SP and coordinator of the research group Supremo em Pauta. Eloísa assesses the consequences of the deposition for Bolsonaro's legal future. For her, during the questioning in the Supreme Court, Bolsonaro defended himself, but also made a "soapbox", with affirmations directed towards his support base. She also explains the next steps of the action in the Supreme Federal Court.
Original title: Bolsonaro: o interrogatório no STF
Original description: Durante duas horas e 9 minutos, Jair Bolsonaro foi interrogado na ação penal sobre a tentativa de um golpe de Estado. Sentado frente a frente com Alexandre de Moraes, o ex-presidente negou a existência de um plano de golpe e admitiu ter conversado com militares sobre o que chamou de “saídas dentro da legalidade” para o resultado das urnas. Bolsonaro disse que “não havia clima” para um golpe. E negou ter enxugado a chamada minuta do golpe. O ex-presidente pediu desculpas a Moraes quando foi questionado sobre ter insinuado que ministros do Supremo recebiam propina durante as eleições. Ele ainda negou ter estimulado manifestações ilegais e chamou de “malucos” aqueles que pedem um novo AI-5 ou uma intervenção militar. Para detalhar e analisar os significados políticos do interrogatório de Jair Bolsonaro, Natuza Nery recebe a jornalista Vera Magalhães, colunista do jornal O Globo, âncora na rádio CBN e apresentadora do programa Roda Viva, da TV Cultura. Juntas, elas avaliam a postura adotada pelo ex-presidente no Supremo: no esperado encontro com Alexandre de Moraes, teve até clima de descontração – Bolsonaro “convidou” Moraes para ser seu candidato a vice em 2026; o ministro declinou. Vera também responde em quais momentos Bolsonaro se complicou e em quais outros apresentou contradições. Depois, Natuza Nery recebe Eloísa Machado, professora de Direito da FGV-SP e coordenadora do grupo de pesquisa Supremo em Pauta. Eloísa avalia as consequências do depoimento para o futuro jurídico de Bolsonaro. Para ela, durante o interrogatório no Supremo, Bolsonaro se defendeu, mas também fez “palanque”, com afirmações direcionadas para sua base de apoio. Ela explica ainda os próximos passos da ação no Supremo Tribunal Federal.
-
Mauro Cid: the interrogation at the STFFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-06-10 03:44
For almost 4 hours, Mauro Cid sat face to face with Alexandre de Moraes on the first day of the testimonies of the 8 defendants in the trial about the attempted coup d'état. Also a defendant in the process, former president Jair Bolsonaro followed everything his former aide-de-camp said. Cid confirmed that Bolsonaro read and edited the so-called coup draft — a document that foresaw authoritarian measures to reverse the result of the 2022 elections. Cid placed General Braga Netto as a central figure in the coup plot. Before Moraes, Cid confirmed the accusation made by the PGR and declared that he had "witnessed a large part of the facts, but without participating directly in them." At various times, the lieutenant colonel said he did not remember details of meetings between the defendants in the case. In this episode, Natuza Nery receives Octávio Guedes. Together, they go through the main points of Mauro Cid's interrogation. GloboNews commentator and g1 columnist, Octávio analyzes whether Mauro Cid seems, even being a whistleblower, to preserve his former boss. And answers how the lieutenant colonel's statements complicate Bolsonaro and Braga Netto. He also concludes about how the questions asked by the former president's defense are part of a strategy to stamp "liar" on Mauro Cid's forehead.
Original title: Mauro Cid: o interrogatório no STF
Original description: Por quase 4 horas, Mauro Cid se sentou frente a frente com Alexandre de Moraes no primeiro dia dos depoimentos dos 8 réus no julgamento sobre a tentativa de golpe de Estado. Também réu no processo, o ex-presidente Jair Bolsonaro acompanhou tudo o que seu ex-ajudante de ordens falou. Cid confirmou que Bolsonaro leu e editou na chamada minuta do golpe — documento que previa medidas autoritárias para reverter o resultado das eleições de 2022. Cid colocou o general Braga Netto como personagem central na trama golpista. Diante de Moraes, Cid confirmou a acusação feita pela PGR e declarou ter “presenciado grande parte dos fatos, mas sem participar diretamente deles”. Em vários momentos, o tenente-coronel disse não se lembrar de detalhes de reuniões entre os réus do caso. Neste episódio, Natuza Nery recebe Octávio Guedes. Juntos, eles passam pelos principais pontos do interrogatório de Mauro Cid. Comentarista da GloboNews e colunista do g1, Octávio analisa se Mauro Cid parece, mesmo sendo delator, preservar o ex-chefe. E responde como as declarações do tenente-coronel complicam Bolsonaro e Braga Netto. Ele conclui também sobre como as perguntas feitas pela defesa do ex-presidente fazem parte de uma estratégia de carimbar “mentiroso” na testa de Mauro Cid.
-
Faith and the new design of religions in BrazilFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-06-09 03:16
The 2022 Census data on the religion of Brazilians, released last Friday (6th) by the IBGE, confirm a trend observed in recent decades: the growth of the evangelical population, which reached 26.9% - in the previous Census, of 2010, the rate was 21.6%. What surprised experts was the pace of this growth, less accelerated than expected. Catholicism remains the most popular religion among Brazilians. According to IGBE data, 56.6% claim to be Catholic: although still an absolute majority, it is the lowest percentage since the first survey on the topic conducted in Brazil, in 1872 - at the time, the rate was 99.7%. The Census also indicates that the proportion of Brazilians who declare themselves practitioners of Umbanda or Candomblé more than tripled (from 0.3% to 1%) and that the number of Spiritists fell (2.2% to 1.8%) from 2010 to the present. Brazilians with no declared religion are now 9.3%, a record in the historical series. To break down these numbers and explain what is behind the changes in the faith of Brazilians, Natuza Nery interviews Ana Carolina Evangelista, political scientist and executive director of Iser, the Institute for Religious Studies.
Original title: A fé e o novo desenho das religiões no Brasil
Original description: Os dados do Censo 2022 sobre a religião dos brasileiros, divulgados na última sexta-feira (6) pelo IBGE, confirmam uma tendência observada nas últimas décadas: o crescimento da população evangélica, que chegou a 26,9% - no Censo anterior, de 2010, o índice era de 21,6%. O que surpreendeu os especialistas foi o ritmo desse crescimento, menos acelerado do que se previa. O catolicismo continua como religião mais popular entre os brasileiros. De acordo com os dados do IGBE, 56,6% afirmam ser católicos: embora ainda maioria absoluta, é o menor percentual desde a primeira pesquisa sobre o tema realizada no Brasil, em 1872 - à época, o índice era de 99,7%. O Censo aponta ainda que a parcela de brasileiros que se declara como praticante da umbanda ou candomblé mais que triplicou (de 0,3% para 1%) e que o número de espíritas caiu (2,2% para 1,8%) de 2010 para cá. Brasileiros sem religião declarada agora são 9,3%, um recorde na série histórica. Para destrinchar esses números e explicar o que está por trás das mudanças na fé dos brasileiros, Natuza Nery entrevista Ana Carolina Evangelista, cientista política e diretora-executiva do Iser, o Instituto de Estudos da Religião.
-
Trump x Musk: The public spat.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-06-06 03:35
The US president and the richest man on the planet starred in a public spat for the whole world to see and read. First, Trump said he was disappointed with Musk, who in recent days has made a series of criticisms of the mega-budget bill that the US president wants to pass in Congress. The billionaire's response came via X: the businessman said that without his help, the Republican would not have been elected and threatened to cancel the public use of Space X rockets. Musk also endorsed a publication that called for Trump's impeachment. And, without presenting evidence, he linked the name of the US president to the sexual scandal involving Jeffrey Epstein – a businessman convicted of sex trafficking of minors who died in prison. On the other side, the US president threatened to cut subsidies and government contracts with Musk's companies. After the public discussion, the businessman's companies lost US$ 148 billion in value. In this episode, Natuza Nery receives Oliver Stuenkel, professor of international relations at FGV, researcher at Harvard and the Carnegie Endowment, in the USA. Oliver details the effects of each phase of the epic public discussion. "Musk runs the risk of destroying his own companies," assesses Oliver, citing the economic impacts of the fight. The professor also talks about the chances of an impeachment request against Trump prospering and the political effects for the American president.
Original title: Trump x Musk: o barraco público
Original description: O presidente dos EUA e o homem mais rico do planeta protagonizaram nesta quinta-feira um bate-boca público para o mundo inteiro ver, e ler. Primeiro, Trump disse estar decepcionado com Musk, que nos últimos dias fez uma série de críticas ao megaprojeto de lei orçamentária que o presidente dos EUA quer fazer passar no Congresso. A resposta do bilionário veio via X: o empresário disse que, sem sua ajuda, o republicano não teria sido eleito e ameaçou cancelar o uso público de foguetes da Space X. Musk ainda endossou uma publicação que pedia o impeachment de Trump. E, sem apresentar provas, ligou o nome do presidente dos EUA ao escândalo sexual envolvendo Jeffrey Epstein – empresário condenado por tráfico sexual de menores que morreu dentro da prisão. Do outro lado, o presidente dos EUA ameaçou cortar subsídios e contratos do governo com empresas de Musk. Após a discussão pública, as empresas do empresário perderam US$ 148 bilhões em valor. Neste episódio, Natuza Nery recebe Oliver Stuenkel, professor de relações internacionais da FGV, pesquisador de Harvard e do Carnegie Endowment, nos EUA. Oliver detalha os efeitos de cada fase da épica discussão pública. “Musk corre o risco de destruir suas próprias empresas”, avalia Oliver, ao citar os impactos econômicos da briga. O professor fala também das chances de um pedido de impeachment contra Trump prosperar e os efeitos políticos para o presidente americano.
-
Coup attempt: eyewitness accountsFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-06-05 03:16
For 14 days, STF minister Alexandre de Moraes questioned the 52 witnesses in the trial about the attempted coup d'état, investigated after the anti-democratic acts of January 8. The full transcript of what was said became public last Tuesday and reveals, in addition to what the witnesses said, the reaction of former president Jair Bolsonaro upon hearing the testimonies. Bolsonaro is one of the 8 defendants who, starting next week, will be questioned in the action of the coup plot that aimed to keep the former president in power, even after the defeat in the 2022 elections. To detail what the witnesses said, Natuza Nery receives Flávia Maia, judiciary analyst at the Jota platform. She, who closely followed all the testimonies, highlights what former Air Force commander Carlos Almeida Baptista Júnior and former Army chief Freire Gomes said. She tells the behind-the-scenes of the testimonies and Jair Bolsonaro's reactions to hearing the defense and prosecution witnesses. Afterwards, to understand how the witnesses' statements may implicate the former president and the other defendants, the guest is Gustavo Sampaio. Professor of Constitutional Law at the Federal Fluminense University, he also explains the next steps in the process.
Original title: Tentativa de golpe: as versões das testemunhas
Original description: Por 14 dias, o ministro do STF Alexandre de Moraes interrogou as 52 testemunhas no julgamento sobre a tentativa de golpe de Estado, investigada após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. A íntegra do que foi dito se tornou pública na última terça-feira e revela, além do que disseram as testemunhas, a reação do ex-presidente Jair Bolsonaro ao ouvir os depoimentos. Bolsonaro é um dos 8 réus que, a partir da semana que vem, vão ser interrogados na ação da trama golpista que tinha como objetivo manter o ex-presidente no poder, mesmo após a derrota nas eleições de 2022. Para detalhar o que as testemunhas falaram, Natuza Nery recebe Flávia Maia, analista de judiciário na plataforma Jota. Ela, que acompanhou de perto todos os depoimentos, destaca o que disseram o ex-comandante da Aeronáutica Carlos Almeida Baptista Júnior e o ex-chefe do Exército Freire Gomes. Ela conta os bastidores dos depoimentos e as reações de Jair Bolsonaro ao ouvir as testemunhas de defesa e acusação. Depois, para entender como as falas das testemunhas podem implicar o ex-presidente e dos outros réus, o convidado é Gustavo Sampaio. Professor de Direito Constitucional da Universidade Federal Fluminense, ele explica também os próximos passos do processo.
-
Carla Zambelli's escapeFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-06-04 03:16
Sentenced to 10 years in prison by the STF last month, federal deputy Carla Zambelli (PL-SP) announced on Tuesday (3rd) that she is out of the country. Without informing her whereabouts, Zambelli said she will request a leave of absence from her mandate as a deputy to be based in Europe. The Attorney General's Office requested Zambelli's pre-trial detention, in addition to including her name on Interpol's wanted list. Zambelli's flight from Brazil was first reported by journalists Andréia Sadi and Octávio Guedes. During Tuesday, in an interview with a radio station, Zambelli justified the evasion. She cited medical treatment, and went further: she alleged political motives and spoke of "persecution". In a conversation with Natuza Nery in this episode, the g1 reporter Reynaldo Turollo Jr. recalls the evidence against Carla Zambelli in the process in which she was convicted of participating in the invasion of the National Council of Justice's system and forging documents. He explains why Zambelli's passport was not withheld and what the legal implications of her departure from the country are. Later, Natuza receives journalist Bernardo Mello Franco. Columnist for the newspaper O Globo and commentator for CBN radio, Bernardo outlines the political consequences of the Bolsonaro deputy's flight from Brazil. And he concludes that her departure serves as a warning to the Supreme Federal Court on the eve of the trial of those accused of the attempted coup.
Original title: A fuga de Carla Zambelli
Original description: Condenada a 10 anos de prisão pelo STF no mês passado, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) anunciou na terça-feira (3) que está fora do país. Sem informar seu paradeiro, Zambelli disse que pedirá licença do mandato de deputada para ficar baseada na Europa. A Procuradoria-Geral da República pediu a prisão preventiva de Zambelli, além da inclusão do nome dela na lista de procurados da Interpol. A fuga de Zambelli do Brasil foi noticiada primeiro pelos jornalistas Andréia Sadi e Octávio Guedes. Durante a terça-feira, em entrevista a uma rádio, Zambelli justificou a evasão. Ela citou um tratamento médico, e foi além: alegou motivos políticos e falou em “perseguição”. Em conversa com Natuza Nery neste episódio, o repórter do g1 Reynaldo Turollo Jr. relembra as provas que pesam contra Carla Zambelli no processo em que ela foi condenada por participar da invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça e falsificar documentos. Ele explica por que o passaporte de Zambelli não estava retido e quais as implicações jurídicas da saída dela do país. Depois, Natuza recebe o jornalista Bernardo Mello Franco. Colunista do jornal O Globo e comentarista da rádio CBN, Bernardo traça as consequências políticas da fuga da deputada bolsonarista do Brasil. E conclui que a saída dela serve de alerta para o Supremo Tribunal Federal às vésperas do julgamento dos acusados pela tentativa de golpe.
-
Ousado ataque da Ucrânia em solo russo.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-06-03 03:16
It was 18 months of preparation. Ukraine launched, over the weekend, an unprecedented attack on Russian military bases in 5 different regions. With 117 remotely triggered drones, Russian warplanes were hit. The surprising thing: the drones were camouflaged in trucks parked on Russian soil, strategically positioned near the targets. And even more surprising: the drones cost only US$500 each, and caused a loss of US$7 billion, according to the Ukrainian government. Everything was done on the eve of a meeting that sought a ceasefire between the governments of Moscow and Kiev. This Monday (2nd), authorities from both countries sat down to negotiate in Istanbul, Turkey. The two countries agreed to exchange prisoners and bodies of 6,000 soldiers on each side, but did not advance on a concrete and lasting truce. To explain the status of the conflict after more than three years of war and the moment of the negotiations, Natuza Nery talks to Feliciano de Sá Guimarães, professor at the Institute of International Relations at USP. He analyzes Ukraine's strategies, one of the world's leading drone manufacturers at the moment. For Feliciano, the attack "was hardly done without US intelligence". The professor also explains what is needed for the two countries to reach a prolonged peace agreement.
Original title: O ataque audacioso da Ucrânia em solo russo
Original description: Foram 18 meses de preparação. A Ucrânia lançou, no fim de semana, um ataque sem precedentes a bases militares russas em 5 diferentes regiões. Com 117 drones acionados remotamente, aviões de guerra da Rússia foram atingidos. O surpreendente: os drones estavam camuflados em caminhões estacionados em solo russo, posicionados estrategicamente perto dos alvos. E ainda mais surpreendente: os drones custaram apenas US$ 500 dólares cada, e causaram um prejuízo de US$ 7 bilhões de dólares, segundo o governo ucraniano. Tudo foi feito às vésperas de uma reunião que buscou um cessar-fogo entre os governos de Moscou e de Kiev. Nesta segunda-feira (2), autoridades dos dois países se sentaram para negociar em Istambul, na Turquia. Os dois países concordaram em trocar prisioneiros e corpos de 6 mil soldados de cada lado, mas não avançaram em uma trégua concreta e duradoura. Para explicar o status do conflito após mais de três anos de guerra e o momento das negociações, Natuza Nery conversa com Feliciano de Sá Guimarães, professor do Instituto de Relações Internacionais da USP. Ele analisa as estratégias da Ucrânia, um dos principais fabricantes de drones do mundo no momento. Para Feliciano, o ataque “dificilmente foi feito sem a inteligência dos EUA”. O professor também expõe o que é preciso para que os dois países cheguem a um acordo prolongado de paz.
-
CLT: The anti-formal employment movement.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-06-02 03:16
Today, over 39 million people have formal employment contracts in the country. But a movement has drawn attention: young people's aversion to formal employment contracts. The discourse of those who reject the CLT (Labor Law Consolidation) includes the view that, without employment ties, there is more schedule flexibility, freeing the worker from long commutes in crowded transport and bosses' scolding. The dream, sold on social media, is that it is possible to undertake and have easy success on the internet. Some even succeed, but most, if they could, would return to the formal market – as pointed out by a survey conducted by FGV in 2024. Created in 1943, the CLT regulates the relations between employee and employer. A CLT contract guarantees paid vacation, 13th salary, severance fund (FGTS), paid leave, unemployment insurance in case of dismissal, and other labor rights. In this episode, Natuza Nery talks with Carolline Leite, director and screenwriter of the series "Viração - new entrepreneurs," which premieres on GloboNews this Monday (2). Carolline tells what she heard from workers who chose to leave formal employment contracts aside. She reports how time management and salary are at the center of this discussion. Then, Natuza talks with Wagner Guilherme Alves da Silva. A researcher at the DeepLab of the University of Dublin, in Ireland, he explains how the rejection of the CLT by some workers has grown over the years. The anthropologist also answers what people are giving up - voluntarily or not - by rejecting the CLT.
Original title: CLT: o movimento de aversão à carteira assinada
Original description: Hoje, mais de 39 milhões de pessoas têm carteira assinada no país. Mas um movimento tem chamado atenção: a aversão de jovens à carteira assinada. No discurso de quem rejeita a CLT está a visão de que, sem vínculos empregatícios, há mais flexibilidade de horários, e livra o trabalhador de longos deslocamentos em transporte lotado e de broncas de chefes. O sonho, vendido em redes sociais, é que é possível empreender e ter sucesso fácil na internet. Alguns até conseguem, mas a maioria ainda, se pudesse, voltaria ao mercado formal – como aponta uma pesquisa feita pela FGV em 2024. Criada em 1943, a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) regula as relações entre empregado e empregador. Um contrato CLT garante férias com salário, 13° salário, FGTS, licenças remuneradas, seguro-desemprego em caso de demissão e outros direitos trabalhistas. Neste episódio, Natuza Nery conversa com Carolline Leite, diretora e roteirista da série “Viração - novos empreendedores”, que estreia na GloboNews nesta segunda-feira (2). Carolline conta o que ouviu de trabalhadores que optaram por deixar a carteira assinada de lado. Ela relata como a gestão do tempo e o salário estão no centro dessa discussão. Depois, Natuza fala com Wagner Guilherme Alves da Silva. Pesquisador do DeepLab da Universidade de Dublin, na Irlanda, ele explica como a rejeição de parte dos trabalhadores à CLT tem crescido ao longo dos anos. O antropólogo responde também do que as pessoas estão abrindo mão - voluntariamente ou não - ao rejeitar a CLT.
-
Musk's exit and the Trump government photographFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-05-30 03:16
Since Donald Trump's election, it was certain that the world's richest man would have a prominent position in the American government. Elon Musk, in fact, assumed the special position of advisor and leader of the Department of Government Efficiency (known by the acronym DOGE). But, five months later, he leaves the position with a tarnished image. Musk announced his departure from the government on Wednesday night (28th), two days before the deadline for those in his position, of 130 days. During this period, the billionaire accumulated fights with high-ranking figures in the Trump administration, saw the profit and market value of his companies melt away, and failed to fulfill his biggest promise when he took over DOGE: he wanted to cut the public deficit by US$2 trillion, but achieved savings of US$175 billion. To explain what went wrong in the Musk administration, what should happen to the spending cut program in the US, and what will happen to his relationship with Donald Trump, Natuza Nery interviews Mauricio Moura, professor at George Washington University, in the United States. "Everyone questioned how Trump and Musk's egos would coexist. The widespread bet was exactly what happened, that it wouldn't last," he summarizes. In the conversation, Mauricio also comments on Trump's offensives against universities and foreign students, especially Chinese ones, the back-and-forth of tariffs, and the status of the American president's low popularity.
Original title: A saída de Musk e a fotografia do governo Trump
Original description: Desde a eleição de Donald Trump, era certo que homem mais rico do mundo teria uma posição de destaque no governo americano. Elon Musk, de fato, assumiu o cargo especial de conselheiro e líder do Departamento de Eficiência Governamental (conhecido pela sigla em inglês DOGE). Mas, cinco meses depois, ele deixa a função com a imagem desgastada. Musk anunciou a saída do governo na noite de quarta-feira (28), dois dias antes da data limite prevista para quem ocupa seu cargo, de 130 dias. Neste período, o bilionário acumulou brigas com figuras do alto escalão da gestão Trump, viu o lucro e o valor de mercado de suas empresas derreterem e ficou longe de cumprir sua maior promessa ao assumir o DOGE: ele queria cortar o déficit público em USS 2 trilhões, mas conseguiu uma economia de US$ 175 bilhões. Para explicar o que deu errado na administração Musk, o que deve acontecer com o programa de corte de gastos nos EUA e como fica a relação dele com Donald Trump, Natuza Nery entrevista com Mauricio Moura, professor da Universidade George Washington, nos Estados Unidos. "Todo mundo se questionava como é que os egos do Trump e do Musk iam conviver. A aposta generalizada foi justamente o que aconteceu, que não ia durar", resume. Na conversa, Mauricio comenta também as ofensivas de Trump sobre as universidades e os estudantes estrangeiros, em especial os chineses, o vaivém do tarifaço e o status da baixa popularidade do presidente americano.
-
Aproximación entre PCC y Comando Vermelho.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-05-29 03:16
The investigation into Vinicius Gritzbach's murder revealed a complex criminal scheme involving the country's two largest factions and some military and civil police officers from São Paulo. Gritzbach was an informant for the PCC and Comando Vermelho and had, in his testimonies, accused police officers of corruption. For the São Paulo Civil Police, the case is clear: his murder, in broad daylight, at the country's largest airport, was ordered by criminals linked to the PCC and CV, with the participation of security agents -- a case that reveals the status of the relationship between the factions. An exclusive survey by g1 based on investigations showed the involvement of at least 27 police officers from São Paulo with the two criminal factions. Reporter Kleber Tomaz explains how the Gritzbach case revealed the involvement of corrupt police officers with crime. He answers what the relationship was between these police officers and the factions and why Gritzbach was considered a "golden goose". Afterwards, Natuza Nery talks to Bruno Paes Manso, a researcher at the Center for the Study of Violence at USP and author of the book "The War: The Rise of the PCC and the World of Crime in Brazil". Bruno recalls how the country's two largest factions, historically rivals, jointly announced a truce at the beginning of the year. And he points out how Brazilian organized crime has become widespread even beyond the country's borders.
Original title: A aproximação entre PCC e Comando Vermelho
Original description: A investigação sobre o assassinato de Vinicius Gritzbach revelou um esquema criminoso complexo envolvendo as duas maiores facções do país e alguns policiais militares e civis de São Paulo. Gritzbach era delator do PCC e do Comando Vermelho e havia, em seus depoimentos, acusado policiais de corrupção. Para a Polícia Civil de São Paulo, o caso está esclarecido: o assassinato dele, em plena luz do dia, no maior aeroporto do país, foi ordenado por criminosos ligados ao PCC e ao CV, com participação de agentes de segurança -- um caso que revela o status da relação entre as facções. Um levantamento exclusivo do g1 com base nas investigações mostrou o envolvimento de ao menos 27 policiais de São Paulo com as duas facções criminosas. Quem explica como o caso Gritzbach revelou o envolvimento de policiais corruptos com o crime é o repórter Kleber Tomaz. Ele responde qual era a relação entre esses policiais e as facções e porque Gritzbach era considerado uma “galinha dos ovos de ouro”. Depois, Natuza Nery conversa com Bruno Paes Manso, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP e autor do livro “A guerra: a ascensão do PCC e o mundo do crime no Brasil". Bruno relembra como as duas maiores facções do país, historicamente rivais, chegaram a anunciar em conjunto uma trégua no início do ano. E aponta como o crime organizado brasileiro se capilarizou até para além das fronteiras do país.